Reproduzimos aqui, a atividade presencial realizada pela Revista Veias Abertas – UERJ, que serviu como um exemplo de luta que devemos realizar diante dos de ataques a Educação Pública, fechamento das Universidades e desenvolvimento do método do “Ensino à Distância” como parte do plano de Bolsonaro e generais para a tentativa de destruição da produção científica nacional.
“Na última sexta-feira (29/10), nós da Revista Veias Abertas – UERJ, realizamos um vitorioso Tour presencial com estudantes calouros do curso de história (inicialmente, o curso onde fundamos a Revista) e contou com a presença de cerca de 25 estudantes.
Entendemos que neste momento de aprofundamento dos ataques a Educação Pública e gratuita, e de ofensiva do modelo de “Ensino a Distância” sendo implementado goela abaixo em escolas e universidades pelo país, devemos mobilizar e organizar em nossas Universidades atividades presenciais que reforcem a importância da reabertura destes espaços.
Afinal de contas, é ou não uma política do MEC/Bolsonaro e Generais manter as Universidades públicas fechadas, de forma que sua política, tal qual o derrotado “future-se”, se expanda de forma “silenciosa”? Entendemos que sim, é de fato uma política dos inimigos do povo! E por isso devemos lutar por ocupar estes espaços e garantir que voltem a funcionar com todas as medidas sanitárias que a ciência já nos proporcionou até aqui.
“Há um arsenal técnico disponível e até desenvolvido pelas Universidades para o enfrentamento da pandemia. Acreditamos neles ou o negamos? ‘Fica em casa’ não pode ser a única coisa que temos a dizer. Essas são argumentações sanitárias que permitem não identificar justificativas para não oferecermos o segundo semestre de 2021 em caráter presencial.” – Profª Fátima Siliansky – Ocupar para não entregar.
O tour
Nosso Tour pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro, contou com um roteiro demonstrativo, que além de ensinar aos calouros onde fica cada lugar importante da Universidade (salas, banheiros, centros acadêmicos, auditórios e secretarias) também narrava as principais lutas que ocorreram na Universidade nos últimos 10 anos, como: a resistência do metro-mangueira, luta combativa pelo acúmulo de bolsa, ocupação do bandejão, entre outras.
A politização destas atividades tem o papel de gerar uma identificação dos estudantes com estes espaços. Muitos ingressaram na Universidade nos últimos 2 anos, e a política de manter fechada as Universidades, afastou estes estudantes do ambiente universitário, e mesmo da possibilidade de mobilização estudantil em defesa da Educação. O movimento foi justamente o contrário: isolamento político e imobilismo frente aos cortes orçamentários. Em 2021, o corte do orçamento do MEC foi de 21% relativamente a 2020 num processo que já vinha de desaceleração a partir de 2014. Neste ano, os gastos federais com Educação chegavam a 130 bilhões. Em 2021 o orçamento foi de 95 bilhões. E como parte desta politização, discutimos com os estudantes participantes do tour, a necessidade da reabertura e de uma luta combativa em defesa da Universidade Pública e Gratuita.
Mesmo com um vitorioso tour pela Universidade, tivemos que enfrentar mais uma ação burocrática da REItoria que visa dificultar o trânsito dos estudantes pelo espaço da Universidade (alegando medidas sanitárias), quando exigem documentos e que tais atividades só podem ser mobilizadas pelo Diretório Central dos Estudantes. Para estes, afirmamos: A Universidade é Pública! E seguiremos lutando por ocupar e defender este direito.
Convocamos todos os estudantes que defendem a luta pela Universidade Pública, Gratuita e a Serviço do Povo a organizarem atividades presenciais de politização por curso, por turma e o que mais for necessário, para iniciarmos o próximo semestre presencial pulsando a luta combativa em defesa da UERJ e de nossos direitos!
ABAIXO O CORTE DE VERBAS NA EDUCAÇÃO!
DEFENDER A UNIVERSIDADE PÚBLICA E A PESQUISA NACIONAL COM UNHAS E DENTES!
PELA REABERTURA IMEDIATA DAS ESCOLAS E UNIVERSIDADES!
CONTRA A PRIVATIZAÇÃO, GREVE DE OCUPAÇÃO!”
