No dia 18 de dezembro de 2024 os revolucionários de todo o mundo celebram o 146º aniversário do grande camarada Stálin! Continuador de Lenin, liderou o Partido Comunista da União Soviética – Bolchevique (PCUS-B) em um dos períodos mais complexos da história da humanidade, onde a construção do socialismo na União Soviética enfrentou ataques e sabotagens de todo tipo da reação, inclusive internamente expressadas nas diferentes linhas oportunistas de direita e de “esquerda” dentro do Partido Comunista, foi o camarada Stálin que assegurou a linha vermelha proletária não permitindo que a bandeira do Partido mudasse de cor. Foi ele quem cumpriu a grande tarefa de definir a segunda etapa do marxismo, o leninismo, sistematizado obra magistral Fundamentos do leninismo, destacamos a sua brilhante síntese: “o leninismo é o marxismo da época do imperialismo e da revolução proletária. Ou mais exatamente: o leninismo é a teoria e a tática da revolução proletária em geral, a teoria e a tática da ditadura do proletariado em particular”. Foi o grande chefe dos povos oprimidos de todo o mundo no combate a besta nazifascista na segunda guerra mundial, aplicando magistralmente a tática vermelha proletária da frente única antifascista sob direção do proletariado, sistematizada e defendida por Dimitrov no poderoso VII Congresso da Internacional Comunista. A consigna que unificou todo o povo soviético que pagou sua imensa cota de sangue na luta de libertação de toda a humanidade, era expressão direta do que esse grande chefe representava: “Pela Pátria! Por Stálin!”.
O grande camarada Stálin segue provocando todo tipo de temor na reação, não atoa buscam dia e noite atacá-lo e desmoralizá-lo, inventam números sem o mínimo de escrúpulos para incriminá-lo, tendo apoio do podre revisionismo, pois, sabem o que sua figura representa para os povos e massas oprimidas de todo o mundo, aquele que mesmo em condições duríssimas não se curvou para a reação, até seu último dia de vida defendeu e se manteve firme e leal ao seu compromisso com a classe. Que a reação siga tremendo diante desse titã do proletariado internacional! Como bem diz o ditado popular: a mentira tem perna curta! Podem tentar em vão jogar lixo sobre seu túmulo, mas a verdade sempre prevalecerá! Stálin dizia: “A juventude é a reserva e vanguarda de choque da revolução proletária” e é dessa afirmação que sai uma das nossas mais poderosas consignas: “Servir ao povo de todo o coração! Tropa de choque da revolução!”, e como estudantes e jovens revolucionários seguiremos levantando alto a bandeira da revolução e a defesa desse grande chefe.
Aproveitamos a data para recomendar a leitura do livro “A Grande Conspiração – A guerra secreta contra a Rússia soviética” (Michael Sayers e Albert E. Kahn) que pode ser encontrada clicando aqui.
Também como parte da comemoração dessa importante data, publicamos abaixo a primeira parte da grande obra Fundamentos do leninismo:
Fundamentos do leninismo
I – As raízes históricas do leninismo
O leninismo cresceu e se formou dentro das condições do imperialismo, quando as contradições do capitalismo chegaram ao seu limite extremo, quando a revolução proletária se converteu numa questão prática imediata, quando o antigo período de preparação da classe operária para a revolução chegou ao ponto alto e se transformou num novo período de luta direta contra o capitalismo.
Lenin qualificava o imperialismo como “capitalismo em decomposição”. Por quê? Porque o imperialismo leva as contradições do capitalismo ao seu último limite, ao limite extremo, depois do qual começa a revolução. Entre estas contradições, há três que devem ser consideradas como as mais importantes.
A primeira contradição é a contradição entre trabalho e capital. O imperialismo é a onipotência dos “trutes” e dos consórcios monopolistas, dos bancos e da oligarquia financeira nos países industriais. Para lutar contra esta onipotência, eram inteiramente ineficazes os métodos habituais da classe operária: os sindicatos e as cooperativas, os partidos parlamentares e a luta parlamentar. Ou te entregas à mercê do capital e vegetas como antigamente, mergulhando cada vez mais fundo, ou lanças mão de uma nova arma; é assim que se coloca a questão do imperialismo às massas formadas por milhões de proletários. O imperialismo conduz a classe operária à revolução.
A segunda contradição é a contradição entre os diferentes grupos financeiros e as potências imperialistas na sua luta pelas fontes de matérias-primas, pelos territórios alheios. O imperialismo é a exportação de capitais para as fontes de matérias-primas, a luta feroz pela possessão monopolista dessas fontes, a luta por uma nova repartição do mundo já repartido, a luta mantida de um modo especialmente encarniçado pelos novos grupos financeiros e pelas novas potências que buscam realmente um “lugar ao sol”, contra os velhos grupos e potências, tenazmente aferrados às suas conquistas. Esta luta feroz entre os diversos grupos capitalistas é espantosa no sentido de se impor como elemento inevitável nas guerras imperialistas, nas guerras pela conquista de territórios alheios. E, por sua vez, esse fato é também muito importante porque conduz ao mútuo enfraquecimento dos imperialistas, ao enfraquecimento das posições do capitalismo em geral, à aproximação do momento da revolução proletária, à necessidade prática desta revolução.
A terceira contradição é a contradição entre um punhado de nações “civilizadas” dominadoras e milhões de homens dos povos colonizados e dependentes no mundo. O imperialismo é a exploração mais descarada e a opressão mais desumana de milhões de habitantes das imensas colônias e países dependentes. O objetivo desta exploração e desta opressão é a obtenção do excesso de lucro. Mas, ao explorar estes países, o imperialismo se vê obrigado a construir neles estradas de ferro, fábricas e escolas, centros industriais e comerciais. O aparecimento da classe dos proletários, a formação de uma intelectualidade no país, o despertar da consciência nacional, o incremento do movimento de libertação, são outros tantos resultados inevitáveis desta “política”. O incremento do movimento revolucionário em todas as colônias e em todos os países dependentes sem exceção, testemunha tudo isto de um modo primário. Esta circunstância é importante para o proletariado no sentido de este minar nas raízes as posições do capitalismo, convertendo as colônias e os países dependentes como reservas do imperialismo em reservas da revolução proletária.
São essas, de um modo geral, as contradições principais do imperialismo, que converteram o antigo capitalismo “florescente” num capitalismo agonizante.
A importância da guerra imperialista desencadeada há dez anos consiste entre outras coisas, em ter reunido num mesmo feixe e lançado na balança todas estas contradições, acelerando e facilitando com tal atitude as lutas revolucionárias do proletariado.
Por outras palavras, o imperialismo fez não apenas com que a revolução fosse praticamente inevitável, mas que se tenham criado as condições favoráveis para o assalto direto à fortaleza do capitalismo.
E essa situação internacional deu origem ao leninismo.
E tudo isso está certo, poderão nos dizer. Mas que tem a Rússia a ver com isto se ela não era nem podia ser o país imperialista clássico? Que tem Lenin a ver com isto se ele atuou sobretudo na Rússia e para a Rússia? Por que foi precisamente a Rússia o lugar do florescimento do leninismo, o centro da teoria e da tática da revolução proletária?
Porque a Rússia era o ponto de convergência de todas estas contradições do imperialismo.
Porque na Rússia começava a gerar-se a revolução mais do que em qualquer outro país do mundo, o que fazia com que só ela se encontrasse em condições de resolver estas contradições por via revolucionária.
Claro, a Rússia czarista era o foco de toda a espécie de opressão – capitalista, colonial e militar –, na sua forma mais bárbara e mais desumana. Quem ignora que na Rússia a onipotência do capital se fundia com o despotismo czarista, a agressividade do nacionalismo russo com a conduta de verdugo que o czarismo manteve para com os povos não russos, a exploração de regiões inteiras – Turquia, Pérsia, China –, com a anexação destas regiões pelo czarismo, com as guerras de anexação? Lenin tinha razão quando dizia que o czarismo era o “imperialismo militar-feudal”. O czarismo era a condensação dos aspectos mais negativos do imperialismo, elevados ao quadrado.
A Rússia czarista era, além disso, a reserva mais importante do imperialismo ocidental, não apenas por oferecer um livre acesso ao capital estrangeiro, que tinha nas suas mãos setores tão decisivos da economia nacional russa, como os combustíveis e a metalurgia, como podia também colocar à disposição dos imperialistas ocidentais milhões de soldados. Basta recordar o exército russo de doze milhões de homens, que derramavam seu sangue nas frentes imperialistas para assegurar os lucros fabulosos dos capitalistas anglo-franceses.
Por outro lado, o czarismo era não apenas o cão de guarda do imperialismo no Oriente da Europa, mas também o agente do imperialismo ocidental para roubar à população seus milhões a favor dos empréstimos que eram facilitados ao czarismo em Paris e em Londres, em Berlim e em Bruxelas.
Finalmente, o czarismo era o aliado mais fiel do imperialismo ocidental para a divisão da Turquia, da Pérsia, da China, etc. Quem ignora que o czarismo interveio na guerra imperialista aliado aos imperialistas da Entente e que a Rússia era um elemento essencial nesta guerra?
Eis porquê os interesses do czarismo e do imperialismo ocidental se misturavam e se confundiam, afinal, numa espécie de único saco dos interesses do imperialismo. Acaso podia o imperialismo de Ocidente resignar-se com a perda de um apoio tão poderoso no Oriente e de uma reserva tão rica em forças e em recursos como era a velha Rússia czarista e burguesa, sem colocar à prova todas suas forças para sustentar uma luta de morte contra a revolução na Rússia, a fim de defender e conservar o czarismo? Naturalmente que não!
Mas deduz-se daqui que quem quisesse desferir um golpe no czarismo levantava inevitavelmente o braço contra o imperialismo e quem se sublevasse contra o czarismo teria que sublevar-se também contra o imperialismo, dado que ao derrubar o czarismo pensava-se seriamente não só em destruí-lo, mas também em acabar com ele sem deixar rastos, tinha de derrubar também o imperialismo. A revolução contra o czarismo aproximava-se deste modo da revolução contra o imperialismo, da revolução proletária, e tinha necessariamente que transformar-se nela.
Entretanto, estourava na Rússia a maior das revoluções populares, à frente da qual se encontrava o proletariado mais revolucionário do mundo, um proletariado que dispunha de um aliado tão importante como os camponeses revolucionários russos. Será necessário demonstrar que uma revolução assim não podia parar no meio do caminho e que, no caso de triunfar, devia continuar na sua marcha, levantando a bandeira da insurreição contra o imperialismo?
Por isso, a Rússia tinha de se converter no ponto de convergência das contradições do imperialismo, não apenas no sentido de que, precisamente na Rússia, essas contradições se manifestavam com uma maior facilidade por causa do seu caráter especialmente monstruoso e intolerável, e não só porque a Rússia era o apoio mais importante do imperialismo ocidental, o alicerce que unia o capital financeiro do Ocidente com as colônias do Oriente, mas também porque apenas na Rússia é que existia uma força real capaz de resolver as contradições imperialistas pela via revolucionária.
Deduz-se daqui, que a revolução na Rússia não podia deixar de ser proletária, não podia deixar de evidenciar, desde os primeiros momentos do seu desenvolvimento, um caráter internacional, e não podia, portanto, deixar de sacudir os próprios alicerces do imperialismo mundial.
Acaso os comunistas russos podiam, diante de semelhante estado de coisas, cingir-se no seu trabalho aos limites estritamente nacionais da revolução russa? Naturalmente que não! Pelo contrário, toda a situação, tanto interior (profunda crise revolucionária) como exterior (a guerra), os empurrava para levar seu trabalho fora desses limites e levar a luta para a zona internacional, descobrir as chagas do imperialismo, demonstrar o caráter inevitável da falência do capitalismo, destroçar o social-chauvinismo e o social-pacifismo e, por último, derrubar o capitalismo dentro do seu país e criar para o proletariado uma nova arma de luta: a teoria e a tática da revolução proletária, com o objetivo de facilitar aos proletários de todos os países a possibilidade de derrubar o capitalismo. Os comunistas russos não podiam atuar de outro modo, pois só por este caminho se teria a garantia de se produzirem certas mudanças na situação internacional, capazes de imunizar a Rússia contra a restauração do regime burguês.
Eis aqui porquê a Rússia se converteu numa base do leninismo e Lenin se afirmou como seu criador.
Com a Rússia e com Lenin “aconteceu” neste aspecto aproximadamente a mesma coisa que tinha sucedido com a Alemanha e com Marx na década de 40 do século passado. A Alemanha possuia dentro de si, como a Rússia dos começos do século XX, a revolução burguesa. Nessa altura, Marx escreveu no Manifesto Comunista:
“Os comunistas colocam sua principal atenção na Alemanha, porque este país se encontra em vias de uma revolução burguesa e porque levará a cabo esta revolução dentro das condições mais progressivas da civilização europeia em geral, e com um proletariado muito mais evoluído do que o da Inglaterra do século XVII e o da França no século XVIII, e porque assim a revolução burguesa alemã não pode ser mais do que um prelúdio imediato da revolução proletária.”
Por outras palavras, o centro do movimento revolucionário deslocava-se para a Alemanha.
Pode duvidar-se porventura de que esta circunstância que Marx apontava na passagem transcrita fosse precisamente a causa provável de a Alemanha se revelar como o eixo do socialismo científico e os chefes do proletariado alemão, Marx e Engels, serem seus criadores?
Deve dizer-se a mesma coisa, embora de forma mais acentuada, quanto à Rússia dos começos do século XX. Neste período, a Rússia encontrava-se em vésperas da revolução burguesa e tinha que levar a cabo esta revolução nas condições mais progressivas da Europa e com um proletariado mais desenvolvido do que na Alemanha (e para não comparar com o da Inglaterra ou da França), quando tudo indicava que esta revolução deveria servir de fermento e de prólogo à revolução proletária. Não pode ser considerado como casual o fato de já em 1902, quando a revolução russa se encontrava ainda nos seus começos, Lenin escrevesse no seu livro Que Fazer? estas palavras proféticas:
“A história coloca hoje diante de nós (quer dizer, diante dos marxistas russos) uma tarefa imediata, que é a mais revolucionária de todas as tarefas imediatas do proletariado de qualquer outro país”. (…) “A realização desta tarefa, isto é a queda do mais poderoso baluarte não só da reação europeia, mas também da reação asiática, converteria o proletariado russo na vanguarda do proletariado revolucionário internacional”. (Lenin, tomo IV.).
Por outras palavras, o centro do movimento revolucionário devia deslocar-se para a Rússia. Todos sabemos que o desenvolvimento da revolução na Rússia justificou em excesso esta previsão de Lenin. E, sendo assim, não se revela como nada de assombroso que o país que levou a cabo semelhante revolução e dispõe de semelhante proletariado tenha sido o centro da teoria e da tática da revolução proletária.
Não tem nada de assombroso que o chefe desse proletariado, Lenin, se tenha revelado ao mesmo tempo como o criador desta teoria e desta tática e o chefe do proletariado internacional.