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AS RUAS SÃO DAS MASSAS, E NÃO DE MEIA DÚZIA DE OPORTUNISTAS!

Nota do MEPR-RJ sobre as manifestações de 24 de julho

Nós, do Movimento Estudantil Popular Revolucionário – MEPR, viemos através desta nota denunciar as ações dos partidos eleitoreiros que compõem a organização das manifestações, que em seus acordos policialescos e traidores impulsionam a criminalização dos blocos combativos. Na verdade, não nos surpreende a ata “vazada” sobre a reunião daquelas organizações com a Polícia Militar de São Paulo, em que  tramaram da forma mais covarde a repressão à juventude e movimentos independentes. Conhecemos de longa data a prática capituladora e até delatora destes falsos socialistas contra todos os que não se curvam aos seus acordões de cúpula, nem se adequam às suas “frentes eleitoreiras” condenadas ao lixo da história.

Embora repudiemos que pessoas usem a bandeira vermelha da luta popular revolucionária para iludir a juventude, enquanto são adeptos de fato da “via capitalista” e da adaptação à ordem reacionária, entendemos a sua lógica: estes oportunistas temem, tanto quanto a polícia, as forças armadas reacionárias e os governantes de turno, que se repita um novo junho de 2013, quando sua podre capitulação foi expulsa das ruas pela juventude combatente. Ocorre que a sua persistência em práticas traidoras não deixará de produzir, no futuro próximo, os mesmos resultados. Nós, do Movimento Estudantil Popular Revolucionário, ao contrário deles, estamos e estaremos sempre ao lado da juventude e dos trabalhadores contra a reação. Nunca, jamais e sob hipótese alguma aceitaremos negociar os rumos e trajetos de atos populares com os seus algozes. Não à toa, enquanto PT, PSOL, PCBrasileiro e outros se reuniam com o comando da PM de Doria – os assassinos de Paraisópolis – nós tivemos nossa bandeira apreendida e exibida como “troféu” por esta mesma corporação genocida. Este ataque, vindo da onde vem, é para nós elogio, e sinal de que estamos no caminho certo.

Fazemos uma sugestão: por que estes pelegos não trocam de uma vez a bandeira vermelha do socialismo pelo verde e amarelo da Monarquia? Isto seria mais compatível com a sua prática, com a vantagem de não enganar mais ninguém.

No Rio de Janeiro, também ficou explícita a “Santa Aliança” destes “revolucionários de Youtube” com a Polícia Militar: durante a manifestação, a direção da UJC (União da Juventude Capituladora), formou um cordão de bloqueio impedindo a passagem de um grupo do chamado “Bloco Autônomo”, no que foi auxiliada pela Polícia, que se aproveitou do fato para invadir a manifestação e agredir ativistas, apenas entre os independentes, claro. Que vergonha! Ainda que nós do MEPR tenhamos discordâncias ideológicas com organizações do chamado “Bloco Autônomo”, temos como princípio jamais entregar qualquer lutador nas mãos dos aparatos de repressão, nem fazer frente comum com estes, sob nenhum aspecto. Entendemos que, muito maior, e irreconciliável, é o abismo que nos separa do velho Estado reacionário e todos os seus aparatos de repressão e morte.

De fato, temos perante nós uma nova modalidade de “socialismo”, que se soma aos outros socialismos não-proletários de que falam Marx e Engels no Manifesto do Partido Comunista: o socialismo policial dos dirigentes da UJC e seus apaniguados. Uma vez kruschevista, sempre kruschevista!

Na verdade, estes oportunistas depositam suas últimas fichas de sobrevivência como sócios minoritários da falsa democracia burguesa-latifundiária, serviçal do imperialismo, na eleição do pelego-mor Lula em 2022, em “unidade” com Renan Calheiros, Jader Barbalho e outros. Por isso, tremem diante de qualquer possibilidade de luta radicalizada das massas. Trocam o direito do povo à revolução por minguadas migalhas, farelos que recebem pelo seu papel de serviçais da reação, como eternos bombeiros da luta de classes. Assim, estes politiqueiros fracassados preferem se ajoelhar diante dos mesmos policiais que entram nas favelas, periferias e massacram a juventude preta e pobre do País, e reprimem os camponeses em luta pela terra, na vã esperança de negociarem os rumos da insatisfação das massas populares. Entre a luta combativa e os aparatos assassinos da reação, não titubeiam: alinham-se do lado destes, em defesa da “ordem pública” e da “paz social”.

Afinal de contas, quem tem medo da rebelião popular? O Governo Militar Genocida de Bolsonaro, suas hordas paramilitares, e todos aqueles que se sentaram junto com o 11º BPM de São Paulo para negociar os termos da manifestação e delatar as organizações combativas. Não aceitaremos essa postura de criminalização que tem se repetido em São Paulo, Rio de Janeiro, Recife e outras cidades. Estes pseudo-socialistas, “social-carcereiros”, como falava o grande Lenin, já estão derrotados: não pode ser outro o destino de quem troca a bandeira vermelha da luta revolucionária pela bandeira branca da conciliação de classes.

PM de São Paulo posta foto com matérias de propaganda do MEPR e UV-LJR apreendidos na manifestação.

VIVA A JUVENTUDE COMBATENTE!

ABAIXO O OPORTUNISMO E A CONCILIAÇÃO DE CLASSES!

LUTAR NÃO É CRIME!

REBELAR-SE É JUSTO!

Movimento Estudantil Popular Revolucionário – MEPR/RJ, 26 de julho de 2021.

MEPR

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