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FACEBOOK: dominação ideológica do imperialismo e instrumento de sua espionagem!

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O Movimento Estudantil Popular Revolucionário não usa mais o Facebook. Assim como várias organizações democráticas e revolucionárias no Brasil e no mundo, nós abandonamos o Facebook como espaço para a propaganda revolucionária. Tomamos esta medida para combater mais esta forma da nefasta influência ideológico-política imperialista e preservar o nosso Movimento e a segurança de nossos ativistas frente à escalada fascista do velho Estado, com suas ondas de

criminalização de movimentos sociais, perseguição e prisões políticas contra ativistas e lutadores do povo em geral. Isto já ocorre no Brasil e é prática corrente em vários países do mundo. Esta decisão é reforçada e impulsionada também pela compreensão do caráter de dominação e controle ideológicos que as chamadas “redes sociais” desempenham sobre as pessoas e especialmente a juventude.

Você não paga para usar: a mercadoria é você!

Se o automóvel continua como a mercadoria símbolo do capitalismo, o celular, agora turbinado com o acesso a internet, não fica para trás. No Brasil são 250 milhões de linhas ativas de celulares para uma população total de 206 milhões. Os telefones móveis, os computadores pessoais e a internet deram uma extraordinária agilidade às comunicações, à transmissão e ao armazenamento de dados; criaram facilidade ao acesso e à difusão de informações; possibilitaram praticidade enorme na realização de um sem número de tarefas. Mas este negócio, de investimentos bilionários, é minuciosamente controlado por poderosas empresas transnacionais estreitamente ligadas às potências imperialistas mundiais, em especial ao EUA.

Provedores de e-mails gratuitos (Gmail, Hotmail, Yahoo, etc.), ferramentas de busca poderosas e igualmente gratuitas (Google) e agora com as chamadas “redes sociais” (as mais populares hoje, Facebook e Twitter), cria-se uma enganosa propaganda que são democráticas, onde qualquer um pode formar sua comunidade, onde todos podem expressar com liberdade sua opinião. Ignora-se que neste mundo virtual de bilhões de dólares os usuários são individualmente controlados e transformados em mercadorias. É como eles descaradamente reconhecem: se você não paga para usar, a mercadoria é você!

Na internet somos constantemente bombardeados com propaganda direcionada, publicidade paga e exposições de marcas, tudo orientado por monitoramento e identificação de tendências de consumo e comportamento, preferências, e também as próprias reações a suas iniciativas políticas no sentido da vigilância e manejo da opinião pública a partir da manipulação das vontades e controle de cada indivíduo.

Nisto reside a principal razão da difusão no mundo inteiro das “redes sociais” e o porquê de todos os celulares estarem sendo transformados em um computador de mão para acesso em tempo integral à internet. As grandes corporações não precisam mais esperar o intervalo da programação da TV para tentar nos convencer de comprar isto ou aquilo. Agora o fazem a todo o momento, enquanto vemos um vídeo ou escrevemos um e-mail.

“Redes sociais” x vida real

Somos justamente alvos de todo lixo da produção cultural imperialista, de degeneração moral e bombardeados por toda sorte de futilidades e de desinformação reacionária. Esta é a ideologia reacionária dominante na sociedade, a ideologia burguesa na época do imperialismo. O que resulta deste processo é a formação de gerações inteiras de vidas igualmente fúteis e esvaziadas, baseadas em relações superficiais, no individualismo, no egoísmo, no niilismo, na glorificação do hedonismo e no mais frenético consumismo. Todo aparato tecnológico tem se mostrado muito eficiente para arrastar a juventude, generalizando e aprofundando este ambiente cultural decadente e alienado no qual está envolvida. O resultado é dramático. Há uma verdadeira epidemia de uma nova doença mental: são pessoas viciadas que não vivem sem o celular à mão, dilapidando horas de seu dia “navegando”. Todo o centro da vida dessas pessoas se tornou virtual… não se conversa, comunica-se pelo WhatsApp. A relação entre as pessoas é cada mais vez mais marcada pela superficialidade, pelo individualismo, pelo selfie-narcisismo,pela intolerância. Em um click se faz ou se desfaz uma “amizade” baseada apenas em curtidas, pessoas se apaixonam por pessoas que nunca viram, idolatram-se e “seguem-se” intelectuais de um parágrafo e meio, informam-se em vídeos de 30 segundos.

Este fato é o aprofundamento de um processo gestado desde o começo dos anos 80, com programas de TV e outras iniciativas de massificação cultural idiotizantes (sua expressão mais concentrada até então, os “reality shows”), como expressão particular nos meios de comunicação de massas da estratégia do imperialismo de alienação para o controle das massas no plano ideológico-político, ao desatar sua ofensiva contrarrevolucionária de caráter geral e convergente de revisionismo e imperialismo, que segue vigente nos dias atuais, embora em declínio.

São as massas que fazem a história

Para nós, militantes políticos, que nos propomos destruir este sistema podre e injusto, não podemos cair no engano de que seja possível militar pela internet. É ingenuidade acreditar que de casa ou do celular podemos nos fazer ouvir, que a internet é um espaço democrático. Expor nossas opiniões e convicções, falar de nossa revolta contra esta ordem injusta, tratar de planos e ações na internet é fornecer ao inimigo as condições para impedir ou neutralizar a nossa luta.

A única forma correta e justa de mobilização, politização e organização das massas é pelo contato direto nas ruas, nos locais de trabalho e estudo, nas reuniões e assembleias, na visitação casa-a-casa e no boca-a-boca, através das palavras ditas do agitador, propagandista ou dos artistas populares do teatro, da música, dança, etc., e nas escritas dos panfletos e do periódico revolucionário organizador coletivo, na literatura dos livros e poemas. Aí as pessoas, aderindo aos motivos do protesto e reconhecendo sua direção e como protagonista de sua causa e de sua luta elevam sua consciência de classe, assumem compromissos, participam dos preparativos e do próprio ato.

Nas mobilizações massivas que têm ocorrido mundo afora, ao contrário do que se difunde, não é porque há “convocação pelas redes sociais” e tantas “confirmações de presenças”, mas porque a atmosfera é tal de discussão e mobilização, que inclusive os monopólios dos meios de comunicação, veem-se obrigados a difundi-la, ainda que deturpando-a. E quanto às manifestações espontâneas, estas são produto de situações objetivas, que independem da vontade de quem quer que seja, tratam-se de manifestações explosivas de massas empurradas ao protesto em defesa de seus direitos econômicos e políticos pisoteados.

Nenhuma transformação verdadeira é possível sem a participação ativa e consciente das massas, sem que nós também nos transformemos. Só na ação coletiva das massas superamos nossas deficiências e debilidades individuais. Este é princípio confirmado em toda história da Humanidade: são as massas que fazem a história!

Ferramenta para vigilância e perseguições políticas

A crise geral do imperialismo demanda ampliar a agressão aos povos e países oprimidos de todo o mundo e aprofundar a exploração e opressão sobre o proletariado e as massas populares em cada país. A classe operária, o campesinato e demais classes populares têm respondido com protestos e revoltas, ademais das guerras de resistência e libertação nacional dos povos palestinos, iraquianos, afegãos, sírios, entre outros e das guerras populares dirigidas por Partidos Comunistas maoístas no Peru, Índia, Filipinas, Turquia, agigantando a cada dia a luta anti-imperialista e a nova onda da revolução proletária mundial.

Frente à crescente rebelião dos povos no mundo inteiro, o imperialismo, com a besta-fera ianque sempre à frente, impulsiona a vigilância e o controle total sobre o mundo inteiro, como parte fundamental da militarização de toda a sociedade que lhe é traço distintivo. Tudo que trafega pela rede mundial de computadores é registrado, gravado e analisado pelas agências do imperialismo como a NSA, FBI, CIA (dos ianques) e congêneres de todas as potências imperialistas.

Vale ressaltar que a alegada independência das empresas e a defesa da privacidade dos seus usuários, tão alardeada em alguns casos, não passam de um embuste, pois que, toda vez que ao imperialismo acender a luz vermelha do perigo da revolução, ele puxará as cordas da rede dos dados acumulados parautilizá-los na repressão e manipulação. Sob o surrado discurso de luta contra o terrorismo, toda a população mundial tem seus dados, correspondências, informações e arquivos pessoais, dados de localização e mesmo de perfis psicológicos gravados pelas agências de inteligência. Passando por cima de todas as legislações, os dados de qualquer pessoa, independente se é investigada ou se cometeu qualquer delito, são interceptados e gravados, e podem ser usados a qualquer tempo pelo aparato repressivo.

Processos contra a juventude combatente e o MEPR

Frente às grandiosas jornadas de junho de 2013, quando a juventude combatente expôs seu repúdio a todo este apodrecido sistema de exploração, opressão e corrupção de nosso País, a reação do governo Dilma e dos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Goiás, para citar os principais, despejaram sua ira reacionária contra os manifestantes. Tal como a ação covarde e desesperada da repressão de Dilma/Cabral/Pezão de perseguir e punir “exemplarmente” a juventude combatente e as organizações verdadeiramente populares que participaram naquela onda de protestos. Este é o objetivo do processo farsante contra os 23 ativistas no Rio de Janeiro, contra o MEPR e várias organizações que compuseram a Frente Independente Popular – FIP-RJ, tais como a Unidade Vermelha, a RECC, a OATL, entre outras.

Processo que resultou na prisão política do nosso companheiro Igor Mendes por quase sete meses no presídio Bangu e no mandado de prisão contra Karlayne Moraes e Elisa Quadros na mesma época.

Apesar de não haver qualquer prova de atos criminosos cometidos pelos acusados, a Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática que comanda o processo, baseia todas suas acusações e justifica mandados de prisão em “curtidas” de páginas da internet, em transcrições de mensagens de texto, e-mail ou Facebook (chamadas inbox) tidas como pessoais, reservadas e etc., em que ativistas faziam comentários sobre os atos públicos programados. Ativistas estão sendo levados para prisão por comentários retirados da internet. É a fascistização crescente do País, é a violação do princípio da presunção de inocência.

Não há modo seguro e confiável de uso da internet

Além disto, através de manifestações políticas pelo Facebook e afins, estamos expondo a toda à reação não apenas nós mesmos, mas também todas as massas que concordam com o que defendemos e que em algum momento venham a “curtir” ou “compartilhar” uma foto, link ou iniciativas de organização e ação pela Revolução. Tornam-se, portanto, alvos para repressão, restando ser somente questão de tempo a ação repressiva dos aparatos do velho Estado.

Há um grande número de cientistas e profissionais que criam e disseminam programas e ferramentas computacionais de criptografia e para navegação anônima. Isto faz parte desta grande corrente democrática que se mobilizou para desenvolver o projeto de software livre e gratuito, em contraposição às Microsoft’s que monopolizam a internet. Mas as agências do imperialismo tem orçamentos bilionários e trabalham pesado para quebrar estes códigos e quando obtêm sucesso, não divulgam seu triunfo.

Nada que não puder cair nas mãos do inimigo, hoje ou no futuro, deve circular pela rede. Mesmo criptografas, mensagens que não podem ser abertas hoje estão sendo gravadas e armazenadas e poderão ser violadas amanhã. Páginas de organizações revolucionárias devem ser acessadas de internet públicas, jamais de computadores pessoais.

Denunciar amplamente o controle do imperialismo sobre a internet!

Abaixo o individualismo, egoísmo e consumismo.

Abaixo o Facebook e as “redes sociais”: instrumento de disseminação da ideologia e cultura imperialistas!

Liberdade para os presos políticos democratas e revolucionários de todo o mundo!

Por uma cultura de Nova Democracia, científica e de massas para toda a juventude!

Mobilizar audazmente as massas para transformar radicalmente nosso País e o mundo!

MOVIMENTO ESTUDANTIL POPULAR REVOLUCIONÁRIO (MEPR) – BRASIL

JUNHO/2016