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Drogas: Por quê somos contra?

Todos sabemos o quanto o uso de drogas é destruidor para os seres humanos do ponto de vista da saúde física e mental e da vida familiar. A sociedade capitalista facilita é estimula a utilização de drogas e doálcool por duas razões: a primeira é por ser um lucrativo negócio onde se lucra bilhões de dólares; a segunda é que a droga e o alcoolismo são instrumentos eficientes para afastar a juventude e o povo da compreensão real dos seus problemas, tornando-as apáticas e descrentes, facilitando a exploração e a dominação.

Os incentivadores do uso de drogas usam argumentos caducos para justificar o consumo. Dizem: “a maconha faz menos mal que o álcool” ou “as pessoas necessitam fugir”. É verdade que o imperialismo é um sistema completamente desigual, explorador e opressor e traz para a maioria dos jovens a fome, miséria, prostituição, desemprego, repressão policial, e etc. etc, etc… Porém não é com as drogas que se pode acabar com esses problemas, pois ao utilizar as drogas, nada do que o levou a utilizá-las muda favoravelmente. Se alguma coisa mudar é para pior, pois na vida real quem consome drogas, consegue na verdade, de forma mais definitiva, é mais pobreza econômica, mais danos físicos e, sobretudo mais dependência e opressão em todos os sentidos.

Consideramos que diante dessa situação catastrófica que hoje vivem os jovens, o caminho não está na busca de fuga artificial da realidade, nem no que causa menor dano físico. Por acaso já não é suficiente os danos que recebemos cotidianamente do sistema social em que vivemos?

Consideramos que o caminho a ser seguido pela juventude é o da construção dos instrumentos sociais e políticos que nos façam verdadeiramente fortes para transformar a realidade social na qual hoje sobrevivemos em uma realidade na qual realmente possamos viver. Lamentavelmente existem companheiros do movimento popular que defendem politicamente o comércio e o consumo de drogas pretendendo associá-los à rebeldia dos jovens e à luta por transformações sociais.

Nós não conhecemos na história nenhuma experiência avançada que diz respeito à transformação social associada ao uso de drogas. Pelo contrário, o que vimos em todos processos revolucionários foi a luta contra as drogas, como foi a luta dos bolcheviques contra o alcoolismo no processo da Revolução Proletária no início do século XX. Nos nossos vizinhos países produtores, ou melhor dito e mais especificamente, cultivadores da matéria prima para a produção de diversas drogas, o papel dos narcotraficantes é nefasto e reacionário sob todos os pontos de vista: super-exploração desumana dos camponeses, colaboração com exércitos “nacionais” e tropas ianques na sua desigual luta contra as organizações guerrilheiras do povo, e a pérola: financiamento de campanhas eleitorais de partidos da oligarquia pró-imperialista; como ficou amplamente demonstrado com o caso Samper da Colômbia.

Façamos agora a velha pergunta de Lenin: A quem beneficia? A resposta salta à vista de quem quer ver, pois o narcotráfico é o segundo “negócio” em nível mundial, quer dizer, o que mais dinheiro move depois do tráfico de armas. Os EUA são os principais produtores de maconha em nível mundial. E a DEA (organização norte-americana de repressão ao tráfico de drogas) não o vê? Não, a DEA nos EUA não vê nada, o FBI tampouco, a CIA tampouco, nem Rambo, nem o Vingador do Futuro. Definitivamente. O que querem os imperialistas ianques é fustigar, em alguma medida a concorrência latino-americana quando esta saí das “regras do jogo” e, em grande medida, intervir nos assuntos internos de nossos países e “colaborar” nas atividades contra-revolucionárias com o pretexto da “luta contra o narcotráfico”.

O consumo e o tráfico de drogas são uma engrenagem do sistema imperialista para manter o sistema de exploração e opressão. As drogas são um grande negócio econômico, ideológico e político para as classes dominantes e o imperialismo na tentativa de impedir a revolução popular dos povos oprimidos do mundo inteiro.

MEPR

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