Ao voltarem do recesso os estudantes da UERJ se depararam com câmeras instaladas nos corredores de todos os andares, nos elevadores e a presença da polícia militar escorado no Bandejão Bruno Alves. Mais de 15 câmeras estão instaladas apenas no nono andar, andar este que concentra cursos com maior número de estudantes combativos e que tiveram destacada luta desde a imposição da EaD e do retorno presencial. Diversos estudantes manifestaram em conversas sua indignação sobre ter câmeras dentro de uma universidade pública, sendo uma forma de controle dos alunos e sua atuação.
A perseguição ao movimento estudantil independente tem se expressado desde a imposição da EaD pela REItoria e seus lacaios no movimento estudantil (DCE), em que estudantes eram impedidos pela chefe de segurança de entrar na universidade e fazer aulas públicas pela volta presencial. Apesar da tentativa de propagar a ideia de “segurança” dos discentes e do patrimônio público, o argumento cai por terra entre os estudantes, visto que as únicas intervenções dos chefes de segurança foram para tentar impedir a panfletagem coagindo, perseguindo, arrancando panfletos da mão e tentando criminalizar os estudantes com a desculpa de “desacato”, justificando que precisava da autorização da REItoria para panfletar. As panfletagens eram chamados para atos democráticos, como do ato pelo Auxílio Alimentação e Bandejão a 2 e 3 reais, e do mais recente ato contra os cortes das universidades federais e pelo auxílio material didático. Vale destacar que este auxílio foi tirado dos estudantes de surpresa e durante o recesso para evitar manifestações, em meio a dificuldade dos estudantes ao iniciar o período sem esse auxilio, a Reitoria esbanjou dinheiro em câmeras espalhadas por cada canto da UERJ.
A própria chefe da divisão de segurança afirmou em campanha para Ricardo Lodi, que foi muito tranquilo atuar como chefe de segurança no mandato do ex-reitor. Ora, com as universidades fechadas, de costas pros estudantes, deve ter sido muito fácil controlar o ânimo das moscas dentro da UERJ. Particularmente fácil para esta que já organizou várias vezes os seus funcionários para bater nos estudantes como na inauguração do bandejão em 2011¹ e na luta pelo acúmulo de bolsas em 2015², onde os estudantes trouxeram moradores da Mangueira para se proteger da remoção confronto com a polícia militar. O derrotado nas urnas apesar de aparelhar a UERJ para sua eleição, é mais um exemplo de gestão na sua tentativa de amordaçar o movimento estudantil, afinal, não poderia haver denúncias da má gestão e oportunismo do “progressista” Ricardo Lodi.
Pois irão continuar falhando nesta tentativa, e o movimento estudantil burocrático e ligado a REItoria cada vez mais colher derrotas na opinião dos estudantes e escancara a sua umbilical ligação com os interesses da burocracia universitária. Todos esses, serão rechaçados pela massa estudantil que vê na luta combativa e independente o caminho para resolver seus problemas. Só farão transbordar a revolta dos estudantes contra a sua criminalização e em favor da sua livre organização.
CONTRA A PERSEGUIÇÃO DO MOVIMENTO INDEPENDENTE E COMBATIVO DA UERJ!
REBELAR-SE É JUSTO!
1- https://www.youtube.com/watch?v=URXs1EvglnE
2- https://www.youtube.com/watch?v=QtiCZv_4A4w
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