Nessa importante data do proletariado internacional, publicamos aqui o vídeo com o discurso na íntegra legendado em português. Também gostaríamos de relembrar alguns trechos importantes do nosso panfleto em conjunto com a Unidade Vermelha – Liga da Juventude Revolucionária, publicado em 2017 como parte da campanha internacional em defesa da vida e saúde do Presidente Gonzalo:
Durante os seus quase 25 anos de encarceramento o Presidente Gonzalo foi impedido de se pronunciar ao povo peruano e aos povos do mundo. Doze dias após sua detenção, o regime fascista de Fujimori quis exigir triunfante o Presidente Gonzalo como seu prisioneiro, de roupas de listrar e dentro de uma jaula, porém defrontou-se com um gigante que se impôs, passando por cima da algazarra e alaridos histéricos do selecionado público que a reação montaria para seu show. Naquele dia, 24 de setembro de 1992, em um discurso preciso, clarividente e contundente, o Presidente Gonzalo não só arruinou com a pantomina armada pela reação como transmitiu uma triunfante conclamação aos revolucionários do mundo a darem luta armada ao imperialismo e seus lacaios, ademais de dar diretiva aos militantes do PCP e combatentes do Exército Guerrilhei Popular a passeguirem a guerra popular aplicando os planos já definidos. Sua detenção não era mais do que um pequeno percalço que seria superado, somente a reação sonhava que aquilo seria a derrota da revolução. A reação treme quando o Presidente Gonzalo fala! (….)
(…) Não é a primeira vez na história que assistimos à de silenciamento total de mentes brilhantes e revolucionárias. Na Idade Média, durante a Inquisição, milhares de homens e mulheres foram queimados vivos por seu pensamento herege. Dentre esses heróis e heroínas assassinados, destacam-se grandes pensadores e cientistas. O silêncio imposto à Gonzalo é impossível de não ser comparado ao que fez Inquisição com Giordano Bruno, filósofo materialista, que avançando o pensamento de Copérnico levantou a grandiosa hipótese de que o Sol não era o centro do Universo, pois este não teria propriamente um centro, e que na verdade cada estrela era como um Sol.
Giordano Bruno baseava seu pensamento nos filósofos materialistas de Roma e da Grécia, notadamente os atomistas Lucrécio e Epicuro. Bruno foi forçado pelo Tribunal do Santo Ofício a renegar suas ideias, diante de sua firme recusa foi condenado a morrer queimado. Com medo de seu discurso durante sua execução, os jesuítas da inquisição decidiram costurar os lábios e a língua de Giordano Bruno, que morreu mirando desafiadoramente os seus carrascos. Não contentes com isso, alguns anos depois, os jesuítas em proclamação oficial do Santo Ofício, promulgaram a proibição da teoria atômica por seus conteúdo herege. Apesar de tudo isso, o pensamento de Bruno se impôs diante da ignorância dos reacionários da inquisição. A teoria atômica se mostrou verdadeira e grandes progressos trouxe a toda a humanidade. Por mais que silenciem Gonzal, por mais que tentem proibir seu pensamento, a realidade, a história e principalmente a luta das massas e de seus heroicos combatentes comprovarão sua força e validez. Afinal, como disse o próprio Presidente Gonzalo: “Tolice é querer destruir a matéria!“.