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Nota contra perseguição à professor em Goiânia. (MEPR-GO)

O Movimento Estudantil Popular Revolucionário (MEPR) manifesta solidariedade ao professor de sociologia, Osvaldo Neto, após demissão do Colégio Visão em Goiânia-GO, pela acusação de doutrinação no ensino, posição encabeçada pelo bolsonarista Gustavo Gayer (PL).

Grupelhos fascistas em Goiânia se assanham

A sanha da corja fascista, sedenta e insaciável, faz uma nova vítima em sua incansável busca pelo total controle do povo e absoluto silenciamento de qualquer voz discordante desta velha ordem. Em meio a incessante gritaria de grupelhos da extrema direita reacionária, que exige para si o que proclama ser o sagrado direito da livre expressão, podemos vislumbrar claramente o quão vazio, hipócrita e oportunista é esse discurso.

Neste cenário, Osvaldo Machado da Silva Neto, professor de sociologia do colégio Visão em Goiânia-GO, foi demitido após histeria promovida nas redes sociais, por grupelhos de extrema direita, encabeçados pelo bolsonarista Gustavo Gayer (PL), acusando-o de “doutrinação” política devido ao uso de uma tira que expressava breve crítica à atuação da polícia.

Gustavo Gayer é pré-canditado a deputado federal, e um dos citados em relatório sobre Fake News na CPI da COVID, como o segundo maior blogueiro que mais disseminou Fake News no país durante o auge da pandemia, lucrando com isso R$ 40 mil. Este mesmo reacionário foi um dos bolsonaristas que atacaram e hostilizaram profissionais de enfermagem durante uma manifestação na Praça dos Três Poderes em 2020, a qual reivindicavam medidas sanitárias do Estado para o enfretamento à pandemia e em homenagens aos colegas profissionais mortos pela COVID-19.

O espantalho da ‘escola sem partido’

Esta ação de expulsão nos relembra o famigerado projeto ‘Escola sem partido’ através da censura dos conteúdos programáticos e o maior encabrestamento da liberdade de ensinar sendo um ataque furibundo dos inimigos do povo ao pensamento livre, ao exercício da profissão docente e à liberdade de crítica.

Entretanto, a dita ‘doutrinação’, para estes reacionários, se dá através das posições de professores, mas quando cursos paramilitares são ministrados para crianças e adolescentes, como noticiado recentemente pelo jornal A Nova Democracia, a qual aponta cursos voltados a adestrar crianças e jovens na ideologia fascista e no anticomunismo, isto sim, é liberdade de expressão.

As escolhas e universidades são trincheiras de combate da luta de classes

Não há neutralidade em nenhuma sociedade dividida em classes, tudo levará o selo de uma delas, assim acontece na política, na economia, na cultura, na educação. O movimento estudantil revolucionário historicamente teve papel chave nesses confrontos com as classes dominantes, e nesse momento, tem ainda mais que se lançar para transformar as escolas e universidades em trincheiras de luta, confrontando ideias e disputando posições.

Nesse sentido, saudamos exitosamente aos estudantes combativos do Colégio Visão que encabeçaram a luta em defesa do professor demitido injustamente. Casos assim, especificamente nas escolas privadas, acontecem e ficam acobertados através do discurso de ‘corte de recursos humanos’, mas que, inúmeras vezes, resumem-se em perseguições às posições dos educadores.

Chamamos a toda juventude a se rebelar, manifestar nosso direito de estudar e aprender, manejando a política, as ciências, elevando o debate dentro da escola e universidade mais profundamente, para entender a origem dos problemas da sociedade e resolvê-los.

Nós apontamos que toda exploração e opressão vigente é fruto da sociedade de classes e, enquanto juventude, temos que tomar parte ativa na transformação dessa realidade, assim como apontou o grande filósofo Karl Marx:“ Os filósofos limitaram-se a interpretar o mundo de diversas maneiras, o que importa é tranformá-lo.”

REBELAR-SE É JUSTO.

MEPR

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