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Alvorada do Povo denuncia ataques obscurantistas de ministro da Educação

Texto Publicado pelo Jornal A Nova Democracia dia 11/09/2021 por João Alves.

Em 2019, milhões de estudantes saíram as ruas em contexto de corte de verbas e ataques contra o ensino público diretamente verbalizados pelos reacionários no governo federal. Na imagem, uma manifestação de estudantes em São Carlos (SP). Foto: Banco de Dados AND

Em nota publicada no dia 09 de setembro, a organização democrático-revolucionária de estudantes Alvorada do Povo (AP) denunciou os mais recentes ataques contra a educação pública, gratuita, científica e de massas feitos diretamente pelo ministro obscurantista Milton Ribeiro. O ministro capacho tem realizado uma série de declarações que, segundo os estudantes revolucionários, serão respondidas “com luta combativa”.

Os estudantes apontam que a ação do ministro se resume em “promover falácias” contra o sistema público de ensino e o justo desejo por estudar, ensinar e aprender. A nota da AP aponta que o ministro deseja voltar com a “lei do boi” quando afirma que “a universidade deveria, na verdade, ser para poucos”. Aprovada durante o regime militar, a “lei do boi” assegurava até 50% das vagas no ensino médio e no ensino superior, nas escolas e faculdades agrícolas, para os filhos de produtores de gato, tendo sido revogada em 1985.

A nota critica contundentemente a declaração de Milton Ribeiro que trata da questão do desemprego para trabalhadores graduados. O ministro buscou fundamentar sua posição reacionária sobre um “ensino para poucos” apontando que “tem muito engenheiro ou advogado dirigindo Uber” e que “se fosse um técnico de informática, conseguiria um emprego”.

Essa visão pró-latifúndio do ministro obscurantista serve, segundo os estudantes revolucionários, para “manter os camponeses pobres de nosso país sob uma exploração e opressão semifudal”. E apontam ainda que o ministro busca “seguir os ditames do imperialismo para os países semicoloniais” e também “os planos do Banco Mundial para a educação brasileira”. E acerca da questão do desemprego no país, a nota aponta que “não é culpa das massas que buscam pelo conhecimento científico nas universidades”, e sim “fruto da política de desmonte da pesquisa e da indústria genuinamente nacional”.

Ministro só quer “apertadores de parafuso”

Os estudantes da AP afirmaram que o MEC age com corte de verbas e imposição do Ensino à Distância (EaD) no objetivo de “enxugar os gastos públicos com a Universidade Pública e investir na Educação Privada (…), ampliando o ensino básico tecnicista com suas contrarreformas, como a Base Nacional Comum Curricular e a Reforma do Ensino Médio”.

Sobre a fala de Milton Ribeiro defendendo uma suposta “mão de obra técnica”, a nota aponta que o intuito verdadeiro é o de “defender esse velho modo de produção, que só quer dos filhos do povo “apertadores de parafuso”, ao mesmo tempo que faz a defesa de uma educação que sirva ao Povo, contra os “ataques anticientíficos” como o negacionismo que passou a vigorar frente ao enfoque da pandemia do novo coronavírus”.

“transformar as universidades em trincheiras de combate!”

Os estudantes concluem a nota apontando que a resposta a ser dada contra todas as falácias do ministro obscurantista Milton Ribeiro deve passar pelo avanço na mobilização e organização estudantil: “devemos tomar para nós a defesa da educação, abandonar as ilusões e partir para a luta!”, apontam os estudantes.

A AP afirma que o objetivo dessa luta deve ser “colocar a universidade a serviço do povo, responder aos ataques do MEC/Banco Mundial com greve de ocupação e co-governo estudantil!”. E, reafirmando o compromisso com a luta combativa, conclamam a todos os comprometidos com a educação pública e gratuita a “transformar as universidades em trincheiras de combate”.

A nota na íntegra pode ser lida clicando aqui.

MEPR

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