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Alvorada do Povo: A respeito da “remoção” da faixa em apoio a revolução agrária na USP

Nota inicial: Reproduzimos a seguir nota da Alvorada do Povo, sobre a remoção da faixa em defesa da revolução agrária na USP, prática fascista, nefasta e oposta a verdadeira tradição democrática e revolucionária do movimento estudantil em nosso país.

Uma grande campanha em defesa da revolução agrária foi desencadeada em todo o Brasil, por diversas organizações estudantis e de juventude, dentre elas nós da Alvorada do Povo. Sabemos que o único caminho das massas camponesas, indígenas e quilombolas no qual podem obter vitórias é o da resistência armada contra o latifúndio, as hordas da extrema-direita bolsonarista e o velho Estado burguês-latifundiário. É a Revolução Agrária em curso, como primeira etapa de uma grande Revolução Democrática ininterrupta ao socialismo, para construir o Brasil Novo.

Já faz algumas semanas que todos que passam pelo vão da FFLCH-USP leem a consigna de “Viva a Revolução Agrária!”, em uma grande faixa vermelha fixada pelos ativistas da Alvorada do Povo ao tomar parte dessa campanha.

Para surpresa daqueles que estavam no vão da FFLCH-USP, no dia 14 de maio, um elemento desconhecido da faculdade, retirou essa faixa da Alvorada do Povo. No momento dessa retirada, estudantes que passavam pelo local chegaram a questionar esse ato reprovável.

O ato desse elemento, acabou sendo ofuscado pelo fato de que, nesse mesmo dia, uma patotinha bolsonarista da chamada “União Conservadora” apareceu na USP para causar tumultos, criando factoides direitistas para ficarem “famosos” na Internet ao estilo mamãe falei. Removeram algumas faixas que mencionavam a extrema-direita e o Bolsonaro, filmou sua pantomima desde o início, e fugiu choramingando contra a Universidade pública, sempre de câmera ligada, é claro, continuando o mesmo modus operandi como têm sido nesses ataques histéricos contra as mobilizações do movimento estudantil.

Coincidentemente ou não, o grupelho que removeu a faixa da Alvorada do Povo e essa patota bolsonarista tiveram a mesma prática no mesmo dia. Pode ser visto em todos os vídeos do ocorrido que os elementos da “União Conservadora” nenhum momento sequer passaram perto do local de onde a faixa da Alvorada do Povo estava hasteada. Para quem conhece o vão da FFLCH, vendo a foto mais ampla de onde ela estava fixada, fica claro que não foi retirada pelos bolsonaristas histéricos.

Além da faixa, o grupelho que se voltou contra a Revolução Agrária, arrancou vários materiais da Alvorada do Povo e, no local, colocaram os seus, coisa que nem a extrema-direita estava fazendo na Universidade.

O direito do movimento estudantil de se mobilizar, organizar e politizar foi conquistada ao custo de muito sangue derramado daqueles que lutaram e lutam em defesa do povo, especialmente na heroica resistência ao regime militar fascista. A Universidade é um ambiente, onde pululam correntes políticas dos mais variados tipos, onde é normal que existam divergências. Portanto, nenhuma divergência política entre aqueles que lutam, é justificativa para que se remova material político de outras organizações dos ambientes universitários. Aqueles que fazem isso cumprem o papel sujo da reação. Essa é uma prática tipicamente fascista, que nós, da Alvorada do Povo, repudiamos veementemente.

Sabemos quem arrancou a faixa de “Viva a Revolução Agrária” da Alvorada do Povo, e não foram os bundões metidos a influencer de direita. Esse ataque contra a Revolução Agrária, aos camponeses em luta e a nossa Organização não ficará sem resposta.

Viva a Revolução Agrária!
Morte ao Latifúndio!

Alvorada do Povo, 15 de maio de 2025.

MEPR

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