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PE: Diretório academico de FIlosofia da UFPE rompe com a UNE e puxa manifestação vitoriosa em assembleia estudantil

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RJ: Luiz Inácio/MEC: tirem suas mãos da UFRJ!

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PE: Estudantes da UFPE repelem fascistas em evento da extrema-direita

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RO: Militantes do MEPR penduram faixa em apoio à Área Revolucionária Gedeon José Duque

maio 18, 2025
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NOTA DE REPÚDIO: OS RESTOS DO PSTU, MAIS UMA VEZ, APONTAM SEUS DEDOS DUROS CONTRA O MEPR

por MEPR
Publicado em novembro 19, 2017
3 minutos de leitura

Em novo capítulo da sua longa trajetória de serviços prestados à polícia política do velho Estado reacionário, o falimentar PSTU, em nota publicada no dia 17/11, acusa o Movimento Estudantil Popular Revolucionário de agredir seus militantes. Assim como os trotskystas vêem no camarada Stalin o responsável por todos os males do mundo, o PSTU enxerga no MEPR a responsabilidade pelos tropeços que dão em suas próprias sombras. Como força desmoralizada que são, buscam, em cima da gloriosa bandeira vermelha da juventude combatente do MEPR, um suspiro para recuperar algum prestígio no movimento popular.

Em vão!

Este PSTU, que nos acusa sem fundamentos, e choraminga, é o mesmo que espancou diversos jovens combatentes antes e depois de 2013, ganhando por isso o nada honroso apelido de P2TU; o mesmo PSTU que, amedrontado diante do protesto popular, só via “fascistas” nas manifestações, buscando aliança e colo junto do PT cuja separação nunca superaram; o mesmo PSTU que dobra suas bandeiras vergonhosamente diante da repressão; o mesmo PSTU que disse que na Copa haveria luta, mas traiu de forma explícita a greve dos rodoviários no Rio e dos Metroviários em São Paulo a dias da abertura do torneio; o mesmo PSTU que, como partido eleitoreiro falido, vive principalmente às custas desse movimento sindical mafioso e institucionalizado que temos no País.

 Não somos nós que dizemos isso. Enquanto, do levantamento de junho de 2013 pra cá, as forças do MEPR e da juventude combatente e revolucionária não pararam de se robustecer, as forças deles minguaram e tendem ao desaparecimento. Não faltam notas públicas de militantes e correntes que se desligaram deles atestando isso. A juventude que enganavam com sua “revolução” de mesa de bar e horário eleitoral não se deixa iludir mais com suas bravatas, e isso os deixa desesperados. O MEPR esteve na primeira linha das jornadas de junho de 2013, do movimento “Não vai ter Copa”, da luta dos secundaristas durante a ocupação das escolas, da vitoriosa e histórica ocupação do Bandejão da UERJ, encerrada há poucos dias. Nossos companheiros/as conheceram processos e prisões, e sua moral se revelou inabalável nesses momentos de grandes dificuldades. 

Onde o PSTU estava nessas lutas? Respondemos: do lado de lá, atrás das linhas policiais, tremendo de medo de tudo e de todos e… principalmente do MEPR!

Como bons mencheviques e politiqueiros pequeno-burgueses, são hipócritas também. É público e notório – e mesmo pessoas que discordem de nós serão obrigadas a reconhecer – que esse partideco nos acusou de “atacar” sua sede em 2014, registrou queixa policial contra o MEPR, e nunca o comprovou. Também é público e notório que, em 2015, enquanto todas as nossas forças estavam concentradas na luta pela liberdade de nosso companheiro preso, invadiram uma reunião na UERJ e espancaram indiscriminadamente ativistas de nossa Corrente. (https://frenteindependentepopular.wordpress.com/category/pstu/). Por que não citam esse fato em sua nota? Têm vergonha do que fizeram? Ou “violência” só é condenável quando é contra vocês?

Nós, como discípulos dos grandes Lênin, Stalin e do Presidente Mao não somos pacifistas. Condenamos a violência reacionária do inimigo de classe, do imperialismo, da grande burguesia e do latifúndio (e por isso mesmo não apelamos pra sua polícia a fim de nos defender, ao contrário de vocês). Mas defendemos a violência revolucionária e o direito das massas se colocarem de pé para destruir essa velha ordem e seus aparatos. A violência, dizia Marx, é a parteira da História, e saibam todos aqueles que ousarem levantar suas mãos contra os nossos que saberemos nos defender. “Olho por olho e dente por dente”. Não somos como os dirigentes de vocês, que abandonam os enfrentamentos escoltados por bate-paus à soldo, deixando a militância para trás. Ao contrário desta corja contrarrevolucionária, honramos nossos estandartes.

Repudiamos mais essa torpe tentativa do PSTU (o que restou dele) de nos criminalizar. Se a implacável repressão do velho Estado, concentrada sobre nossos companheiros e companheiras, não foi capaz de abalar um centímetro sequer da nossa decisão de prosseguir a luta, não será esse chororô de alquebrados que o conseguirá. A tropa de choque da revolução segue nos seus postos, pronta para o combate!

Movimento Estudantil Popular Revolucionário – Novembro 2017 – Brasil

JEP/Teses

1917 – 2017: Viva o centenário da Grande Revolução Socialista de Outubro!

por MEPR
Publicado em novembro 2, 2017
5 minutos de leitura
Cartaz FRDDP 100 anos GRSO

A importância mundial da Revolução de Outubro não consiste somente no fato de que ela representa uma grande iniciativa de um só país para romper o sistema imperialista, de que constitui o primeiro foco de socialismo no oceano dos países imperialistas, mas também no fato de que é a primeira etapa da Revolução Mundial e uma poderosa base do seu desenvolvimento ulterior.?”

J. V. Stálin

    Neste ano de 2017, revolucionários de todo o mundo celebram os 100 anos da tomada do Poder pelo proletariado russo. A Grande Revolução Socialista de Outubro em 1917 marcou uma virada na história da humanidade, o fim da era do monopólio do Poder político pela burguesia e outras classes reacionárias e o início de uma nova era: a Era das Revoluções Proletárias! Esta nova era expressa a caducidade da burguesia para dirigir a revolução e a maturidade do proletariado para tomar, dirigir e manter o Poder da Ditadura do Proletariado dentro da qual se enquadram as Revoluções das nações oprimidas.
    No campo ideológico, a Revolução de Outubro f forjou uma nova arma p para o proletariado — a teoria e a tática da revolução proletária —, apontando para os povos oprimidos o de todos os países o caminho para o triunfo do Socialismo. Elevou o Marxismo a sua segunda etapa de desenvolvimento histórico: o M a r x i s m o -Leninismo. Este, com o advento da Revolução Chinesa chefiada pelo Presidente Mao Tsetung e os aportes de validez universal do Pensamento Gonzalo, que guia a invencível Guerra Popular no Peru, hoje se desenvolveu em Marxismo-Leninismo-Maoísmo.
    Celebrar o centenário da Revolução Socialista de 1917 hoje, requer também reafi rmar a plena vigência e validez da ideologia do proletariado, o Marxismo-Leninismo-Maoísmo, principalmente Maoísmo. Pois o fundamental do Maoísmo é o Poder, o Poder para o proletariado, o Poder para a Ditadura do Proletariado, baseado em uma força armada dirigida pelo seu Partido Revolucionário, que se conquista e defende com a Guerra Popular.
    Tendo à frente o Partido Comunista da Rússia (bolchevique) – P.C.R. (b), sob a chefatura do Grande Lenin, por meio da violência revolucionária, o proletariado russo assaltou aos céus. Lenin, elevado a chefe inconsteste do proletariado internacional, teve ao seu lado valorosos revolucionários como Josef Stálin, Yakov Sverdlov, Nadheza Krupskaya e muitos outros. Estes lideraram a vanguarda revolucionária para cumprir a tarefa histórica de derrotar o império feudal czarista na Rússia, abrindo caminho para o proletariado conquistar o Poder em todo o mundo.
    Obra de uma dura luta teórico-prática junto ao proletariado russo e no seio da II Internacional, o estabelecimento do destacamento de vanguarda do proletariado, o Partido Comunista de Novo Tipo, teve em Lenin seu formulador. Derrotando no fogo da luta de classes as posições economicistas e revisionistas dos mencheviques e de outras frações não proletárias, Lenin formulou e forjou o Partido Bolchevique, comprovando que o combate do imperialismo e a reação dissociado o do combate a todo oportunismo não passava de fraseologia oca. Defendeu e aplicou a máxima de que as massas devem se forjar na violência revolucionária e no combate ao oportunismo.

    Pela primeira vez, o proletariado, dirigido pelo Partido Comunista, triunfou em sua luta de morte contra o imperialismo, estabeleceu o Poder estatal da Ditadura do Proletariado destruindo a maquinaria burocrática-administrativa-policial-militar do Estado czarista e, apoiado na força das massas armadas, tendo como base a aliança operário-camponesa, promoveu a expropriação dos capitalistas e latifundiários, socializou os meios de produção, derrotou a contrarrevolução em três anos de guerra civil, ampliando o território sob Poder Soviético, criando a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, dando início à construção da Nova Sociedade Socialista.
    Com a morte prematura do grande Lenin, coube ao camarada Stalin levar a diante a causa da construção do socialismo e da revolução proletária mundial. No curto período de menos de 4 décadas, o nascente Poder do proletariado enfrentou a guerra civil instigada pelos países imperialistas, realizou a eletrifi cação e industrialização do vasto território russo, a cooperativização do campo e ainda suportou a devastação indescritível praticada pelas hordas hitleristas, com o genocídio, a matança e morte de mais de 25 milhões de seus compatriotas. Ajudou na libertação de inúmeras nações das garras nazi-fascistas e reconstruiu uma vez mais o país, saltando ainda à frente das nações capitalistas mais desenvolvidas no campo da ciência e da técnica.
    Sobre a derrota temporária desta gloriosa experiência histórica, levada a cabo após a morte do camarada Stalin pelo novo revisionismo do traidor Kruschov através de golpe de Estado iniciado com o XX Congresso do PCUS, em 1956, o Movimento Popular Peru – Comitê de Reorganização afirmou:

    “A restauração capitalista na URSS e depois da China não significa o “fracasso do Socialismo”, etc., como reivindica a ofensiva contrarrevolucionária geral que encabeça o imperialismo ianque em sua condição de superpotência hegemônica única. Este podre engendro que pregam os reacionários nos diferentes países e que repetem os velhos e novos revisionistas deve ser combatido a fundo.
    Nada do que aconteceu nega o marxismo, nem a necessidade e transcendência do Socialismo, nem a irrefreável marcha ao Comunismo: meta insubstituível. A questão é, como nos ensina o Presidente Gonzalo e nós reiteramos: o insuficiente conhecimento das leis do Socialismo pelo curto tempo de desenvolvimento do mesmo; a inevitável luta entre restauração e contrarrestauração; e a sinistra ação do revisionismo amamentado pelo imperialismo e conluiado com ele. A questão é, em síntese, a continuação da revolução sob a Ditadura do Proletariado.
    Frente a esta sinistra campanha, nós temos que ressaltar e difundir as grandes conquistas do Socialismo e sua grandiosa construção: nunca, em nenhuma época da história, um modo de produção fez tanto em tão pouco tempo, e para tão grandes, extensas e profundas massas exploradas, como fez o Socialismo! A história contemporânea e os povos do mundo são incontestáveis testemunhas; desmascarar incansavelmente toda a monstruosa exploração e opressão do imperialismo, principalmente ianque, e do revisionismo; mostrar como estes navegam em um mar de sangue do proletariado e dos povos do mundo.
    Hoje, ocasião em que estamos na ofensiva estratégica da Revolução Proletária Mundial e se desenvolve uma grande onda da mesma, no mundo está se construindo, com a Guerra Popular, uma nova sociedade verdadeiramente para o povo no Peru e na Índia, como parte da luta entre restauração e contrarrestauração. A única perspectiva é conquistar o Poder em todo o país.”

Teses

Resposta UV-LJR e MEPR: UJC reformista e seus devaneios eleitoreiros na Pedagogia

por MEPR
Publicado em setembro 2, 2017
10 minutos de leitura
UV e MEPR em manifestação

UJC-reformista e seus devaneios eleitoreiros na Pedagogia

Qual é o critério que permite determinar se um jovem é ou não revolucionário? Apenas existe um critério: verificar se esse jovem quer ou não ligar-se às grandes massas operárias e camponesas e se, efetivamente, se liga a elas. Se ele quer ligar-se aos operários e camponeses, e se o faz, efetivamente, então é um revolucionário; no caso contrário, é um não revolucionário ou contrarrevolucionário. Se hoje ele se liga às massas de operários e camponeses, hoje ele é um revolucionário. Mas se amanhã ele deixar de ligar-se a elas ou passar a oprimir as pessoas simples do povo, então será um não revolucionário ou um contrarrevolucionário.

(Presidente Mao Tsetung, A orientação do movimento da juventude, 1939)

Recentemente, a UJC, apêndice do PCBrasileiro, atacou o MEPR de burocratismo e oportunismo, numa nota na qual dizem fazer um balanço sobre o 37º ENEPe, realizado em julho de 2017 na cidade de Petrolina (PE). Na introdução de sua nota, esses reformistas fazem um breve retrospecto da história de luta na pedagogia relatando a ruptura com a Une em 2004 e a ocupação do MEC em Brasília, em 2006. Da parte da UJC, a acusação de “burocratismo” ao MEPR é no mínimo risível, afinal, onde estavam eles durante a referida ocupação do MEC em 2006? Possivelmente em alguma salinha de departamento de alguma universidade, pois nessa manifestação eles não estavam não! Esses revisionistas nem conhecem essa história direito, nem sabem que nessa ocupação do MEC houve confronto com a Polícia, que houveram prisões e processos que só foram encerrados recentemente, no primeiro semestre de 2017. Senhores burocratas de gabinete, vocês sabem quem foram os presos, quem foram os processados? Todos eram militantes do Movimento Estudantil Popular Revolucionário.

Os revisionistas da UJC, que acusam o MEPR de oportunismo, em sua “breve história da pedagogia”, relatam a ruptura com a Une, em 2004, mas onde estavam eles naquele momento? Na Une, ora bolas! Estavam lá na Une governista, transformada em sub-secretaria do MEC. E não poderia ser diferente, pois em 2002, o PCBrasileiro, aliado ao PT e ao Pecedobê, ajudou, com muito poucos votos é verdade, a eleger Lula a presidente da república. Ajudaram a eleger o Lula que havia escrito a famosa “carta aos banqueiros”, onde se comprometia, caso eleito, a cumprir religiosamente o pagamento dos juros da dívida externa ao FMI e ao monopólio financeiro internacional. Lá estavam eles no congresso da Une em 2003, por isso não sabem nada do que ocorria na luta da pedagogia, por isso não sabem que foi o histórico ENEPe de Natal/RN, de 2004, que aprovou o rompimento com o governismo; não sabem nada das prisões, dos processos de 2006; não sabem, também, que o ministro da educação que mandou prender os estudantes da pedagogia em 2006 era Fernando Haddad. Sabem, porém, que talvez este seja o candidato do PT nas eleições de 2018 e que, muito provavelmente, contará com o apoio dessa sigla oportunista eleitoreira.

E a UJC não só estava na Une em 2003, em 2005, etc…, como continua lá até hoje, referendando as posições da UJS-Pecedobê. Oportunistas são aqueles que querem aprovar o retorno do movimento estudantil da Pedagogia para essa falida entidade. Queriam isso no 37º ENEPe, mas foram rotundamente derrotados, e nem sequer tiveram coragem de apresentar essa proposta na plenária. Mas se alguém se der ao trabalho de ler a tese da UJC ao 55º Congresso da Une, verá que dentre as propostas deles está “fortalecer a Une através das Executivas e Federações de curso”. O que eles querem, portanto, é que a pedagogia retorne ao pântano da Une e se converta em um trampolim eleitoral para seus futuros candidatos-derrotados da próxima farsa eleitoral.

Revisionista calejado, reformista escolado e obstinado eleitoreiro – esse é o PCBrasileiro e a UJC; aí reclamam que o MEPR os tratam como se fossem iguais ao Pecedobê e a UJS. Iguais não, mas para usar um termo caro aos lukacsianos (ou heideggerianos?) são “ontologicamente” quase-idênticos. Utilizam-se do nome de comunistas, do símbolo da foice e o martelo para enganar e iludir a juventude rebelde. No entanto, essas direções nada têm de comunistas! A UJC se esforça para dizer que não é reformista, no entanto, o programa “estratégico” do PCBrasileiro é uma cópia do programa “socialista” do Pecedobê. Isso porque, na verdade, essas duas siglas copiam o programa revisionista do restaurador do capitalismo na URSS, isto é, o programa do traidor Nikita Kruschov, que defende, justamente, a tese máxima do reformismo: a crença em uma “transição pacífica” do capitalismo para o socialismo.

O PCBrasileiro se autointitula como o continuador dos fundadores de 1922 e a UJC fala que tem 90 anos de história. Mas qual a verdadeira história dessas siglas? Eles, de fato, representam uma tradição: a tradição reformista, pacifista e traidora, a linha de direita que predominou por muitos anos na direção do Partido Comunista no Brasil e a mais tradicional fração de direita de sua história. Representam aqueles que negam o valor do histórico Levante Popular de 1935, que negam a importância histórica da resistência armada ao regime militar fascista instalado pelo golpe reacionário em 1964, particularmente, a importância da heroica Guerrilha do Araguaia. O atual secretário-geral do PCBrasileiro, em artigo de 2009, afirma que foi a estratégia da “frente ampla” defendida pelos reformistas, no período do regime militar, de atuar dentro do MDB, que foi a responsável pela derrota da “ditadura dos generais”. Isso é pisar no heroísmo dos jovens revolucionários brasileiros, que nos anos de 1960 e 1970, entregaram de maneira heroica suas vidas na luta contra o regime militar fascista pró-ianque e pela revolução brasileira. O fato de que a maioria das organizações da resistência armada ao regime militar basearam-se em concepções pequeno-burguesas, não tira o glorioso mérito de seus feitos (a pequena burguesia foi o setor mais ativo na resistência), pois foi a resistência armada o que mais fez expor a natureza reacionária do regime militar. O que lhes faltou foi manejar a linha militar proletária, questão que a Guerrilha do Araguaia brigou heroicamente por aplicar. A correta avaliação desse período tem que partir obrigatoriamente de que a luta armada foi extremamente justa e necessária para derrotar o regime fascista e o que demandava era sua correção e continuidade e não a capitulação. O PCBrasileiro, ao contrário, da mesma forma que no dia seguinte do golpe aportou a brilhante análise de que o “golpe era uma quartelada que cairia em alguns dias” e que covardemente acusou Marighela de aventureiro e Lamarca de agente do imperialismo ianque, após o fim do regime militar buscou falsificar a história para dizer que seu imobilismo e pacifismo foi o que derrotou os militares.

O PCBrasileiro e a UJC, ultimamente têm falado em “revolução” e em “poder popular”, velha demagogia para atrair gente jovem e transformá-la em cabos eleitorais. Essa sigla eleitoral, após seu histórico de traição à luta das massas populares, não tem nenhuma ligação nem com a classe operária nem com os camponeses, no lugar da foice e do martelo deveriam adotar como símbolo o dedo e a urna eletrônica. Alguém já ouviu falar de alguma luta de ocupação urbana ou rural organizada pelo PCBrasileiro? De alguma greve operária com a participação deles? No máximo o que fazem é se estruturarem em alguns departamentos de universidade, trata-se na verdade de um partido acadêmico que tem por verdadeiro programa a utopia de transformar as universidades em centros irradiadores de um “poder” “popular” de faz de conta.

Parafraseando Marx, “do mesmo modo que não podemos julgar um indivíduo pelo que ele diz de si mesmo”, não podemos julgar uma organização política pela qualificação que essa declara ter. Como nos ensina Lenin, “a prática social é o único critério da verdade”. Portanto, o que determina se um partido ou organização é ou não comunista, não é a sua inscrição no Tribunal Superior Eleitoral, mas a sua prática na luta de classes. O que determina se uma organização de jovens é ou não revolucionária, não é o discurso que faz de si mesma, mas a sua prática, e nesse caso, como nos ensina o Presidente Mao, a sua ligação ou não com as massas de operários e camponeses constitui o seu caráter distintivo. A comprovação do caráter revolucionário da juventude, portanto, não é o seu discurso, mas suas práticas, isto é, se sua prática na luta de classes golpeia ou não as classes dominantes do país e o imperialismo. A autodenominação de comunista, da parte da UJC é para enganar incautos, sua prática não arranha nem a superfície da dominação da grande burguesia, dos grandes latifundiários e do imperialismo no nosso país. Falam que são comunistas, mas cadê? A história julga pelo que se é e não pelo que se diz de si mesmo.

Nesse ano de 2017, quando se celebram 100 anos da Grande Revolução Socialista de Outubro, nada melhor do que resgatar a verdadeira tradição comunista. Qual é o grande ensinamento da Revolução Bolchevique? O socialismo só pode ser construído pela derrubada violenta das classes dominantes, pela conquista do Poder e pela instauração da Ditadura do Proletariado; essa ditadura da maioria, se sustenta na aliança operária e camponesa e é dirigida pelo seu partido de vanguarda que, para dirigir a revolução, se organiza como partido revolucionário clandestino.

Isso é o que foi confirmado pela experiência histórica. E muito ao contrário da cantilena dos revisionistas que cacarejam sobre o “fracasso das experiências socialistas do século XX”, as derrotas da revolução proletária tem o selo é do revisionismo que, através do golpe de Estado, usurpou o partido, o exército e o Estado para restaurar o poder da burguesia e o capitalismo. Na base disto vigem três leis universais do desenvolvimento da história: 1) a de que a violência é sua pateira; 2) a de que nenhuma classe na história se sustentou no poder nas primeiras investidas, que nos inícios das revoluções a restauração é mais ou menos inelutável. Portanto, a revolução proletária é algo ainda muito novo, apenas se iniciou, mas cada derrota temporária se deu após a revolução atingir patamar mais alto do conhecimento. E, 3) a de que não existe derrota definitiva para o proletariado: ou seja, a revolução proletária e o luminoso comunismo triunfarão inevitavelmente! Isso é o marxismo, isso é o marxismo-leninismo, que desde a restauração capitalista na URSS deveniu-se em marxismo-leninismo-maoísmo. Negar esses princípios só tem um nome: revisionismo!

Nós do Movimento Estudantil Popular Revolucionário e da Unidade Vermelha – Liga da Juventude Revolucionária defendemos a necessidade da Reconstituição do Partido Comunista do Brasil, como necessidade imprescindível para a vitória de uma verdadeira revolução em nosso país. Esse Partido não será reconstituído em disputas eleitorais farsantes e corruptas, muito menos em gabinetes universitários, somente no fogo da luta de classes, do impulsionamento da luta operária e camponesa. O Brasil já vive uma guerra civil reacionária movida pelo genocida Estado brasileiro contra o povo, milhares de seus filhos e filhas, jovens negros, principalmente, são mortos nas periferias das grandes cidades; no campo, centenas de camponeses seguem sendo assassinados a mando do latifúndio. O que cabe aos revolucionários, aos verdadeiros comunistas, é transformar essa guerra civil em uma guerra revolucionária. Mas há que ter decisão para isso, forjar nos fatos esse compromisso com a classe. É isso que temos feito, nós do MEPR, desde nossa fundação há 16 anos; é isso que tem feito a UV-LJR desde 2013. Aproveitamos, para render aqui nossa homenagem, ao companheiro Renato Nathan, jovem camponês e um dos fundadores do MEPR, que depois de concluir seus estudos tornou-se importante liderança da Liga dos Camponeses Pobres e foi assassinado pelo latifúndio em Rondônia no dia 09 de abril de 2012. É da cor do sangue de companheiros como Renato o vermelho de nossa bandeira.

O 37º ENEPe foi de fato muito vitorioso. Foi um ENEPe marxista, combativo e de massas. Nele foi aprovado um importante plano de lutas – que será cumprido e servirá de referência para os estudantes de todo o Brasil. A UJC, em sua notinha, não fala uma vez sequer nesse plano de lutas nem no Dia Nacional de Luta da Pedagogia que irá acontecer no dia 23 de novembro. Não dedica uma linha sequer sobre a luta contra a “regulamentação da profissão do pedagogo” imposta pelo reacionário governo Temer, que já passou por duas votações e precisa ser imediatamente barrada! Isso é o que eles chamam literalmente de “micropolítica”, claro, pois a “macropolítica” para eles é a farsa eleitoral. Assim como falsificam a história de luta dos comunistas brasileiros, a nota da UJC conta mentiras deslavadas de agressões e de secundaristas votando na plenária final do 37º ENEPe. Falam que o MEPR quer aparelhar a Pedagogia… quem entende de aparelhamento são esses oportunistas de PT, Pecedobê e PCBrasileiro, que fizeram da Une uma porca parideira de políticos burgueses e corruptos da laia de Aldo Rebelo, Vaccareza, Lindberg, Orlando Silva & cia. A UJC não conhece nada da história de luta da pedagogia, quem contou para eles o que aconteceu por aqui nas últimas décadas, esqueceu de dizer que o rompimento com a Une, em 2004, não foi temporário, mas que representa a fundação de um novo movimento estudantil, que se manteve independente durante todos esses anos e será cada vez mais combativo. O dia 23 de novembro, Dia Nacional de Luta da Pedagogia, será um importante marco nessa luta, do papel que a Executiva Nacional dos Estudantes de Pedagogia cumprirá como contraposição completa à Une reformista, que na condição de ex-governista perdeu as sinecuras e os holofotes palacianos – mas não sua natureza oportunista. Cada um é livre para escolher de que lado irá sambar!

Ousar lutar, ousar vencer!

(Presidente Mao Tsetung, Livro Vermelho, 1967)

Servir ao povo de todo o coração! Tropa de choque da revolução!

Viva a luta estudantil independente, classista e combativa!

Cultura Popular/JEP

110 anos da comunista Frida Kahlo

por MEPR
Publicado em agosto 11, 2017
2 minutos de leitura

Em julho deste ano, completam-se 110 do nascimento da comunista e grande pintora mexicana Frida Kahlo. Este é um momento bastante oportuno para desmascarar a mercantilização da sua imagem e resgatar o conteúdo revolucionário comunista da sua vida e da sua arte.

“Filha da Revolução Mexicana”, como ela dizia, e entusiasta da Grande Revolução Socialista de Outubro, Frida foi uma importante revolucionária de seu tempo. Militante da Juventude Comunista, aos 21 anos ingressa no Partido Comunista do México no qual irá militar até o final da sua vida. Ao lado de quadros históricos da Internacional Comunista, como a camarada Tina Modotti, Frida militou no Partido Comunista juntamente com Diego Rivera, também pintor e precursor do muralismo mexicano, e vários outros companheiros.

É a militância no Partido que lhe dará condições para suportar toda um vida de dores e sofrimentos, em função de graves problemas de saúde. Em uma de suas mais belas pinturas, “O marxismo dará saúde aos doentes”, de 1954, Frida pinta a si mesma soltando suas muletas e segurando um pequeno livro vermelho, sob o rosto do Grande Karl Marx ao alto que estrangula o abutre imperialista (ver imagem abaixo). Ancorada na ideologia proletária, Frida afirmou que depois de conhecer o marxismo, se libertou da dor.

Desde criança, Frida enfrentou doenças graves como a poliomelite e a epilepsia e aos 18 sofreu um trágico acidente em um bonde, fraturando vários ossos e tendo seu corpo atravessado por uma barra de ferro. Após este acidente, Frida ficou condenada a uma vida debilitada, passando por diversas cirurgias, viveu muitos anos utilizando coletes de gesso para sustentar seu corpo e acabou tendo os pés amputados, anos mais tarde, por complicações de saúde. Sua morte precoce se deu com o agravamento do seu quadro enfermo.

No entanto, Frida, mesmo nas condições de graves limitações físicas, dedicou a sua vida ao seu povo e à revolução. Em suas pinturas, ao mesmo tempo em que procurava sempre afirmar a identidade nacional e a cultura popular mexicana, Frida expressava as dores causadas pelas doenças e pelo grave acidente que sofrera, assim como reafirmava a todo momento a sua ideologia revolucionária. Seus principais quadros deixam claro sua fé nas massas e na revolução.

Sua última pintura – e que permaneceu inacabada, ela aparece altiva e orgulhosa ao lado da imagem do Camarada Stalin (ver imagem abaixo). Em seu diário pessoal e em vários quadros cita e retrata os grandes revolucionários comunistas: Marx, Engels, Lenin, Stalin e Mao Tsetung. Em uma de suas reflexões que registrou em seu diário, Frida expressa sua preocupação de que sua arte servisse cada vez mais à revolução:

“Estou muito preocupada com a minha pintura, acima de tudo, por que quero transformá-la em algo útil, até agora tenho simplesmente veiculado uma atitude honesta de mim mesma, mas que infelizmente está muito longe de servir ao Partido. Tenho que lutar com todas as minhas forças para assegurar que a única coisa positiva que a minha saúde me permite fazer beneficie também a revolução, a única razão de viver.”

Quando veio a falecer, Frida teve seu caixão honrosamente coberto pela bandeira do Partido Comunista.

JEP

Naxalbari: A faísca que incendiou a pradaria na Índia!

por MEPR
Publicado em agosto 3, 2017
2 minutos de leitura
Cartaz Naxalbari

Naxalbari é a aldeia situada ao norte do departamento de Bengala Ocidental que, há meio século, despertou a Índia e animou os povos e nações oprimidas do mundo com seu Trovão de Primavera.

Milhares de camponeses e povos tribais, armados de lanças e fuzis, sob a direção do Partido Comunista da Índia (à época PCI Marxista-Leninista, hoje PCI Maoísta), lançaram-se à revolta varrendo impiedosamente o latifúndio, fazendo tremer o imperialismo e todos os reacionários.

Sob a forte e decisiva influência da Grande Revolução Cultural Proletária, desencadeada na China em Maio de 1966 sob a direção do Presidente Mao Tsetung, a fração revolucionária do Partido Comunista da Índia, dirigida por Charu Mazumdar, rompe com os grilhões do revisionismo e desencadeia a luta armada revolucionária camponesa como Guerra Popular.

Guiados pelos “Oito Documentos”, escritos por Charu Mazumdar, os comunistas indianos formularam as bases ideológicas do movimento Naxalbari. Rechaçando o caminho do pacifismo e do parlamentarismo, sob a luz do Marxismo-Leninismo Pensamento Mao Tsetung (como era definido o Maoísmo à época), definiu-se que o caminho da Revolução Indiana era o da Revolução Democrática ininterrupta ao Socialismo, partindo da Revolução Agrária e através Guerra Popular Prolongada. Apontou ainda que, com a liderança do proletariado, os camponeses seriam a força principal da Revolução Indiana.

No início da década de 1960, os comunistas já desenvolviam profundo trabalho entre os camponeses de Naxalbari. Centenas de estudantes e intelectuais revolucionários, provados militantes comunistas, transferiram-se das cidades para as vastas zonas rurais da região e fundiram-se solidamente às massas camponesas.

Em Março de 1967, camponeses tomaram terras do latifúndio e realizaram a colheita das safras. Animados, os camponeses criaram comitês em toda região. As tomadas de latifúndios e safras se multiplicaram como um rastilho de pólvora.

O velho Estado enviou as forças policiais para reprimir o movimento. Em 25 de março, a polícia abriu fogo, matando nove mulheres e uma criança. Foi o estopim para as massas camponesas elevarem as labaredas da revolta popular.

As massas revolucionárias camponesas tomaram terras, safras, munições, armas dos latifundiários e das forças de repressão. Clandestinamente, os comunistas dirigiram o movimento, instruindo as massas e animando-as.

Nos vilarejos e cidades vizinhas eram desatadas greves em solidariedade aos camponeses rebelados. Em muitos combates, os camponeses em armas impuseram sérias derrotas à reação e suas hostes e apontaram para as massas de toda a Índia a necessidade da violência revolucionária para derrotar o velho Estado e conduzir o povo para sua emancipação.

O movimento de Naxalbari foi brutalmente reprimido, seus principais dirigentes foram presos e brutalmente torturados e assassinados pela reação, entre eles a sua Chefatura, Charu Mazumdar. Os camponeses de Naxalbari foram os iniciadores da Guerra Popular Prolongada na Índia que ainda hoje segue derrotando a reação e conquistando o Poder para as massas exploradas!

Viva os 50 anos do Levante de Naxalbari!

Viva o Partido Comunista da Índia (Maoísta)!

Cultura Popular/JEP/Teses

Realismo Socialista: A Revolução de Outubro nas Artes

por MEPR
Publicado em maio 3, 2017
5 minutos de leitura
Quadro de Stalin

A Grande Revolução Socialista de Outubro revolucionou não apenas a economia política e a organização social russa. Também no âmbito da cultura deu-se um grande salto no desenvolvimento humano, registrando-se uma forma inédita de expressar a sociedade através das artes: o Realismo Socialista.
    Com a Revolução de Outubro, centenas de milhares de poetas, escultores, músicos, arquitetos e ainda outros artistas passaram a tomar parte na construção socialista, criando uma forma de arte combativa, retratando a realidade a partir da posição de classe do proletariado, da população trabalhadora e dos intelectuais aliados a ela e defensores do socialismo.
    Diversos artistas se tornaram mundialmente famosos produzindo trabalhos em resposta às exigências das massas, lutando por incrementarem seu nível cultural, se apresentando de maneira intimamente conectada com o povo e com sua luta pela edificação socialista.
    Na literatura, a primeira grande obra do Realismo Socialista foi A Mãe de Máximo Górki. Outras grandes obras ficaram muito conhecidas, como Assim foi temperado o aço, de Nikolai Ostrovski e A Estrada de Volokolamsk, de Alexander Bek, que retratam o período da resistência contra a ocupação nazista na Ucrânia Revolucionária.
    Na pintura, o mexicano Diego Rivera se tornou muito reconhecido por realizar pinturas que expressavam as conquistas do proletariado e sua luta em imensos muros e paredes, movimento artístico conhecido como muralismo. Também os pintores soviéticos ganharam grande reconhecimento, como Ivan Vladimirov, Deineka e Lubimov.
    O filme O encoraçado Potemkin (1925) de Sergei Eisenstein foi a primeira grande obra do cinema socialista. Depois dele, muitos outros filmes ganharam o mundo das telas: Lênin em Outubro, Chapáev e A queda de Berlim são alguns destes, contando as heroicas batalhas do proletariado russo pela revolução e os aguerridos combates da Grande Guerra Patriótica.
    Apresentamos abaixo trechos do discurso do dirigente do Partido Comunista da União Soviética, Andrei Zhdanov, no Congresso dos Escritores Soviéticos, de 1934, no qual se tomou grandes definições para o Realismo Socialista no âmbito da literatura. O texto completo pode ser lido na íntegra em nosso site: www.mepr.org.br.

Literatura Soviética: a mais rica em ideias, a literatura mais avançada

Andrei Zhdanov

Andrei Zhdanov


   “Camaradas, em nome do Comitê Central do Partido Comunista da União Soviética (Bolchevique) e do Conselho do Comissariado do Povo das Repúblicas Socialistas Soviéticas, permitam-me comunicar ao primeiro Congresso de Escritores Soviéticos e a todos os escritores da nossa União Soviética com o grande autor proletário, Maximo Górki, às suas brilhantes saudações bolcheviques.
    Camaradas, seu congresso é conveniente em uma época onde as principais dificuldades nos confrontando no trabalho da construção socialista já foram superadas, quando nosso país terminou de estabelecer as bases de uma economia socialista – conquistas que vão lado a lado da vitória da política de industrialização e da construção das fazendas coletivizadas.
(…)
    A chave para o sucesso da literatura soviética deve ser procurada no sucesso da construção do socialismo. Seu crescimento é uma expressão dos sucessos e conquistas de nosso sistema socialista. Nossa literatura é a mais jovem de todas as literaturas de todos os povos e países. E ao mesmo tempo, a mais rica em ideias, a mais avançada e a literatura mais revolucionária. Nunca antes houve uma literatura que organizasse os trabalhadores e oprimidos, para a luta pela abolição, de uma vez por todas, de toda forma de exploração e do jugo da escravidão assalariada.
    Nunca antes houve uma literatura que baseasse seus temas na vida da classe operária e do campesinato e na sua luta pelo socialismo. Em nenhum lugar, em nenhum país do mundo, houve uma literatura que defendesse e endossasse os princípios de direitos iguais para os trabalhadores de todas as nações, o princípio de direitos iguais para mulheres. Não há, e não pode haver em países burgueses uma literatura que constantemente ataque todo tipo de obscurantismo, todo tipo de misticismo, sacerdócio e superstição, como nossa literatura vem fazendo.
    Apenas a literatura soviética, que está ligada à construção socialista, poderia se tornar, e de fato se tornou, tal literatura tão rica em ideias, tão avançada e revolucionária.

    Os autores soviéticos já criaram vários trabalhos espetaculares, que correta e honestamente retratam a vida de nosso país soviético. (…) E à luz dos sucessos de nossa literatura soviética, vemos se destacar ainda mais todo o contraste entre nossos sistemas, o vitorioso sistema socialista, e o sistema do capitalismo moribundo, decadente.
    De que pode o autor burguês escrever, de que pode ele sonhar, que fonte de inspiração ele pode achar, de onde ele pode pegar emprestado sua inspiração, se o operário nos países capitalistas não tem certeza do amanhã, se ele não sabe se terá trabalho no dia seguinte, se o camponês não sabe se ele vai trabalhar em seu pedaço de terra amanhã ou se sua vida será arruinada pela crise capitalista, se o trabalhador intelectual não tem emprego hoje e não sabe se vai ter algum amanhã?
    Do que pode o autor burguês escrever, que fonte de inspiração pode ter para ele, quando o mundo está sendo precipitado mais uma vez, se não hoje, então amanhã, para o abismo de uma nova guerra imperialista?
(…)
    Características da decadência e declínio da cultura burguesa são as orgias de misticismo e superstição, a paixão por pornografia. Os “personagens ilustres” da literatura burguesa – daquela literatura burguesa que vendeu sua caneta ao capital – são agora ladrões, detetives policiais, prostitutas, brigões.
    Tudo isso é característico daquele segmento da literatura que está tentando esconder o declínio do sistema burguês, que em vão vem tentando provar que nada aconteceu, que tudo vai bem no “reino da Dinamarca”, que nada se apodrece no sistema capitalista.
(…)
    Em nosso país, os principais heróis das obras literárias são os construtores de uma nova vida: homens e mulheres operários, e homens e mulheres das fazendas coletivas, membros do Partido, comerciantes, engenheiros, membros da Liga da Juventude Comunista, do Movimento dos Pioneiros. Tais são os principais tipos e heróis de nossa literatura Soviética. Nossa literatura está impregnada com entusiasmo e espírito de tarefas heroicas. É otimista, mas otimista no sentido que sua essência é otimista por ser a literatura da classe do proletariado que vem se alçando, a única classe avançada e progressista. Nossa literatura soviética é forte pela virtude do fato que vem servindo a uma nova causa, a causa da construção do socialismo.
(…)”

Cultura Popular/JEP

Por quê o imperialismo estampa Che Guevara em camisetas e Frida Kahlo em maiôs de praia?

por MEPR
Publicado em maio 2, 2017
1 minuto de leitura
KAHLO - O marxismo dará saúde aos enfermos

Como não pode apagar da memória das massas a memória gloriosa destes camaradas, a reação mundial tenta de todas as formas deturpar o significado revolucionário da vida dos grandes comunistas! Da mesma forma como caluniam e difamam os Grandes Chefes do Proletariado Internacional, Marx, Engels, Lenin, Stalin e o Presidente Mao, procuram ocultar toda a dedicação à revolução e a defesa do comunismo que os outros cumpriram.

Ao transformar Frida e Che em estampa de mercadorias (roupas e acessórios, principalmente), buscam alterar toda a sua significação histórica, como se estes fossem apenas pessoas que se destacaram por um brilhantismo individual próprio. Na realidade, estes foram chefes e dirigentes das massas na sua luta revolucionária pela destruição da velha ordem imperialista e a construção da Ditadura do Proletariado como parte de um Novo Mundo Socialista.

No caso de Frida, o revisionismo, o trotskysmo, o pós-modernismo e as feministas pequeno-burguesas fazem coro com a reação e contribuem de forma convergente com o imperialismo para difamá-la. Destacam como central na sua vida e prática questões secundárias da ordem da sua conduta nas relações sexuais. Elegem Frida como ícone da “contracultura” porque foi uma mulher dos anos 30 que quebrou tabus sexuais. Mas para isso tem que retirar o que foi o principal da sua vida e da sua história – sua posição de classe e seu compromisso com a revolução.

Sua história representa, assim, a luta do proletariado internacional pelo socialismo, e a briga tenaz de muitas mulheres revolucionárias, que combatem ombro a ombro com seus companheiros e camaradas pela causa da emancipação popular e do comunismo. Muito distante dos movimentos culturalistas feministas e “pós-modernos”, que se limitam à defesa de mudanças “comportamentais” individuais ou meras mudanças “discursivas”, no âmbito da linguagem.

Como revolucionária, Frida questionava os costumes patriarcais dominantes, que pesam sobre as mulheres do povo como a montanha da milenar opressão sexual, e não os desvinculava da luta central de sua classe: a revolução, assim como da luta dos camponeses contra o latifúndio e da luta dos povos contra o imperialismo. Mais que preocupada em “quebrar tabus”, Frida Kahlo se dedicava ao desenvolvimento da revolução social em seu país, sempre destacando o farol da Revolução Mundial, a URSS. Frida, durante toda sua vida de militante, foi convicta Marxista-Leninista e defensora do Camarada Stalin e da Revolução Bolchevique!

JEP

JEP 19 – Em meio à crise: A Revolução se levanta!

por MEPR
Publicado em maio 2, 2017
6 minutos de leitura
JEP19 - capa

Companheiros e companheiras,

Na edição número 191 do Jornal A Nova Democracia, o professor Fausto Arruda afirmou em artigo primoroso, intitulado A agonia do capitalismo burocrático que:

Estamos em total acordo com a análise realizada pelo professor Fausto Arruda. Vemos se acirrar, em plena luz do dia, o que as classes dominantes locais não conseguem mais esconder: a divisão profunda e crescente entre os seus diferentes grupos de poder, tendo como base a crise econômica do capitalismo burocrático, não possui perspectiva de estabilização política ou recuperação econômica a curto e médio prazos. Não conseguem mais dominar como antes, até porque, as massas também não aceitam mais seguir sendo exploradas como antes.

O imperialismo se preocupa e tenta manejar com esta situação, buscando impor uma “faxina” na casa, com a Lava Jato e outras operações “anticorrupção”, que dê nova roupagem ao velho Estado, uma fachada de renovação, uma reestruturação burguesa. Neste cenário, figuras como Dória, representando o que os analistas do imperialismo têm chamado de “nova classe política” se destacam com grande apoio dos monopólios de imprensa, além dos próprios autoproclamados “vestais da moral e da ética”, representantes do judiciário corrupto e antipovo, que também se apresentam como alternativas do velho Estado para gerir os expúrios negócios da burguesia e do latifúndio em nosso país, a serviço do imperialismo.

Enquanto esta disputa entre os “três poderes” e seus diferentes grupos de poder se desenvolve, Temer busca desesperadamente não cair da trêmula pinguela no lamaçal e mostrar serviço pro imperialismo como peça ainda dentro no jogo. Na reunião G20, enquanto os maiores criminosos do planeta se reuniam e em meio a protestos antiimperialistas radicalizados de milhares de manifestantes de toda a Europa, Temer afirmou o disparate de que não há crise econômica no Brasil, e que “basta ver os dados” (mas, quais?) da economia para perceber isto. Disse estar “tranquilíssimo” quanto a crise política do país, seguindo a linha de seu patrão Donald Trump, de afirmar mentiras como se fossem verdades, o que denominam pomposamente de “pós-verdades” (na qual não importa se o que se diz corresponde com a realidade, mas apenas se possui eficácia no convencimento dos outros). De todo modo, preferiu não pagar pra ver se sua linguagem tinha sido de fato eficaz e voltou mais cedo ao Brasil, apressado e com medo de perder o trono pra Rodrigo Maia, presidente da Câmara.

Seguindo as ordens dos ianques, apressou a aprovação da famigerada reforma trabalhista em acordo com as rapozas velhas de sua “base aliada”, parte da qual já aponta pra debandada. No vale-tudo da política burguesa, o bandido Temer lançou mão do ‘troca-troca’ de senadores na comissão da famigerada reforma trabalhista, para garantir sua rápida aprovação; da compra descarada de deputados com aprovação de novas emendas parlamentares; e quiz fazer bonito pro agronegócio, impulsionando o programa de legalização da grilagem de terras. Sem falar no acordão com a “oposição” oportunista e bem comportada, que já enrolou as bandeiras do “Fora Temer” e na última Greve Geral, no dia 30 de junho, não fez mais que meros shows pra tentar enrolar suas bases com a balela de “ato político-cultural” – toda a semelhança com o Congresso da Une eleitoreira não é mera coincidência!

Porém, as classes dominantes enganam-se se pensam que terão “estabilidade” política com tais medidas. Nem do ponto de vista das classes dominantes, uma vez que o intuito do imperialismo neste campo é seguir a linha da “faxina”, muito menos do ponto de vista das massas, já que a aplicação destas contra-reformas trarão maior sangria, exploração e arrocho, consequentemente mais revolta popular.

A tão alardeada “volta do crescimento” econômico também é uma farsa. O imperialismo não se recuperou até hoje da crise que transbordou em 2008 nos EUA e que estourou na Europa nos anos seguintes. Medidas de “austeridade” foram impostas em diversos europeus, como Portugal, Espanha e Grécia, e quais foram suas consequências? Mais miséria para o povo, e mais lutas radicalizadas. A situação dos imigrantes segue agudizando as contradições entre o proletariado e a burguesia nos países imperialistas centrais da Europa, e também nos EUA o desemprego gigantesco intensifica a luta de classes. Mais guerras de rapina imperialistas foram intensificadas, em países como Iraque, Afeganistão, Síria, e mesmo aí os invasores não têm o que comemorar, diante da resistência das massas que não se dobra.

Diante deste cenário, não há perspectiva de recuperação econômica para os países dominados da América Latina e demais continentes, como um todo. As medidas de retirada de direitos, corte de verbas de setores sociais, privatização generalizada servirão para aumentar a remessa de lucros para o capital financeiro internacional, as “metrópoles” da atualidade, principalmente para o imperialismo ianque. Mas não consistirão em elevação das condições de vida de nosso povo, como o governo vem anunciando. Ao contrário, o cenário que se avizinha é de muito sofrimento para o povo e contra isto só resta uma coisa: organizar o povo para a Revolução!

Nem “reformas”, nem eleição!

Nesta situação de crise aguda, qual solução? Todos se perguntam hoje, é preciso mudar, mas como fazer? Qual o caminho?

Mais uma vez, o oportunismo eleitoreiro se apresenta para cumprir seu papel histórico de defesa do Estado burguês-latifundiário e tenta canalizar o sentimento de revolta e necessidade de mudança das massas para o velho e já conhecido caminho eleitoral. Apostam todas as suas fichas em 2018, buscando desviar as massas do caminho da luta, e se apresentando mais uma vez como voluntários do imperialismo para tentar dar sobrevida ao capitalismo burocrático no Brasil.

Assim, a falsa polarização entre grupos de poder e frações das classes dominantes, ou entre “PT-PSDB/PMDB”, tão propagada pelos monopólios de imprensa, não são mais que expressão destas disputas intestinas do mesmo organismo podre. Porém, as massas cada vez mais não se iludem! O gerenciamento do oportunismo no centro do velho Estado encerrou um ciclo da luta de classes em nosso país e todas as siglas do partido único, os ditos “representantes” do povo das diversas siglas eleitorais, já passaram pela gerência do país e não fizeram mais que reforçar seu caráter semicolonial e semifeudal.

Em todas as gerências de PSDB, PT e PMDB o latifúndio foi o fiel balança e escudeiro do velho Estado. Como exemplo disto, basta destacar o papel que Kátia Abreu cumpriu na defesa do governo de Dilma Rousseff e agora o que Blairo Maggi cumpre com Temer. O acordão de Temer com latifúndio ficou claro com o recente impulso da legalização da grilagem de terras, anunciado no início de julho, como forma de tentar manter o apoio político desta claque ao seu governo em frangalhos.

É bom lembrar que esta política do latifúndio foi iniciada nas gerências Lula-Dilma, o que é mais uma mostra do quanto todas as frações e silgas do partido único servem às classes mais reacionárias do país. Sob a consígna oportunista de “desenvolvimentismo popular”, os governos do PT reeditaram as teses desenvolvimentistas da CEPAL, às quais ganharam aderência da maioria das organizações e partidos ditos marxistas nos anos 60 e 70, na América Latina. Como afirmou o professor Fausto Arruda, “Sem questionar a aliança da grande burguesia compradora-burocrática com o latifúndio, atados com o imperialismo, elas [as teses da Cepal e as organizações que as defendiam] serviam a sua conservação.”

Assim, está claro que tanto as contra-reformas privatistas, iniciadas nos últimos anos e impostas agora pelo atual governo, quanto o chamado caminho “desenvolvimentista” burguês-latifundiário, defendido por diferentes partidos revisionistas, não apontam solução alguma para o povo brasileiro, apenas reforçam o domínio e saqueio imperialista de nossa nação e a exploração de nosso povo.

O povo quer Revolução!

O que significou o revezamento de todas as siglas do Partido Único na gerência do velho Estado nestas três últimas décadas pós-“redemocratização”, senão a demonstração cabal de que todos eles, sem exceção alguma, nao só aceitou como serviu e buscou fortalecer esta santa aliança reacionária dos exploradores de nosso povo?

Em 2013, a resposta da juventude combatente foi clara: são todos exploradores do povo! De lá pra cá, arpofunda-se e amplia-se a luta combativa das massas, a radicalização dos protestos, a justa revolta popular!

Agudiza-se, assim, em toda a sociedade, a luta entre os dois caminhos para o povo brasileiro: o burocrático, semicolonial e semifeudal, que as eleições burguesas ajudam a legitimar X o caminho democrático, revolucionário, antifeudal e antiimperialista da Revolução Democrática!

Nesta disputa as massas vão se definindo cada vez mais, impulsionando parte por parte suas lutas. Basta ver o avanço das tomadas e retomadas de terras por camponesas e indígenas, os crescentes protestos combativos das massas nas cidades, o acachapante boicote às eleições farsantes no último ano. Os estudantes têm tomando posição de classe em todo o país. Tudo isto demonstra o que já afirmamos: as classes dominadas não aceitam mais seguir sendo exploradas! O povo se organiza e se levanta para a Revolução!

JEP/Teses

FACEBOOK: dominação ideológica do imperialismo e instrumento de sua espionagem!

por MEPR
Publicado em abril 29, 2017
9 minutos de leitura
facebook-lixo

O Movimento Estudantil Popular Revolucionário não usa mais o Facebook. Assim como várias organizações democráticas e revolucionárias no Brasil e no mundo, nós abandonamos o Facebook como espaço para a propaganda revolucionária. Tomamos esta medida para combater mais esta forma da nefasta influência ideológico-política imperialista e preservar o nosso Movimento e a segurança de nossos ativistas frente à escalada fascista do velho Estado, com suas ondas de

criminalização de movimentos sociais, perseguição e prisões políticas contra ativistas e lutadores do povo em geral. Isto já ocorre no Brasil e é prática corrente em vários países do mundo. Esta decisão é reforçada e impulsionada também pela compreensão do caráter de dominação e controle ideológicos que as chamadas “redes sociais” desempenham sobre as pessoas e especialmente a juventude.

Você não paga para usar: a mercadoria é você!

Se o automóvel continua como a mercadoria símbolo do capitalismo, o celular, agora turbinado com o acesso a internet, não fica para trás. No Brasil são 250 milhões de linhas ativas de celulares para uma população total de 206 milhões. Os telefones móveis, os computadores pessoais e a internet deram uma extraordinária agilidade às comunicações, à transmissão e ao armazenamento de dados; criaram facilidade ao acesso e à difusão de informações; possibilitaram praticidade enorme na realização de um sem número de tarefas. Mas este negócio, de investimentos bilionários, é minuciosamente controlado por poderosas empresas transnacionais estreitamente ligadas às potências imperialistas mundiais, em especial ao EUA.

Provedores de e-mails gratuitos (Gmail, Hotmail, Yahoo, etc.), ferramentas de busca poderosas e igualmente gratuitas (Google) e agora com as chamadas “redes sociais” (as mais populares hoje, Facebook e Twitter), cria-se uma enganosa propaganda que são democráticas, onde qualquer um pode formar sua comunidade, onde todos podem expressar com liberdade sua opinião. Ignora-se que neste mundo virtual de bilhões de dólares os usuários são individualmente controlados e transformados em mercadorias. É como eles descaradamente reconhecem: se você não paga para usar, a mercadoria é você!

Na internet somos constantemente bombardeados com propaganda direcionada, publicidade paga e exposições de marcas, tudo orientado por monitoramento e identificação de tendências de consumo e comportamento, preferências, e também as próprias reações a suas iniciativas políticas no sentido da vigilância e manejo da opinião pública a partir da manipulação das vontades e controle de cada indivíduo.

Nisto reside a principal razão da difusão no mundo inteiro das “redes sociais” e o porquê de todos os celulares estarem sendo transformados em um computador de mão para acesso em tempo integral à internet. As grandes corporações não precisam mais esperar o intervalo da programação da TV para tentar nos convencer de comprar isto ou aquilo. Agora o fazem a todo o momento, enquanto vemos um vídeo ou escrevemos um e-mail.

“Redes sociais” x vida real

Somos justamente alvos de todo lixo da produção cultural imperialista, de degeneração moral e bombardeados por toda sorte de futilidades e de desinformação reacionária. Esta é a ideologia reacionária dominante na sociedade, a ideologia burguesa na época do imperialismo. O que resulta deste processo é a formação de gerações inteiras de vidas igualmente fúteis e esvaziadas, baseadas em relações superficiais, no individualismo, no egoísmo, no niilismo, na glorificação do hedonismo e no mais frenético consumismo. Todo aparato tecnológico tem se mostrado muito eficiente para arrastar a juventude, generalizando e aprofundando este ambiente cultural decadente e alienado no qual está envolvida. O resultado é dramático. Há uma verdadeira epidemia de uma nova doença mental: são pessoas viciadas que não vivem sem o celular à mão, dilapidando horas de seu dia “navegando”. Todo o centro da vida dessas pessoas se tornou virtual… não se conversa, comunica-se pelo WhatsApp. A relação entre as pessoas é cada mais vez mais marcada pela superficialidade, pelo individualismo, pelo selfie-narcisismo,pela intolerância. Em um click se faz ou se desfaz uma “amizade” baseada apenas em curtidas, pessoas se apaixonam por pessoas que nunca viram, idolatram-se e “seguem-se” intelectuais de um parágrafo e meio, informam-se em vídeos de 30 segundos.

Este fato é o aprofundamento de um processo gestado desde o começo dos anos 80, com programas de TV e outras iniciativas de massificação cultural idiotizantes (sua expressão mais concentrada até então, os “reality shows”), como expressão particular nos meios de comunicação de massas da estratégia do imperialismo de alienação para o controle das massas no plano ideológico-político, ao desatar sua ofensiva contrarrevolucionária de caráter geral e convergente de revisionismo e imperialismo, que segue vigente nos dias atuais, embora em declínio.

São as massas que fazem a história

Para nós, militantes políticos, que nos propomos destruir este sistema podre e injusto, não podemos cair no engano de que seja possível militar pela internet. É ingenuidade acreditar que de casa ou do celular podemos nos fazer ouvir, que a internet é um espaço democrático. Expor nossas opiniões e convicções, falar de nossa revolta contra esta ordem injusta, tratar de planos e ações na internet é fornecer ao inimigo as condições para impedir ou neutralizar a nossa luta.

A única forma correta e justa de mobilização, politização e organização das massas é pelo contato direto nas ruas, nos locais de trabalho e estudo, nas reuniões e assembleias, na visitação casa-a-casa e no boca-a-boca, através das palavras ditas do agitador, propagandista ou dos artistas populares do teatro, da música, dança, etc., e nas escritas dos panfletos e do periódico revolucionário organizador coletivo, na literatura dos livros e poemas. Aí as pessoas, aderindo aos motivos do protesto e reconhecendo sua direção e como protagonista de sua causa e de sua luta elevam sua consciência de classe, assumem compromissos, participam dos preparativos e do próprio ato.

Nas mobilizações massivas que têm ocorrido mundo afora, ao contrário do que se difunde, não é porque há “convocação pelas redes sociais” e tantas “confirmações de presenças”, mas porque a atmosfera é tal de discussão e mobilização, que inclusive os monopólios dos meios de comunicação, veem-se obrigados a difundi-la, ainda que deturpando-a. E quanto às manifestações espontâneas, estas são produto de situações objetivas, que independem da vontade de quem quer que seja, tratam-se de manifestações explosivas de massas empurradas ao protesto em defesa de seus direitos econômicos e políticos pisoteados.

Nenhuma transformação verdadeira é possível sem a participação ativa e consciente das massas, sem que nós também nos transformemos. Só na ação coletiva das massas superamos nossas deficiências e debilidades individuais. Este é princípio confirmado em toda história da Humanidade: são as massas que fazem a história!

Ferramenta para vigilância e perseguições políticas

A crise geral do imperialismo demanda ampliar a agressão aos povos e países oprimidos de todo o mundo e aprofundar a exploração e opressão sobre o proletariado e as massas populares em cada país. A classe operária, o campesinato e demais classes populares têm respondido com protestos e revoltas, ademais das guerras de resistência e libertação nacional dos povos palestinos, iraquianos, afegãos, sírios, entre outros e das guerras populares dirigidas por Partidos Comunistas maoístas no Peru, Índia, Filipinas, Turquia, agigantando a cada dia a luta anti-imperialista e a nova onda da revolução proletária mundial.

Frente à crescente rebelião dos povos no mundo inteiro, o imperialismo, com a besta-fera ianque sempre à frente, impulsiona a vigilância e o controle total sobre o mundo inteiro, como parte fundamental da militarização de toda a sociedade que lhe é traço distintivo. Tudo que trafega pela rede mundial de computadores é registrado, gravado e analisado pelas agências do imperialismo como a NSA, FBI, CIA (dos ianques) e congêneres de todas as potências imperialistas.

Vale ressaltar que a alegada independência das empresas e a defesa da privacidade dos seus usuários, tão alardeada em alguns casos, não passam de um embuste, pois que, toda vez que ao imperialismo acender a luz vermelha do perigo da revolução, ele puxará as cordas da rede dos dados acumulados parautilizá-los na repressão e manipulação. Sob o surrado discurso de luta contra o terrorismo, toda a população mundial tem seus dados, correspondências, informações e arquivos pessoais, dados de localização e mesmo de perfis psicológicos gravados pelas agências de inteligência. Passando por cima de todas as legislações, os dados de qualquer pessoa, independente se é investigada ou se cometeu qualquer delito, são interceptados e gravados, e podem ser usados a qualquer tempo pelo aparato repressivo.

Processos contra a juventude combatente e o MEPR

Frente às grandiosas jornadas de junho de 2013, quando a juventude combatente expôs seu repúdio a todo este apodrecido sistema de exploração, opressão e corrupção de nosso País, a reação do governo Dilma e dos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Goiás, para citar os principais, despejaram sua ira reacionária contra os manifestantes. Tal como a ação covarde e desesperada da repressão de Dilma/Cabral/Pezão de perseguir e punir “exemplarmente” a juventude combatente e as organizações verdadeiramente populares que participaram naquela onda de protestos. Este é o objetivo do processo farsante contra os 23 ativistas no Rio de Janeiro, contra o MEPR e várias organizações que compuseram a Frente Independente Popular – FIP-RJ, tais como a Unidade Vermelha, a RECC, a OATL, entre outras.

Processo que resultou na prisão política do nosso companheiro Igor Mendes por quase sete meses no presídio Bangu e no mandado de prisão contra Karlayne Moraes e Elisa Quadros na mesma época.

Apesar de não haver qualquer prova de atos criminosos cometidos pelos acusados, a Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática que comanda o processo, baseia todas suas acusações e justifica mandados de prisão em “curtidas” de páginas da internet, em transcrições de mensagens de texto, e-mail ou Facebook (chamadas inbox) tidas como pessoais, reservadas e etc., em que ativistas faziam comentários sobre os atos públicos programados. Ativistas estão sendo levados para prisão por comentários retirados da internet. É a fascistização crescente do País, é a violação do princípio da presunção de inocência.

Não há modo seguro e confiável de uso da internet

Além disto, através de manifestações políticas pelo Facebook e afins, estamos expondo a toda à reação não apenas nós mesmos, mas também todas as massas que concordam com o que defendemos e que em algum momento venham a “curtir” ou “compartilhar” uma foto, link ou iniciativas de organização e ação pela Revolução. Tornam-se, portanto, alvos para repressão, restando ser somente questão de tempo a ação repressiva dos aparatos do velho Estado.

Há um grande número de cientistas e profissionais que criam e disseminam programas e ferramentas computacionais de criptografia e para navegação anônima. Isto faz parte desta grande corrente democrática que se mobilizou para desenvolver o projeto de software livre e gratuito, em contraposição às Microsoft’s que monopolizam a internet. Mas as agências do imperialismo tem orçamentos bilionários e trabalham pesado para quebrar estes códigos e quando obtêm sucesso, não divulgam seu triunfo.

Nada que não puder cair nas mãos do inimigo, hoje ou no futuro, deve circular pela rede. Mesmo criptografas, mensagens que não podem ser abertas hoje estão sendo gravadas e armazenadas e poderão ser violadas amanhã. Páginas de organizações revolucionárias devem ser acessadas de internet públicas, jamais de computadores pessoais.

Denunciar amplamente o controle do imperialismo sobre a internet!

Abaixo o individualismo, egoísmo e consumismo.

Abaixo o Facebook e as “redes sociais”: instrumento de disseminação da ideologia e cultura imperialistas!

Liberdade para os presos políticos democratas e revolucionários de todo o mundo!

Por uma cultura de Nova Democracia, científica e de massas para toda a juventude!

Mobilizar audazmente as massas para transformar radicalmente nosso País e o mundo!

MOVIMENTO ESTUDANTIL POPULAR REVOLUCIONÁRIO (MEPR) – BRASIL

JUNHO/2016

Teses

Defender com unhas e dentes o direito de estudar e aprender!

por MEPR
Publicado em abril 29, 2017
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Uma das principais expressões da inexistência de uma verdadeira democracia em nosso país é a negação do direito de estudar e aprender para as classes populares na cidade e no campo. Demonstração clara disto são os cortes na pasta da educação feitos por todas as administrações municipais onde ocorrerão jogos da Copa da Fifa, no objetivo de encher os bolsos das construtoras e dos burocratas da Fifa e, é claro, os seus próprios bolsos nos esquemas de corrupção que, invariavelmente, acompanham as obras superfaturadas do velho Estado.

É impossível existir qualquer política de ensino “para todos” no Brasil, como cacarejam os oportunistas petistas, enquanto perdurar a dominação imperialista e o capitalismo burocrático no país. Uma vez que, a existência de um imenso exército de reserva (desempregados) e mão de obra subqualificada e barata é fundamental para atrair as empresas transnacionais em busca de regiões onde possam extrair lucro máximo.

O que os eleitoreiros e reformistas de todas as legendas denominam de “crise na educação” é a única política para o ensino possível e necessária ao velho Estado de grandes burgueses e latifundiários serviçais do imperialismo.

Isso não quer dizer que não possamos ou devamos lutar em defesa do direito de estudar e aprender. Pelo contrário, significa que, ao lutar por este direito, é necessário ter clareza de que esta luta é parte da luta pela democratização não só do acesso ao conhecimento, mas de toda a sociedade, o que só é possível se realizar por meio da união de todo o povo em sua luta classista e combativa, por fora e contra toda a burocracia de UNE/UBES/CUT e do velho Estado.

A realidade da escola pública no Brasil

Uma das maiores mentiras difundidas pelo gerenciamento oportunista é a suposta universalização do ensino básico no Brasil. Em primeiro lugar, parte considerável daqueles que estão nas escolas não aprendem sequer o mínimo necessário. Apenas um em cada quatro brasileiros domina plenamente as habilidades de leitura, escrita e matemática e cerca de 20% da população com mais de 15 anos não consegue participar de todas as atividades em que a alfabetização é necessária. Em 2011, 30,5 milhões de brasileiros estavam nesta condição e, neste mesmo período, somente 62% das pessoas com ensino superior e 35% das pessoas com ensino médio completo foram classificadas como plenamente alfabetizadas.

Em segundo lugar, milhões de brasileiros não têm acesso de fato ao sistema de ensino oficial. A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (IBGE) de 2012 afirma que 11,9% da população brasileira em idade escolar não possui qualquer instrução ou possui menos de um ano de estudo. Levantamento feito pela ONG Todos pela Educação indica que o Brasil tem mais de três milhões de crianças e jovens entre 4 e 17 anos fora da escola. Com dados do censo de 2010 o estudo mostra que este número representa 8,5% da população nesta faixa etária, sendo que dentre aqueles entre 15 e 17 anos esta taxa é de 16,7%.

Longe da falácia de que a rede de ensino se amplia, o que vemos são cortes nos já escassos orçamentos para o ensino público, processo ainda mais acelerado com a farra da Copa do Mundo. Até hoje o ensino integral, combinado com a formação técnica, não passa de reduzidas exceções as quais pouquíssimas crianças e jovens têm acesso. Apenas 0,6% das escolas brasileiras têm infra-estrutura próxima da ideal para o ensino, isto é, possuem biblioteca, laboratório de informática, quadra esportiva, laboratório de ciências e dependências adequadas para atender a estudantes em suas necessidades básicas. 44% das instituições de educação básica possuem apenas (e, deduzimos, precariamente) as condições mínimas indispensáveis para funcionar, com água encanada, sanitário, energia elétrica, esgoto e cozinha em sua infra-estrutura.

Por que as crianças e os jovens não aprendem?

A Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo) apresentou, em 2010, os resultados de uma pesquisa que traçou um panorama da saúde dos professores da rede estadual de São Paulo. Entre os professores pesquisados, 27% tiveram afastamento da atividade profissional no ano anteriorà pesquisa (2009) motivado por problemas de saúde. 41% dos entrevistados afirmaram ter sofrido, no ano anterior à pesquisa, com problemas relacionados à sua saúde mental.

Os professores são uma das categorias mais precarizadas do Brasil. Recebendo salários muito baixos, têm de trabalhar em dois ou três turnos em salas superlotadas. Além disso, os enormes esforços pessoais e materiais investidos pelos professores em sua formação acadêmica e profissional são completamente ignorados pelos governos que não incentivam a formação continuada. Além disso, ou por isso mesmo, o sistema de gestão das escolas é completamente antidemocrático, prevalecendo as intervenções em vez das eleições diretas para diretor e a ferrenha oposição à organização autônoma dos grêmios estudantis.

Unir estudantes, professores e todos os trabalhadores em defesa do ensino público!

A greve dos professores da rede municipal e estadual do Rio de Janeiro, na qual a juventude combatente teve papel destacado e onde mais de 80 mil pessoas marcharam ombro a ombro com os professores, demonstra que é possível conquistar o apoio da população para as lutas em defesa da escola pública. É hora de unir toda a comunidade escolar pelo direito de estudar e aprender!

Construir o movimento localmente, fazer de cada escola uma assembléia popular onde estudantes,

professores, pais e alunos decidam sobre os rumos da escola, desde os currículos à gestão dos recursos e o planejamento, é a única via para transformar passo a passo nossas escolas num espaço que sirva à formação das novas gerações e à emancipação de nossa gente.

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