Índia: Frente Revolucionária dos Estudantes (RSF) – Sobre os ataques da reação em Bengala

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Revolutionary Students Front

Nós do Movimento Estudantil Popular Revolucionário, declaramos total apoio e solidariedade aos companheiros do RSF – Revolutionary Students Front da Índia, em seu abaixo-assinado contra as criminosas campanhas de perseguição do velho Estado indiano de criminalização daqueles que lutam ao lado do povo. Somos signatários, e convocamos a todos a se posicionarem ativamente em apoio a essa campanha, caso tenham interesse em assinar a o abaixo-assiando podem entrar em contato conosco através da aba contato do site. Essa publicação é uma tradução não-oficial realizado pelo nosso movimento do abaixo-assinado que pode ser encontrado aqui.

SEJA OPERAÇÕES SURAJKUND OU KAGAAR, JAMAIS ABAIXAREMOS NOSSAS CANETAS: ELAS SÃO NOSSAS ARMAS NESTA LUTA CONTRA A INJUSTIÇA!

CONDENAR AS INVASÕES DO NIA-STF ÀS CASAS DE ATIVISTAS POLÍTICOS EM BENGALA OCIDENTAL!

ABOLIR O NIA-STF: AGENTES DA “GESTAPO” DOS FASCISTAS HINDUÍSTAS E DO CAPITAL CORPORATIVO!

LIBERTEM TODOS OS PRESOS POLÍTICOS IMEDIATA E INCONDICIONALMENTE!

Dia 1 de outubro, desde às 6 da manhã, as casas de cerca de 11 ativistas de movimentos de massas, jornalistas, sindicalistas e ativistas de direitos humanos foram invadidas em Bengala Ocidental por uma operação conjunta conduzida pela NIA, as forças da Gestapo dos fascistas bramânicos hinduístas RSS-BJP, e a Força Tarefa Especial da polícia do governo fascista de TMC no objetivo de conter o Naxalismo1. Estas invasões foram conduzidas sobre a base da velha desculpa de “suspeita de estarem envolvidos em trabalho organizativo do PCI(Maoista)”. Eles confiscaram livros, telefones celulares, pendrives, e discos rígidos de computadores de ativistas do RSF (Revolutionary Students Front), Companheiro Suddha Sataya Ray, o diretor de cinema e ex-membro do RSF Abhinjar Sarkar, o ativista sindicalista Companheiro Shipa Chakraborty, o Companheiro Sudipta Pal e Companheiro Somnath Bera, o jornalista Prosenjit Chakraborty e todos os outros. Junto com isso, e somente para aumentar a perturbação, eles foram convocados como testemunhas ao escritório da NIA de Ranchi ao invés do escritório da NIA que existe em Calcutá.

Ocorre que foi a norma de “Viksit Bharat” em que ativistas que lutam por justiça são tachados como maoistas. A repressão do Estado foi levada àqueles que protestavam contra a tentativa de entrega do Jal Jangal Zameen (água, floresta, terra) do país a diferentes grandes corporações indianas como Ambani, Adani, Tata, Jindal, etc. e seus amos estrangeiros imperialistas. São tachados de maoistas todos aqueles que lutam contra o genocídio, estupro, bombardeios aéreos aos Adivasis que lutam contra esta tática, e contra o ataque contínuo aos operários, camponeses, mulheres, Dalits e povos comunais minoritários do país. O Conselheiro de Segurança Nacional, Ajit Doval orgulhosamente declara que a sociedade civil é o novo “fronte de guerra”. Em nome de derrotar o maoismo, desde o caso da conspiração Bhima Koregaon às diferentes invasões em Deli, Uttar Pradesh, Jharkhand, Chhattisgarhm, Bengala Ocidental e outros estados por todo o país, é uma manifestação do Plano de Ação Surajkund assumido pelo Governo Central de conter os “Naxalistas armados com canetas” junto com portadores de armas. O Ministro do Interior Amit Shah tem realizado reuniões por todo o país com chefes administrativos e de segurança, e proclamando a sentença de morte do maoismo. Ironicamente, esta sentença se muda constantemente – o que foi inicialmente dito que ocorreria em 2022 na época de Bhima Koregaon, agora é 2026.

De maneira similar, o governo estadual do fascista TMC também está furioso desde que estes ativistas se envolveram em protestos contra a corrupção, o estupro e o genocídio perpetrados por eles bem no início do seu regime. Mais recentemente, estes ativistas participaram dos enormes movimentos de massas contra o estupro e assassinato de uma interna PGT na Faculdade Médica de Kar RG.

Sabemos que os diversos tribunais no país declararam, em diversos julgamentos, que acreditar na ideologia do maoismo ou mesmo ser membro do PCI(Maoista) não é crime sob a lei, a não ser que a pessoa esteja diretamente envolvida em atos de violência. Entretanto, diversos ativistas sociais, advogados, sindicalistas e ativistas de direitos humanos proeminentes são tachados de “trabalhadores na superfície” de uma organização maoista proibida específica e são mantidos na prisão sem julgamento por anos. Portanto, o julgamento em si se torna a punição. Nós entendemos que para reprimir os crescentes protestos de massas por causa da crescente crise econômica no país, as polícias federal e estaduais, a NIA do centro e o STF do estado, estão planejando uma patranha parecida com o caso de Bhima Koregaon.

Nós, organizações e indivíduos signatários, protestamos contundentemente contra as invasões conduzidas pela NIA e o STF às casas de 11 ativistas políticos em Bengala Ocidental para enquadrá-los em falsos casos contra eles. Convocamos todas as forças progressistas, democráticas e de esquerda a construir uma resistência de massas militante contra esta repressão do Estado realizada sobre os ativistas políticos.

Notas

1 Como a reação se refere à guerrilha do Exército Guerrilheiro Popular de Libertação-EGPL dirigidos pelo Partido Comunista da Índia (Maoista) – PCI(M)