Somos a corrente democrático-revolucionária do movimento estudantil brasileiro. Surgimos do rompimento com o eleitoralismo e o nacional reformismo (MR8) na UBES no ano de 1995. Conformamo-nos enquanto um movimento nacional, com teses, princípios e programa próprios no ano de 2000, primeiro encontro nacional que decidiu pela criação do movimento em 2001, com a realização da I Assembléia Nacional dos Estudantes do Povo. Defendemos a necessidade de a juventude retomar o caminho da luta popular revolucionária em nosso país, caminho soterrado por décadas de predomínio do oportunismo de uma forma geral e, principalmente, do revisionismo e o seu cretinismo parlamentar.
Partindo da ideologia científica do proletariado em seu mais avançado desenvolvimento, o marxismo-leninismo-maoísmo, caracterizamos o nosso país como semicolonial e semifeudal, onde predomina um capitalismo burocrático, expressão da ditadura de grandes burgueses (divididos em suas frações burocrática e compradora) e latifundiários, serviçais do imperialismo, principalmente ianque.
Semicolonial: o nosso país passou da condição de colônia dos portugueses a de semicolônia da Inglaterra e hoje, principalmente, dos USA. Isto porque, com o advento do imperialismo, entre os finais do século XIX e no início do século XX mas, particularmente, com a Primeira Guerra Mundial, o mundo passou a estar dividido entre um punhado de países capitalistas desenvolvidos (potências imperialistas) que dividem entre si os espólios da exploração e saqueio das riquezas naturais e das fontes de energia da imensa maioria de países e povos oprimidos (colônias e, principalmente, semicoloniais). Ou seja, mesmo que, formalmente, sejamos um país independente, na prática, toda a economia, política e cultura de nosso país está estruturada de forma a atender aos rapaces interesses das potências estrangeiras.
Semifeudal: para manter e aprofundar a sua dominação sobre o nosso país, o imperialismo necessita manter e evoluir relações sociais de produção de caráter semifeudal. Três aspectos, fundamentais, caracterizam a semifeudalidade em nosso país e em todos aqueles onde predominam o capitalismo burocrático:
Capitalismo burocrático: na era do imperialismo, quando o capitalismo entra na sua fase monopolista,a burguesia perde todo e qualquer resquício revolucionário, passando, aberta e definitivamente para o campo da reação, os imperialistas engendram um capitalismo burocrático em suas colônias e semicolônias, para impulsionar um capitalismo atrasado que necessita manter e evoluir a semifeudalidade. Este é um capitalismo imposto às semicolônias não pelo caminho revolucionário com o que haviam derrubado o feudalismo em seus respectivos países, mas que se apoia no poder dos latifundiários e na semifeudalidade para manter e aprofundar o caráter semicolonial de sua exploração e opressão sobre estes povos e países. Daí que, após a grande Revolução de Outubro, toda e qualquer revolução democrática só pode ser realizada sob a direção do proletariado em aliança com o campesinato pobre e que toda a luta de libertação nacional, inclusive aquelas que não são dirigidas diretamente pelo proletariado, passam a fazer parte da Revolução Proletária Mundial.
A grande burguesia nos países semicoloniais utiliza do velho Estado para impulsionar a semifeudalidade e toda a política criminosa de entrega das riquezas e de cruenta exploração e opressão do povo no campo e na cidade. Esta grande burguesia e seus representantes no parlamento, não passam de sócios menores da exploração imperialista, que obtêm seus lucros a partir da exploração dos monopólios estrangeiros sobre o nosso povo e país e que disputam entre si pelas migalhas que caem da mesa da grande besta fera, em escândalos de corrupção que não são mais do que a expressão política das encarniçadas disputas entre os diferentes grupos de poder encrustados nas frações da grande burguesia, sobre o controle do aparato burocrático do velho Estado. Por este motivo, o capitalismo burocrático é capital monopolista estatal, na medida em que serve à manutenção do caráter semicolonial de nossa economia, ao assegurar, por meio da atuação dos grupos de poder dentro das frações da grande burguesia em suas relações de conluio e pugna, os interesses dos monopólios estrangeiros (imperialismo) em nosso país, sendo este o norte de toda a política econômica e social dos sucessivos gerenciamentos de turno, demoliberais ou abertamente fascistas.
Esta grande burguesia está dividida em duas grandes frações: a fração burocrática que se estruturou a partir do controle do aparato do velho Estado no processo de industrialização impulsionado pelos monopólios imperialistas, particularmente a partir do golpe de 1930 e a burguesia compradora, que tem suas origens na colossal concentração de capitais provenientes da exploração latifundiária, desde o período colonial. Existe ainda uma pequena e débil burguesia nacional que, sob certas condições, pode vir a conformar a frente única de classes revolucionárias, mas que não é capaz de dirigir às massas populares para uma resistência consequente à dominação imperialista, uma vez que apesar de possuir graves contradições com a dominação semicolonial do país, não possui perspectiva histórica, temendo a inevitável organização do proletariado em luta por instaurar a sua ditadura (Socialismo).
“A frente única de classes revolucionárias abarca o conjunto das massas populares, maioria esmagadora da população formada por operários, trabalhadores urbanos em geral, camponeses e assalariados do campo, servidores públicos, estudantes e intelectuais, pequena burguesia, pequenos e médios proprietários do campo e da cidade. Tal direção deve partir da concepção da luta por todos os meios guiados por um programa cujos eixos gerais podem assim ser definidos:
Este programa deve ser compreendido como objetivos a serem perseguidos e realizados ao longo do processo revolucionário democrático e completados cabalmente com o triunfo total da revolução. Para levar adiante a luta guiada por tal programa deve-se destacar um programa de luta imediato como programa agrário revolucionário e de defesa dos direitos do povo, programa democrático e anti-imperialista. Conclui-se, pois, que a República Democrática no Brasil só poderá se estabelecer de fato enquanto República Popular, república de nova democracia, cuja sustentação, consolidação e desenvolvimento só poderão ser assegurados com a passagem imediata e ininterrupta à construção socialista.”
O MEPR se guia por dois princípios, “servir o povo de todo coração”e “ser tropa de choque da revolução”, como definiram dois grandes revolucionários o papel da juventude:
“Qual é o critério que permite determinar se um jovem é ou não revolucionário? Como fazer tal distinção? Apenas existe um critério: verificar se este jovem quer ou não ligar-se às grandes massas operárias e camponesas e se, efetivamente se liga a elas.Se ele ligar-se aos operários e camponeses e se o faz efetivamente, então ele é um revolucionário; no caso contrário, é um não revolucionário ou um contra-revolucionário. Se hoje ele se liga às massas de operários e camponeses, hoje ele é um revolucionário. Mas se amanhã ele deixa de ligar-se a elas ou passar a oprimir as pessoas simples do povo, então ele será um não revolucionário ou um contra-revolucionário.” (Mao Tsetung em “A orientação do movimento da juventude” – 4 de maio de 1939)
“A juventude revolucionária é reserva e vanguarda de choque da revolução proletária” (Josef Stálin)
– Organizar a luta dos estudantes;
– Combater o oportunismo;
– Propagandear a Revolução;
SERVIR AO POVO DE TODO CORAÇÃO, TROPA DE CHOQUE DA REVOLUÇÃO!
REBELAR-SE É JUSTO!
MEPR