Dividido em 3 partes, o documentário de 1974 a 1976, Cantos de Trabalho de Leon Hirszman mostra a tradição dos cantos no trabalho camponês, que entoam coletivamente “ritmando” o trabalho. O documentário também mostra a condição de trabalho do camponês nas colheitas de Cacau e Cana-de-Açúcar, contrariando as mentiras contadas pelo latifúndio e monopólio de mídia de modernização do campo no Brasil.
Na parte 2, o narrador diz:
“Os cantos de trabalho são talvez as primeiras canções criadas pelo homem. A sua origem se perde na distância do tempo. Essas remotas cantigas nasceram do trabalho coletivo, da solidariedade de pessoas que se juntaram em grupo para executar uma tarefa comum. E especialmente a primeira e primordial tarefa do homem: lavrar a terra e cultivar os seus frutos.”
Longe de ser um trabalho “livre”, o trabalho camponês é ameaçado todos os dias pelo latifúndio de novo tipo, o agronegócio e seus pistoleiros e Velho Estado, protetores da concentração da propriedade rural e das relações semifeudais e semicoloniais dos camponeses. Esses que invadem e expulsam camponeses da pouca terra que têm e mantém os sistemas de barracão, alugados e arrendamento e todo tipo de relação pré-capitalista.
Seguem as 3 partes do curta-metragem.
Parte 1 – Mutirão
Parte 2 – Cacau
Parte 3 – Cana-de-açúcar
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