No dia 15 de setembro manifestações combativas e massivas fizeram o MEC tremer. A sua tentativa de aplicar com urgência a BNC-FP nas universidades públicas foi rechaçada por milhares de estudantes e professores do país todo. O vitorioso ato levou o MEC a “repensar” a aplicação da BNC-FP. Que tem como objetivo esvaziar o caráter científico da formação dos professores e atacar a formação do Pedagogo Unitário, fragmentando sua atuação nas escolas como articulador e organizador deixando esses estudantes, em sua maioria mulheres pobres, para disputar subempregos.
Por isso, Centros Acadêmicos, Coletivos e DCE’S convocaram atos em defesa da revogação da resolução 02/2019 e foram atendidos por milhares de estudantes e professores em todo o Brasil. Foram conformados Comandos de Lutas, Grupos de Trabalhos e Atos nas universidades públicas e escolas, ameaçadas pela BNCC.
Dois exemplos de grande mobilização e combatividade foram as manifestações da UEM com cerca de 150 estudantes e da UFMG, em ato, os estudantes e professores defenderam a tática da greve de ocupação contra os cortes de verbas e em defesa da formação do Pedagogo Unitário.
Esta enorme mobilização é mais uma prova que o movimento independente e combativo é o único que tem conseguido vitórias em defesa da educação pública e gratuita. A UNE imobilista, eleitoreira e conciliadora, se mantém calada frente ao corte de verbas bilionário e ataques a universidade e escola públicas, torcendo para estes serem logo aplicados no governo de Bolsonaro e esquecendo sua aprovação no governo Dilma/PT.
Vendem aos jovens a ilusão de que com a eleição do pelego mor, Luis Inácio, serão revogados os cortes na educação e as “reformas” antipovo, como a contrarreforma do “novo” ensino médio, elaborada no governo do PT. Assim, mantém as amarras sobre os jovens com suas ilusões eleitoreiras, torcendo os dedos para que não haja levantamentos da juventude contra esses ataques, único caminho real de mudança que se apresenta.
Já a juventude combativa sem temer e ousando vencer os ataques dos inimigos que fazem da política hoje seus quartéis antipovo, que agora prorroga a aplicação da BNC-FP diante deste fogo que tomou as ruas, escolas e universidades do Brasil. Neste momento de grave crise de decomposição do imperialismo e do capitalismo burocrático, para avançar na luta contra a BNC-FP, BNCC e a contrarreforma do “Novo” Ensino Médio, é preciso organizar os estudantes em todos os cursos, diretórios/centros acadêmicos, DCEs e grêmios de escolas construindo debates, colaços e grupos de trabalho/comando de lutas somando-se aos professores para barrar de vez estes ataques, desfraldando a bandeira de greve de ocupação para fazer a universidade servir ao povo.
CONTRA A PRIVATIZAÇÃO, GREVE GERAL DE OCUPAÇÃO!
VIVA A JUVENTUDE COMBATIVA!
REBELAR-SE É JUSTO!