26 de dezembro: 131 anos de nascimento do Presidente Mao

7 minutos de leitura

“Que critério permite determinar se um jovem é ou não revolucionário? Como fazer tal distinção? Apenas existe um critério: verificar se esse jovem quer ou não ligar-se as grandes massas operárias e camponesas, e se efetivamente se liga a estas. Se quer ligar-se aos operários e camponeses e o faz efetivamente, é um revolucionário; no caso contrário é um não revolucionário ou um contrarrevolucionário. Se hoje ele se liga as massas de operários e camponeses, hoje é um revolucionário. Mas se amanhã deixa de ligar-se a elas, ou se, pelo contrário, passa a oprimir a gente simples do povo, passa a ser um não revolucionário ou um contrarrevolucionário. Alguns jovens falam muito da sua fé nos Três Princípios do Povo ou no Marxismo, mas isso não prova nada.”

MAO TSETUNG, 1939 – Tarefas do Movimento da Juventude – Discurso pronunciado pelo camarada Mao Tsetung num comício de massas da juventude, em Ienan, em comemoração do XX Aniversário do Movimento de 4 de Maio.

Hoje, 26 de dezembro de 2024 os revolucionários de todo o mundo celebram 131º aniversário do Presidente Mao. Grande dirigente do Partido Comunista da China (PCCh), dirigiu duas grandes revoluções: A Grande Revolução Chinesa que triunfou em 1949, fundando a República Popular da China e a Grande Revolução Cultural Proletária (1966 – 1976). Grande titã do proletariado internacional, na direção do Partido Comunista da China aplicou de forma magistral o marxismo-leninismo nas condições objetivas da revolução chinesa, combatendo o oportunismo e todo o revisionismo, estando na direção da esquerda do Movimento Comunista Internacional no combate ao podre revisionismo moderno encabeçado por Kruschov.

Aquele que nomeia a terceira etapa da ideologia internacional do proletariado, que foi brilhantemente sistematizada e definida pelo Presidente Gonzalo: o maoismo. Não é incomum ver no anticomunismo visceral da reação toda sorte de ataques contra o presidente Mao, não conseguem nem chegar em acordo na mentira, cada hora inventam sem o mínimo de vergonha na cara algum número novo de “milhões de morte” da qual ele seria o responsável. Assim temem os imperialistas e a reação mundial, pois, sabem que é sob sua poderosa bandeira que estão sendo e serão dirigidas as mais importantes revoluções de nossa época. E será sob ela que todos os povos oprimidos do mundo varrerão o imperialismo da face da terra!

Nós juventude e estudantes revolucionários tomamos parte da celebração dessa importante data, assumindo cabalmente a consigna de Servir ao povo de todo coração! Combatendo todo tipo de oportunismo de direita e de “esquerda” no seio da juventude e do movimento estudantil, daqueles que temendo a revolução se escondem no pântano e em vão tentam nos arrastar pra lá. É aprendendo verdadeiramente desse grande chefe que a nossa bandeira seguirá sendo vermelha.

Como afirmou o Presidente Mao no discurso em Ienan por motivo da celebração do aniversário de Stálin: “O marxismo consiste em milhares de verdades, que podem todas ser resumidas numa única de que a rebelião se justifica!”. E é dessa poderosa síntese que nosso movimento ergue a nossa consigna histórica: Rebelar-se é justo! Estamos no combate sem temer, ousando e vencendo!

Aproveitamos a data para publicar novamente o importante texto do Presidente Mao Contra o Liberalismo.

Contra o Liberalismo

(7 de Setembro de 1937)

Nós somos pela luta ideológica ativa porque é uma arma para se alcançar a unidade interna do Partido e das demais organizações revolucionárias, em benefício de nosso combate. Cada membro do Partido Comunista, todo o revolucionário, deve empunhar essa arma.

O liberalismo, porém, rejeita a luta ideológica e preconiza uma harmonia sem princípios, o que dá lugar a um estilo decadente, filisteu, e provoca a degenerescência política de certas entidades e indivíduos, no Partido e nas outras organizações revolucionárias.

O liberalismo manifesta-se sob diversas formas:

Constatamos que alguém está a agir mal, mas, como se trata de um velho conhecido, de um conterrâneo, de um condiscípulo, de um amigo íntimo, de uma pessoa querida, de um antigo colega ou subordinado, não nos empenhamos no debate de princípios e deixamos as coisas correr, preocupados com manter a paz e a boa amizade. Ou então, para mantermos a boa harmonia, não fazemos mais do que críticas ligeiras, em vez de resolver a fundo os problemas. O resultado é prejudicar-se tanto a coletividade como o indivíduo. Essa é uma primeira forma de liberalismo.

Em privado entregamo-nos a críticas irresponsáveis, em vez de fazermos ativamente sugestões à organização. Nada dizemos de frente às pessoas, mas falamos muito pelas costas; calamo-nos nas reuniões, e falamos a torto e a direito fora delas. Desprezamos os princípios de vida coletiva e deixamo-nos levar pelas inclinações pessoais. É uma segunda forma de liberalismo.

Desinteressamo-nos completamente por tudo que não nos afeta pessoalmente; mesmo quando temos plena consciência de que algo não vai bem, falamos disso o menos possível; deixamo-nos ficar sabiamente numa posição coberta e temos como única preocupação não ser apanhados em falta. É uma terceira forma de liberalismo.

Não obedecemos a ordens, colocamos as nossas opiniões pessoais acima de tudo. Não esperamos senão atenções por parte da organização e repelimos a disciplina desta. Eis uma quarta forma de liberalismo.

Em vez de refutar e combater as opiniões erradas, no interesse da união, do progresso e da boa realização do trabalho, entregamo-nos a ataques pessoais, buscamos questões, desafogamos o nosso ressentimento e procuramos vingar-nos. Eis uma quinta forma de liberalismo.

Escutamos opiniões erradas sem elevarmos uma objeção e deixamos até passar, sem informar sobre elas, expressões contrarrevolucionárias, ouvindo-as passivamente, como se de nada se tratasse. É uma sexta forma de liberalismo.

Quando nos encontramos entre as massas, não fazemos propaganda nem agitação, não usamos da palavra, não investigamos, não fazemos perguntas, não tomamos a peito a sorte do povo e ficamos indiferentes, esquecendo-nos de que somos comunistas e comportando-nos como um cidadão qualquer. É uma sétima forma de liberalismo.

Vemos que alguém comete atos prejudiciais aos interesses das massas e não nos indignamos, não o aconselhamos nem obstamos à sua ação, não tentamos esclarecê-lo sobre o que faz e deixamo-lo seguir. Essa é uma oitava forma de liberalismo.

Não trabalhamos seriamente, mas apenas para cumprir formalidades, sem plano e sem orientação determinada, vegetamos – “enquanto for sacristão, contentar-me-ei em tocar os sinos”. Essa é uma nona forma de liberalismo.

Julgamos ter prestado grandes serviços à revolução e damo-nos ares de veteranos; somos incapazes de fazer grandes coisas, mas desdenhamos as tarefas pequenas; relaxamo-nos no trabalho e no estudo. Eis uma décima forma de liberalismo.

Cometemos erros, damo-nos conta deles, mas não queremos corrigi-los, dando assim uma prova de liberalismo com relação a nós próprios. Eis a décima primeira forma de liberalismo.

Poderiam citar-se outros exemplos mais, mas os onze acima indicados são os principais.

Todos eles constituem manifestações de liberalismo.

O liberalismo é extremamente prejudicial nas coletividades revolucionárias. É um corrosivo que mina a unidade, afrouxa a coesão, engendra a passividade e provoca dissensões. Priva as fileiras revolucionárias de uma organização sólida e de uma disciplina rigorosa, impede a aplicação integral da linha política e separa as organizações do Partido das massas populares colocadas sob a direção deste. É uma tendência extremamente perniciosa.

A origem do liberalismo está no egoísmo da pequena burguesia, que põe em primeiro lugar os seus interesses pessoais, relegando para segundo plano os interesses da revolução. É dela que nasce o liberalismo ideológico, político e de organização.

Os liberais consideram os princípios do Marxismo como dogmas abstratos. Aprovam o Marxismo, mas não estão dispostos a pô-lo em prática, ou a pô-lo integralmente em prática; não estão dispostos a substituir o liberalismo pelo Marxismo. Armam-se tanto de um como de outro: falam de Marxismo, mas praticam liberalismo; aplicam o primeiro aos outros e o segundo a si próprios. Levam os dois na bagagem e encontram uma aplicação para cada um. É assim que pensam certos indivíduos.

O liberalismo é uma manifestação do oportunismo e está em conflito radical com o Marxismo. O liberalismo é a passividade. Objetivamente, serve o inimigo. É por essa razão que o inimigo se regozija quando o conservamos nas nossas fileiras. Tal é a natureza do liberalismo. Não deve pois haver lugar para ele nas fileiras da revolução.

Penetrados do espírito ativo do Marxismo, devemos vencer a passividade do liberalismo. Um comunista deve ser aberto, fiel e ativo, colocar os interesses da revolução acima da sua própria vida e subordinar os interesses pessoais aos interesses da revolução. Em todos os momentos, seja onde for que se encontre, ele deve ater-se aos princípios justos e travar uma luta sem tréguas contra todas as ideias e ações erradas, de modo a consolidar a vida coletiva do Partido e reforçar os laços existentes entre este e as massas; um comunista deve preocupar-se mais com o Partido e as massas do que com os seus interesses pessoais, e atender mais aos outros do que a si próprio. Só quem atua assim pode ser considerado comunista.

Todos os comunistas fiéis, abertos, ativos e honestos, devem unir-se para lutar contra as tendências liberais de certos indivíduos entre nós, e conseguir chamá-los ao bom caminho. Essa é uma das nossas tarefas na frente ideológica.