Na última quinta feira, 20 de março, estudantes da Universidade do Estado do Rio de Janeiro realizaram um ato para lembrar os seis meses da invasão da tropa de choque no campus Maracanã e protestar contra a REItoria de Gulnar Azevedo e Bruno Deusdará. O ato condenou a invasão dos policiais na exata data que marcavam os seis meses do 20 de setembro de 2024, dia que se tornou uma mancha na história da nossa universidade, pois nem mesmo durante o regime militar fascista a Polícia invadiu a UERJ.
A manifestação foi convocada por Centros Acadêmicos e estudantes independentes, especialmente os CAs de Pedagogia, Artes, Enfermagem e Filosofia, este último alvo de uma invasão ilegal por parte dos policiais, que quebraram os cadeados e reviraram todo o espaço com o aval da chefe de segurança e da REItoria.
O ato contou com a presença de cerca de 40 alunos, incluindo os Centros Acadêmicos já citados assim como estudantes independentes de diversos cursos. O ato começou no décimo segundo andar por volta das 18h e caminhou pelas rampas até o hall do queijo, onde houve falas e denúncias contra a REItoria e o governo fascista do estado (o bolsonarista Cláudio Castro).
Os estudantes também convocados a somarem-se na luta pela democracia universitária, assistência estudantil verdadeira e contra a nova minuta do retrocesso, que será votada no próximo Conselho Universitário. Esta minuta prevê o fim do acúmulo de bolsas e a limitação mais rígida da concessão de auxílios. Neste dia será realizado um grande ato de suma importância para barrar o desmonte da permanência estudantil.
Histórica ocupação da Reitoria terminou com grande resistência do Movimento Estudantil
Durante a luta contra a AEDA, os estudantes inicialmente ocuparam a reitoria da Universidade e rapidamente a luta se expandiu para a ocupação de todo o Pavilhão João Lyra Filho e também de outros campi (como a Faculdade de Enfermagem e a FEBF). Ao longo de mais de três meses, o movimento estudantil combativo denunciou a prática fascista da REItoria e exigiu a participação dos estudantes nas decisões, único caminho para condenar a decisão antidemocrática que reflete a posição antipovo, elitista e alinhada aos interesses privatistas.
A REItoria antidemocrática, revelou-se completamente fascista ao entrar com pedido de reintegração de posse na justiça. Nesse pedido, solicitou o uso de forças policiais e a presença de viaturas permanentemente. Desta forma, atentando contra a democracia e autonomia universitárias.
Ao longo desta histórica luta, estudantes denunciaram também o DCE do PT e seus chegados do Correnteza (PCR) e demais eleitoreiros. Assim, impediram na prática o desvio da justa luta para os interesses dos oportunistas da UNE. Mantendo a ocupação mesmo após o início da farsa eleitoral de 2024, os estudantes fizeram manifestações combativas fechando as ruas do entorno do campus com barricadas e enfrentando o Choque mesmo antes da sua invasão em 20 de setembro, para chororô de todos oportunistas.
No fatídico dia 20 de setembro de 2024, quando os estudantes já havia decidido pela resistência ativa à tropa de Choque dos fascistas da PM, a REItoria, mesmo com a iminência da invasão policial, seguiu mentindo, dizendo que “a ocupação não quis dialogar”. Mas a organização combativa já estava toda ela montada, e com um plano de retirada estratégica preparado. Mesmo com todo aparato de guerra com que a PM de Cláudio Castro invadiu o campus, no fim a maior parte dos 100 estudantes ocupantes saíram ilesos. Além da prisão de três estudantes que foram cercados de solidariedade até serem soltos no início da noite, o saldo final ficou muito pior para os porcos: um deles perdeu um dedo ao tentar soltar uma bomba vencida contra os estudantes em retirada. Ao fim, deixamos a Universidade com uma grande inscrição no corredor da REItoria de que “VOLTAREMOS MAIS FORTES E MAIS PREPARADOS!”

