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PE: Diretório academico de FIlosofia da UFPE rompe com a UNE e puxa manifestação vitoriosa em assembleia estudantil

maio 22, 2025
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RJ: Luiz Inácio/MEC: tirem suas mãos da UFRJ!

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maio 18, 2025
Movimento Estudantil

26 de dezembro: 131 anos de nascimento do Presidente Mao

por MEPR
Publicado em dezembro 26, 2024
7 minutos de leitura

“Que critério permite determinar se um jovem é ou não revolucionário? Como fazer tal distinção? Apenas existe um critério: verificar se esse jovem quer ou não ligar-se as grandes massas operárias e camponesas, e se efetivamente se liga a estas. Se quer ligar-se aos operários e camponeses e o faz efetivamente, é um revolucionário; no caso contrário é um não revolucionário ou um contrarrevolucionário. Se hoje ele se liga as massas de operários e camponeses, hoje é um revolucionário. Mas se amanhã deixa de ligar-se a elas, ou se, pelo contrário, passa a oprimir a gente simples do povo, passa a ser um não revolucionário ou um contrarrevolucionário. Alguns jovens falam muito da sua fé nos Três Princípios do Povo ou no Marxismo, mas isso não prova nada.”

MAO TSETUNG, 1939 – Tarefas do Movimento da Juventude – Discurso pronunciado pelo camarada Mao Tsetung num comício de massas da juventude, em Ienan, em comemoração do XX Aniversário do Movimento de 4 de Maio.

Hoje, 26 de dezembro de 2024 os revolucionários de todo o mundo celebram 131º aniversário do Presidente Mao. Grande dirigente do Partido Comunista da China (PCCh), dirigiu duas grandes revoluções: A Grande Revolução Chinesa que triunfou em 1949, fundando a República Popular da China e a Grande Revolução Cultural Proletária (1966 – 1976). Grande titã do proletariado internacional, na direção do Partido Comunista da China aplicou de forma magistral o marxismo-leninismo nas condições objetivas da revolução chinesa, combatendo o oportunismo e todo o revisionismo, estando na direção da esquerda do Movimento Comunista Internacional no combate ao podre revisionismo moderno encabeçado por Kruschov.

Aquele que nomeia a terceira etapa da ideologia internacional do proletariado, que foi brilhantemente sistematizada e definida pelo Presidente Gonzalo: o maoismo. Não é incomum ver no anticomunismo visceral da reação toda sorte de ataques contra o presidente Mao, não conseguem nem chegar em acordo na mentira, cada hora inventam sem o mínimo de vergonha na cara algum número novo de “milhões de morte” da qual ele seria o responsável. Assim temem os imperialistas e a reação mundial, pois, sabem que é sob sua poderosa bandeira que estão sendo e serão dirigidas as mais importantes revoluções de nossa época. E será sob ela que todos os povos oprimidos do mundo varrerão o imperialismo da face da terra!

Nós juventude e estudantes revolucionários tomamos parte da celebração dessa importante data, assumindo cabalmente a consigna de Servir ao povo de todo coração! Combatendo todo tipo de oportunismo de direita e de “esquerda” no seio da juventude e do movimento estudantil, daqueles que temendo a revolução se escondem no pântano e em vão tentam nos arrastar pra lá. É aprendendo verdadeiramente desse grande chefe que a nossa bandeira seguirá sendo vermelha.

Como afirmou o Presidente Mao no discurso em Ienan por motivo da celebração do aniversário de Stálin: “O marxismo consiste em milhares de verdades, que podem todas ser resumidas numa única de que a rebelião se justifica!”. E é dessa poderosa síntese que nosso movimento ergue a nossa consigna histórica: Rebelar-se é justo! Estamos no combate sem temer, ousando e vencendo!

Aproveitamos a data para publicar novamente o importante texto do Presidente Mao Contra o Liberalismo.

Contra o Liberalismo

(7 de Setembro de 1937)

Nós somos pela luta ideológica ativa porque é uma arma para se alcançar a unidade interna do Partido e das demais organizações revolucionárias, em benefício de nosso combate. Cada membro do Partido Comunista, todo o revolucionário, deve empunhar essa arma.

O liberalismo, porém, rejeita a luta ideológica e preconiza uma harmonia sem princípios, o que dá lugar a um estilo decadente, filisteu, e provoca a degenerescência política de certas entidades e indivíduos, no Partido e nas outras organizações revolucionárias.

O liberalismo manifesta-se sob diversas formas:

Constatamos que alguém está a agir mal, mas, como se trata de um velho conhecido, de um conterrâneo, de um condiscípulo, de um amigo íntimo, de uma pessoa querida, de um antigo colega ou subordinado, não nos empenhamos no debate de princípios e deixamos as coisas correr, preocupados com manter a paz e a boa amizade. Ou então, para mantermos a boa harmonia, não fazemos mais do que críticas ligeiras, em vez de resolver a fundo os problemas. O resultado é prejudicar-se tanto a coletividade como o indivíduo. Essa é uma primeira forma de liberalismo.

Em privado entregamo-nos a críticas irresponsáveis, em vez de fazermos ativamente sugestões à organização. Nada dizemos de frente às pessoas, mas falamos muito pelas costas; calamo-nos nas reuniões, e falamos a torto e a direito fora delas. Desprezamos os princípios de vida coletiva e deixamo-nos levar pelas inclinações pessoais. É uma segunda forma de liberalismo.

Desinteressamo-nos completamente por tudo que não nos afeta pessoalmente; mesmo quando temos plena consciência de que algo não vai bem, falamos disso o menos possível; deixamo-nos ficar sabiamente numa posição coberta e temos como única preocupação não ser apanhados em falta. É uma terceira forma de liberalismo.

Não obedecemos a ordens, colocamos as nossas opiniões pessoais acima de tudo. Não esperamos senão atenções por parte da organização e repelimos a disciplina desta. Eis uma quarta forma de liberalismo.

Em vez de refutar e combater as opiniões erradas, no interesse da união, do progresso e da boa realização do trabalho, entregamo-nos a ataques pessoais, buscamos questões, desafogamos o nosso ressentimento e procuramos vingar-nos. Eis uma quinta forma de liberalismo.

Escutamos opiniões erradas sem elevarmos uma objeção e deixamos até passar, sem informar sobre elas, expressões contrarrevolucionárias, ouvindo-as passivamente, como se de nada se tratasse. É uma sexta forma de liberalismo.

Quando nos encontramos entre as massas, não fazemos propaganda nem agitação, não usamos da palavra, não investigamos, não fazemos perguntas, não tomamos a peito a sorte do povo e ficamos indiferentes, esquecendo-nos de que somos comunistas e comportando-nos como um cidadão qualquer. É uma sétima forma de liberalismo.

Vemos que alguém comete atos prejudiciais aos interesses das massas e não nos indignamos, não o aconselhamos nem obstamos à sua ação, não tentamos esclarecê-lo sobre o que faz e deixamo-lo seguir. Essa é uma oitava forma de liberalismo.

Não trabalhamos seriamente, mas apenas para cumprir formalidades, sem plano e sem orientação determinada, vegetamos – “enquanto for sacristão, contentar-me-ei em tocar os sinos”. Essa é uma nona forma de liberalismo.

Julgamos ter prestado grandes serviços à revolução e damo-nos ares de veteranos; somos incapazes de fazer grandes coisas, mas desdenhamos as tarefas pequenas; relaxamo-nos no trabalho e no estudo. Eis uma décima forma de liberalismo.

Cometemos erros, damo-nos conta deles, mas não queremos corrigi-los, dando assim uma prova de liberalismo com relação a nós próprios. Eis a décima primeira forma de liberalismo.

Poderiam citar-se outros exemplos mais, mas os onze acima indicados são os principais.

Todos eles constituem manifestações de liberalismo.

O liberalismo é extremamente prejudicial nas coletividades revolucionárias. É um corrosivo que mina a unidade, afrouxa a coesão, engendra a passividade e provoca dissensões. Priva as fileiras revolucionárias de uma organização sólida e de uma disciplina rigorosa, impede a aplicação integral da linha política e separa as organizações do Partido das massas populares colocadas sob a direção deste. É uma tendência extremamente perniciosa.

A origem do liberalismo está no egoísmo da pequena burguesia, que põe em primeiro lugar os seus interesses pessoais, relegando para segundo plano os interesses da revolução. É dela que nasce o liberalismo ideológico, político e de organização.

Os liberais consideram os princípios do Marxismo como dogmas abstratos. Aprovam o Marxismo, mas não estão dispostos a pô-lo em prática, ou a pô-lo integralmente em prática; não estão dispostos a substituir o liberalismo pelo Marxismo. Armam-se tanto de um como de outro: falam de Marxismo, mas praticam liberalismo; aplicam o primeiro aos outros e o segundo a si próprios. Levam os dois na bagagem e encontram uma aplicação para cada um. É assim que pensam certos indivíduos.

O liberalismo é uma manifestação do oportunismo e está em conflito radical com o Marxismo. O liberalismo é a passividade. Objetivamente, serve o inimigo. É por essa razão que o inimigo se regozija quando o conservamos nas nossas fileiras. Tal é a natureza do liberalismo. Não deve pois haver lugar para ele nas fileiras da revolução.

Penetrados do espírito ativo do Marxismo, devemos vencer a passividade do liberalismo. Um comunista deve ser aberto, fiel e ativo, colocar os interesses da revolução acima da sua própria vida e subordinar os interesses pessoais aos interesses da revolução. Em todos os momentos, seja onde for que se encontre, ele deve ater-se aos princípios justos e travar uma luta sem tréguas contra todas as ideias e ações erradas, de modo a consolidar a vida coletiva do Partido e reforçar os laços existentes entre este e as massas; um comunista deve preocupar-se mais com o Partido e as massas do que com os seus interesses pessoais, e atender mais aos outros do que a si próprio. Só quem atua assim pode ser considerado comunista.

Todos os comunistas fiéis, abertos, ativos e honestos, devem unir-se para lutar contra as tendências liberais de certos indivíduos entre nós, e conseguir chamá-los ao bom caminho. Essa é uma das nossas tarefas na frente ideológica.

Movimento Estudantil

Internacional: Viva os 146 anos do grande Stálin!

por MEPR
Publicado em dezembro 26, 2024
12 minutos de leitura

No dia 18 de dezembro de 2024 os revolucionários de todo o mundo celebram o 146º aniversário do grande camarada Stálin! Continuador de Lenin, liderou o Partido Comunista da União Soviética – Bolchevique (PCUS-B) em um dos períodos mais complexos da história da humanidade, onde a construção do socialismo na União Soviética enfrentou ataques e sabotagens de todo tipo da reação, inclusive internamente expressadas nas diferentes linhas oportunistas de direita e de “esquerda” dentro do Partido Comunista, foi o camarada Stálin que assegurou a linha vermelha proletária não permitindo que a bandeira do Partido mudasse de cor. Foi ele quem cumpriu a grande tarefa de definir a segunda etapa do marxismo, o leninismo, sistematizado obra magistral Fundamentos do leninismo, destacamos a sua brilhante síntese: “o leninismo é o marxismo da época do imperialismo e da revolução proletária. Ou mais exatamente: o leninismo é a teoria e a tática da revolução proletária em geral, a teoria e a tática da ditadura do proletariado em particular”. Foi o grande chefe dos povos oprimidos de todo o mundo no combate a besta nazifascista na segunda guerra mundial, aplicando magistralmente a tática vermelha proletária da frente única antifascista sob direção do proletariado, sistematizada e defendida por Dimitrov no poderoso VII Congresso da Internacional Comunista. A consigna que unificou todo o povo soviético que pagou sua imensa cota de sangue na luta de libertação de toda a humanidade, era expressão direta do que esse grande chefe representava: “Pela Pátria! Por Stálin!”.

O grande camarada Stálin segue provocando todo tipo de temor na reação, não atoa buscam dia e noite atacá-lo e desmoralizá-lo, inventam números sem o mínimo de escrúpulos para incriminá-lo, tendo apoio do podre revisionismo, pois, sabem o que sua figura representa para os povos e massas oprimidas de todo o mundo, aquele que mesmo em condições duríssimas não se curvou para a reação, até seu último dia de vida defendeu e se manteve firme e leal ao seu compromisso com a classe. Que a reação siga tremendo diante desse titã do proletariado internacional! Como bem diz o ditado popular: a mentira tem perna curta! Podem tentar em vão jogar lixo sobre seu túmulo, mas a verdade sempre prevalecerá! Stálin dizia: “A juventude é a reserva e vanguarda de choque da revolução proletária” e é dessa afirmação que sai uma das nossas mais poderosas consignas: “Servir ao povo de todo o coração! Tropa de choque da revolução!”, e como estudantes e jovens revolucionários seguiremos levantando alto a bandeira da revolução e a defesa desse grande chefe.


Aproveitamos a data para recomendar a leitura do livro “A Grande Conspiração – A guerra secreta contra a Rússia soviética” (Michael Sayers e Albert E. Kahn) que pode ser encontrada clicando aqui.

Também como parte da comemoração dessa importante data, publicamos abaixo a primeira parte da grande obra Fundamentos do leninismo:

Fundamentos do leninismo

I – As raízes históricas do leninismo

O leninismo cresceu e se formou dentro das condições do imperialismo, quando as contradições do capitalismo chegaram ao seu limite extremo, quando a revolução proletária se converteu numa questão prática imediata, quando o antigo período de preparação da classe operária para a revolução chegou ao ponto alto e se transformou num novo período de luta direta contra o capitalismo.

Lenin qualificava o imperialismo como “capitalismo em decomposição”. Por quê? Porque o imperialismo leva as contradições do capitalismo ao seu último limite, ao limite extremo, depois do qual começa a revolução. Entre estas contradições, há três que devem ser consideradas como as mais importantes.

A primeira contradição é a contradição entre trabalho e capital. O imperialismo é a onipotência dos “trutes” e dos consórcios monopolistas, dos bancos e da oligarquia financeira nos países industriais. Para lutar contra esta onipotência, eram inteiramente ineficazes os métodos habituais da classe operária: os sindicatos e as cooperativas, os partidos parlamentares e a luta parlamentar. Ou te entregas à mercê do capital e vegetas como antigamente, mergulhando cada vez mais fundo, ou lanças mão de uma nova arma; é assim que se coloca a questão do imperialismo às massas formadas por milhões de proletários. O imperialismo conduz a classe operária à revolução.

A segunda contradição é a contradição entre os diferentes grupos financeiros e as potências imperialistas na sua luta pelas fontes de matérias-primas, pelos territórios alheios. O imperialismo é a exportação de capitais para as fontes de matérias-primas, a luta feroz pela possessão monopolista dessas fontes, a luta por uma nova repartição do mundo já repartido, a luta mantida de um modo especialmente encarniçado pelos novos grupos financeiros e pelas novas potências que buscam realmente um “lugar ao sol”, contra os velhos grupos e potências, tenazmente aferrados às suas conquistas. Esta luta feroz entre os diversos grupos capitalistas é espantosa no sentido de se impor como elemento inevitável nas guerras imperialistas, nas guerras pela conquista de territórios alheios. E, por sua vez, esse fato é também muito importante porque conduz ao mútuo enfraquecimento dos imperialistas, ao enfraquecimento das posições do capitalismo em geral, à aproximação do momento da revolução proletária, à necessidade prática desta revolução.

A terceira contradição é a contradição entre um punhado de nações “civilizadas” dominadoras e milhões de homens dos povos colonizados e dependentes no mundo. O imperialismo é a exploração mais descarada e a opressão mais desumana de milhões de habitantes das imensas colônias e países dependentes. O objetivo desta exploração e desta opressão é a obtenção do excesso de lucro. Mas, ao explorar estes países, o imperialismo se vê obrigado a construir neles estradas de ferro, fábricas e escolas, centros industriais e comerciais. O aparecimento da classe dos proletários, a formação de uma intelectualidade no país, o despertar da consciência nacional, o incremento do movimento de libertação, são outros tantos resultados inevitáveis desta “política”. O incremento do movimento revolucionário em todas as colônias e em todos os países dependentes sem exceção, testemunha tudo isto de um modo primário. Esta circunstância é importante para o proletariado no sentido de este minar nas raízes as posições do capitalismo, convertendo as colônias e os países dependentes como reservas do imperialismo em reservas da revolução proletária.

São essas, de um modo geral, as contradições principais do imperialismo, que converteram o antigo capitalismo “florescente” num capitalismo agonizante.

A importância da guerra imperialista desencadeada há dez anos consiste entre outras coisas, em ter reunido num mesmo feixe e lançado na balança todas estas contradições, acelerando e facilitando com tal atitude as lutas revolucionárias do proletariado.

Por outras palavras, o imperialismo fez não apenas com que a revolução fosse praticamente inevitável, mas que se tenham criado as condições favoráveis para o assalto direto à fortaleza do capitalismo.

E essa situação internacional deu origem ao leninismo.

E tudo isso está certo, poderão nos dizer. Mas que tem a Rússia a ver com isto se ela não era nem podia ser o país imperialista clássico? Que tem Lenin a ver com isto se ele atuou sobretudo na Rússia e para a Rússia? Por que foi precisamente a Rússia o lugar do florescimento do leninismo, o centro da teoria e da tática da revolução proletária?

Porque a Rússia era o ponto de convergência de todas estas contradições do imperialismo.

Porque na Rússia começava a gerar-se a revolução mais do que em qualquer outro país do mundo, o que fazia com que só ela se encontrasse em condições de resolver estas contradições por via revolucionária.

Claro, a Rússia czarista era o foco de toda a espécie de opressão – capitalista, colonial e militar –, na sua forma mais bárbara e mais desumana. Quem ignora que na Rússia a onipotência do capital se fundia com o despotismo czarista, a agressividade do nacionalismo russo com a conduta de verdugo que o czarismo manteve para com os povos não russos, a exploração de regiões inteiras – Turquia, Pérsia, China –, com a anexação destas regiões pelo czarismo, com as guerras de anexação? Lenin tinha razão quando dizia que o czarismo era o “imperialismo militar-feudal”. O czarismo era a condensação dos aspectos mais negativos do imperialismo, elevados ao quadrado.

A Rússia czarista era, além disso, a reserva mais importante do imperialismo ocidental, não apenas por oferecer um livre acesso ao capital estrangeiro, que tinha nas suas mãos setores tão decisivos da economia nacional russa, como os combustíveis e a metalurgia, como podia também colocar à disposição dos imperialistas ocidentais milhões de soldados. Basta recordar o exército russo de doze milhões de homens, que derramavam seu sangue nas frentes imperialistas para assegurar os lucros fabulosos dos capitalistas anglo-franceses.

Por outro lado, o czarismo era não apenas o cão de guarda do imperialismo no Oriente da Europa, mas também o agente do imperialismo ocidental para roubar à população seus milhões a favor dos empréstimos que eram facilitados ao czarismo em Paris e em Londres, em Berlim e em Bruxelas.

Finalmente, o czarismo era o aliado mais fiel do imperialismo ocidental para a divisão da Turquia, da Pérsia, da China, etc. Quem ignora que o czarismo interveio na guerra imperialista aliado aos imperialistas da Entente e que a Rússia era um elemento essencial nesta guerra?

Eis porquê os interesses do czarismo e do imperialismo ocidental se misturavam e se confundiam, afinal, numa espécie de único saco dos interesses do imperialismo. Acaso podia o imperialismo de Ocidente resignar-se com a perda de um apoio tão poderoso no Oriente e de uma reserva tão rica em forças e em recursos como era a velha Rússia czarista e burguesa, sem colocar à prova todas suas forças para sustentar uma luta de morte contra a revolução na Rússia, a fim de defender e conservar o czarismo? Naturalmente que não!

Mas deduz-se daqui que quem quisesse desferir um golpe no czarismo levantava inevitavelmente o braço contra o imperialismo e quem se sublevasse contra o czarismo teria que sublevar-se também contra o imperialismo, dado que ao derrubar o czarismo pensava-se seriamente não só em destruí-lo, mas também em acabar com ele sem deixar rastos, tinha de derrubar também o imperialismo. A revolução contra o czarismo aproximava-se deste modo da revolução contra o imperialismo, da revolução proletária, e tinha necessariamente que transformar-se nela.

Entretanto, estourava na Rússia a maior das revoluções populares, à frente da qual se encontrava o proletariado mais revolucionário do mundo, um proletariado que dispunha de um aliado tão importante como os camponeses revolucionários russos. Será necessário demonstrar que uma revolução assim não podia parar no meio do caminho e que, no caso de triunfar, devia continuar na sua marcha, levantando a bandeira da insurreição contra o imperialismo?

Por isso, a Rússia tinha de se converter no ponto de convergência das contradições do imperialismo, não apenas no sentido de que, precisamente na Rússia, essas contradições se manifestavam com uma maior facilidade por causa do seu caráter especialmente monstruoso e intolerável, e não só porque a Rússia era o apoio mais importante do imperialismo ocidental, o alicerce que unia o capital financeiro do Ocidente com as colônias do Oriente, mas também porque apenas na Rússia é que existia uma força real capaz de resolver as contradições imperialistas pela via revolucionária.

Deduz-se daqui, que a revolução na Rússia não podia deixar de ser proletária, não podia deixar de evidenciar, desde os primeiros momentos do seu desenvolvimento, um caráter internacional, e não podia, portanto, deixar de sacudir os próprios alicerces do imperialismo mundial.

Acaso os comunistas russos podiam, diante de semelhante estado de coisas, cingir-se no seu trabalho aos limites estritamente nacionais da revolução russa? Naturalmente que não! Pelo contrário, toda a situação, tanto interior (profunda crise revolucionária) como exterior (a guerra), os empurrava para levar seu trabalho fora desses limites e levar a luta para a zona internacional, descobrir as chagas do imperialismo, demonstrar o caráter inevitável da falência do capitalismo, destroçar o social-chauvinismo e o social-pacifismo e, por último, derrubar o capitalismo dentro do seu país e criar para o proletariado uma nova arma de luta: a teoria e a tática da revolução proletária, com o objetivo de facilitar aos proletários de todos os países a possibilidade de derrubar o capitalismo. Os comunistas russos não podiam atuar de outro modo, pois só por este caminho se teria a garantia de se produzirem certas mudanças na situação internacional, capazes de imunizar a Rússia contra a restauração do regime burguês.

Eis aqui porquê a Rússia se converteu numa base do leninismo e Lenin se afirmou como seu criador.

Com a Rússia e com Lenin “aconteceu” neste aspecto aproximadamente a mesma coisa que tinha sucedido com a Alemanha e com Marx na década de 40 do século passado. A Alemanha possuia dentro de si, como a Rússia dos começos do século XX, a revolução burguesa. Nessa altura, Marx escreveu no Manifesto Comunista:

“Os comunistas colocam sua principal atenção na Alemanha, porque este país se encontra em vias de uma revolução burguesa e porque levará a cabo esta revolução dentro das condições mais progressivas da civilização europeia em geral, e com um proletariado muito mais evoluído do que o da Inglaterra do século XVII e o da França no século XVIII, e porque assim a revolução burguesa alemã não pode ser mais do que um prelúdio imediato da revolução proletária.”

Por outras palavras, o centro do movimento revolucionário deslocava-se para a Alemanha.

Pode duvidar-se porventura de que esta circunstância que Marx apontava na passagem transcrita fosse precisamente a causa provável de a Alemanha se revelar como o eixo do socialismo científico e os chefes do proletariado alemão, Marx e Engels, serem seus criadores?

Deve dizer-se a mesma coisa, embora de forma mais acentuada, quanto à Rússia dos começos do século XX. Neste período, a Rússia encontrava-se em vésperas da revolução burguesa e tinha que levar a cabo esta revolução nas condições mais progressivas da Europa e com um proletariado mais desenvolvido do que na Alemanha (e para não comparar com o da Inglaterra ou da França), quando tudo indicava que esta revolução deveria servir de fermento e de prólogo à revolução proletária. Não pode ser considerado como casual o fato de já em 1902, quando a revolução russa se encontrava ainda nos seus começos, Lenin escrevesse no seu livro Que Fazer? estas palavras proféticas:

“A história coloca hoje diante de nós (quer dizer, diante dos marxistas russos) uma tarefa imediata, que é a mais revolucionária de todas as tarefas imediatas do proletariado de qualquer outro país”. (…) “A realização desta tarefa, isto é a queda do mais poderoso baluarte não só da reação europeia, mas também da reação asiática, converteria o proletariado russo na vanguarda do proletariado revolucionário internacional”. (Lenin, tomo IV.).

Por outras palavras, o centro do movimento revolucionário devia deslocar-se para a Rússia. Todos sabemos que o desenvolvimento da revolução na Rússia justificou em excesso esta previsão de Lenin. E, sendo assim, não se revela como nada de assombroso que o país que levou a cabo semelhante revolução e dispõe de semelhante proletariado tenha sido o centro da teoria e da tática da revolução proletária.

Não tem nada de assombroso que o chefe desse proletariado, Lenin, se tenha revelado ao mesmo tempo como o criador desta teoria e desta tática e o chefe do proletariado internacional.

Movimento Estudantil

DF: Vitoriosa Escola Popular é realizada em Brasília!

por MEPR
Publicado em novembro 25, 2024
1 minuto de leitura

Uma vitoriosa Escola Popular foi realizada em Brasília no organizada pela Coordenação Regional do MEPR – DF. No encontro, os ativistas estudaram a formação histórica, social, política e econômica do Brasil para melhor compreensão do capitalismo burocrático.

Foram abordados conceitos importantes como semifeudalidade, o que são os países semicoloniais e coloniais, o que é a Revolução Agrária e o porquê da Revolução de Nova Democracia ininterrupta ao socialismo. As intervenções dos ativistas presentes buscaram elucidar questões econômicas se baseando nos clássicos do marxismo; aprofundar nas questões de luta dos povos originários e do povo preto, e como essa luta continuam até hoje; e da evolução da luta camponesa, abordando principalmente as Ligas Camponesas no nordeste no século XX e a Liga dos Camponeses Pobres.

Os ativistas estavam bastante animados e a todo momento gritos de agitação ecoavam pelo local: “Cresce, cresce, por todo o Brasil, o novo Movimento Combativo Estudantil!”, “É terra, é terra, para quem nela trabalha! E viva, agora e já, a Revolução Agrária!”. Era unânime a decisão de seguir sob a bandeira do MEPR e na luta pela revolução brasileira, fazendo chegar à cidade o chamado pela Revolução Agrária, servindo ao povo de todo coração e sendo tropa de choque da revolução. A unificação sob a bandeira do MEPR também se deu em denúncias e rechaço por parte dos ativistas frente ao fracassado ataque liquidacionista contra a nossa organização, se unificando contra aqueles que alegam ser “novo”, mas não passam de representantes do carcomido velho movimento estudantil.

Durante a atividade foi entoado o Hino do proletariado internacional, “A Internacional”. Todo o espaço foi ornamentado com bandeiras, faixas sobre a Greve de Ocupação, imagens com importantes chefes proletários como Marx, Lênin, Mao e do Presidente Gonzalo, cartazes sobre a resistência palestina, e imagens dos heróis e heroínas do povo brasileiro.

A Escola Popular contou com momentos de intervenções culturais, debates e demais atividades coletivas. Durante nosso balanço final, os ativistas animados com a realização, já buscavam planejar a próxima com mais tempo de duração e com mais atividades coletivas, propondo métodos de estudo, indicando livros, filmes, textos, músicas e documentários para melhor compreensão de todo o conteúdo abordado na Escola Popular.

Viva a Escola Popular!

Viva o Movimento Estudantil Popular Revolucionário!

Viva a Revolução Agrária!

Movimento Estudantil

Índia: Frente Revolucionária dos Estudantes (RSF) – Sobre os ataques da reação em Bengala

por MEPR
Publicado em outubro 19, 2024
3 minutos de leitura
Revolutionary Students Front

Nós do Movimento Estudantil Popular Revolucionário, declaramos total apoio e solidariedade aos companheiros do RSF – Revolutionary Students Front da Índia, em seu abaixo-assinado contra as criminosas campanhas de perseguição do velho Estado indiano de criminalização daqueles que lutam ao lado do povo. Somos signatários, e convocamos a todos a se posicionarem ativamente em apoio a essa campanha, caso tenham interesse em assinar a o abaixo-assiando podem entrar em contato conosco através da aba contato do site. Essa publicação é uma tradução não-oficial realizado pelo nosso movimento do abaixo-assinado que pode ser encontrado aqui.

SEJA OPERAÇÕES SURAJKUND OU KAGAAR, JAMAIS ABAIXAREMOS NOSSAS CANETAS: ELAS SÃO NOSSAS ARMAS NESTA LUTA CONTRA A INJUSTIÇA!

CONDENAR AS INVASÕES DO NIA-STF ÀS CASAS DE ATIVISTAS POLÍTICOS EM BENGALA OCIDENTAL!

ABOLIR O NIA-STF: AGENTES DA “GESTAPO” DOS FASCISTAS HINDUÍSTAS E DO CAPITAL CORPORATIVO!

LIBERTEM TODOS OS PRESOS POLÍTICOS IMEDIATA E INCONDICIONALMENTE!

Dia 1 de outubro, desde às 6 da manhã, as casas de cerca de 11 ativistas de movimentos de massas, jornalistas, sindicalistas e ativistas de direitos humanos foram invadidas em Bengala Ocidental por uma operação conjunta conduzida pela NIA, as forças da Gestapo dos fascistas bramânicos hinduístas RSS-BJP, e a Força Tarefa Especial da polícia do governo fascista de TMC no objetivo de conter o Naxalismo1. Estas invasões foram conduzidas sobre a base da velha desculpa de “suspeita de estarem envolvidos em trabalho organizativo do PCI(Maoista)”. Eles confiscaram livros, telefones celulares, pendrives, e discos rígidos de computadores de ativistas do RSF (Revolutionary Students Front), Companheiro Suddha Sataya Ray, o diretor de cinema e ex-membro do RSF Abhinjar Sarkar, o ativista sindicalista Companheiro Shipa Chakraborty, o Companheiro Sudipta Pal e Companheiro Somnath Bera, o jornalista Prosenjit Chakraborty e todos os outros. Junto com isso, e somente para aumentar a perturbação, eles foram convocados como testemunhas ao escritório da NIA de Ranchi ao invés do escritório da NIA que existe em Calcutá.

Ocorre que foi a norma de “Viksit Bharat” em que ativistas que lutam por justiça são tachados como maoistas. A repressão do Estado foi levada àqueles que protestavam contra a tentativa de entrega do Jal Jangal Zameen (água, floresta, terra) do país a diferentes grandes corporações indianas como Ambani, Adani, Tata, Jindal, etc. e seus amos estrangeiros imperialistas. São tachados de maoistas todos aqueles que lutam contra o genocídio, estupro, bombardeios aéreos aos Adivasis que lutam contra esta tática, e contra o ataque contínuo aos operários, camponeses, mulheres, Dalits e povos comunais minoritários do país. O Conselheiro de Segurança Nacional, Ajit Doval orgulhosamente declara que a sociedade civil é o novo “fronte de guerra”. Em nome de derrotar o maoismo, desde o caso da conspiração Bhima Koregaon às diferentes invasões em Deli, Uttar Pradesh, Jharkhand, Chhattisgarhm, Bengala Ocidental e outros estados por todo o país, é uma manifestação do Plano de Ação Surajkund assumido pelo Governo Central de conter os “Naxalistas armados com canetas” junto com portadores de armas. O Ministro do Interior Amit Shah tem realizado reuniões por todo o país com chefes administrativos e de segurança, e proclamando a sentença de morte do maoismo. Ironicamente, esta sentença se muda constantemente – o que foi inicialmente dito que ocorreria em 2022 na época de Bhima Koregaon, agora é 2026.

De maneira similar, o governo estadual do fascista TMC também está furioso desde que estes ativistas se envolveram em protestos contra a corrupção, o estupro e o genocídio perpetrados por eles bem no início do seu regime. Mais recentemente, estes ativistas participaram dos enormes movimentos de massas contra o estupro e assassinato de uma interna PGT na Faculdade Médica de Kar RG.

Sabemos que os diversos tribunais no país declararam, em diversos julgamentos, que acreditar na ideologia do maoismo ou mesmo ser membro do PCI(Maoista) não é crime sob a lei, a não ser que a pessoa esteja diretamente envolvida em atos de violência. Entretanto, diversos ativistas sociais, advogados, sindicalistas e ativistas de direitos humanos proeminentes são tachados de “trabalhadores na superfície” de uma organização maoista proibida específica e são mantidos na prisão sem julgamento por anos. Portanto, o julgamento em si se torna a punição. Nós entendemos que para reprimir os crescentes protestos de massas por causa da crescente crise econômica no país, as polícias federal e estaduais, a NIA do centro e o STF do estado, estão planejando uma patranha parecida com o caso de Bhima Koregaon.

Nós, organizações e indivíduos signatários, protestamos contundentemente contra as invasões conduzidas pela NIA e o STF às casas de 11 ativistas políticos em Bengala Ocidental para enquadrá-los em falsos casos contra eles. Convocamos todas as forças progressistas, democráticas e de esquerda a construir uma resistência de massas militante contra esta repressão do Estado realizada sobre os ativistas políticos.

Notas

1 Como a reação se refere à guerrilha do Exército Guerrilheiro Popular de Libertação-EGPL dirigidos pelo Partido Comunista da Índia (Maoista) – PCI(M)

Movimento Estudantil

Coletivo Estudantil Filhos do Povo (CEFP) declara apoio e solidariedade ao MEPR

por MEPR
Publicado em outubro 18, 2024
2 minutos de leitura

Diante dos ataques liquidacionistas que sofremos por um novíssimo grupo, respondido firmemente pela nossa nota O risco que corre o pau corre o machado!, estamos recebendo apoio e solidariedade de diversas organizações, revolucionários e democratas do Brasil e do mundo.

O Coletivo Estudantil Filhos do Povo nos enviou a seguinte nota de apoio:

“Eu estava sobre uma colina e vi o Velho se aproximando, mas ele vinha como se fosse o Novo. Ele se arrastava em novas muletas, que ninguém antes havia visto, e exalava novos odores de putrefação, que ninguém antes havia cheirado.

A pedra passou rolando como a mais nova invenção, e os gritos dos gorilas batendo no peito deveriam ser as novas composições.

Em toda parte viam-se túmulos abertos vazios, enquanto o Novo movia-se em direção à capital.

E em torno estavam aqueles que instilavam horror e gritavam: Aí vem o Novo, tudo é novo, saúdem o Novo, sejam novos como nós! E quem escutava, ouvia apenas os seus gritos, mas quem olhava, via pessoas que não gritavam.

Assim marchou o Velho, travestido de Novo, mas em cortejo triunfal levava consigo o Novo e o exibia como Velho.

O Novo ia preso em ferros e coberto de trapos; estes permitiam ver o vigor de seus membros.

E o cortejo movia-se na noite, mas o que viram como a luz da aurora era a luz de fogos no céu.

E o grito: Aí vem o Novo, tudo é novo, saúdem o Novo, sejam novos como nós! seria ainda audível, não tivesse o trovão das armas sobrepujado tudo”.

Bertolt Brecht (1898-1956)

O Coletivo Estudantil Filhos do Povo (CEFP) se posiciona contundentemente em favor do Movimento Estudantil Popular Revolucionário (MEPR) contra as atitudes divisionistas e liquidacionistas por parte de um “novíssimo” grupo no Rio de Janeiro.

Estamos no Maranhão travando combates ombro a ombro com a juventude combatente nas cidades e as imensas massas do campo. Nos inspiramos em toda a trajetória do MEPR de décadas atuando em todos os cantos do Brasil, de norte a sul, vanguardeando grandes embates na luta de classes. Nos inspiramos na luta pela Revolução Agrária ao lado dos camponeses, indígenas e quilombolas de nosso país e combatemos o oportunismo e o revisionismo de forma inseparável do combate ao imperialismo e toda reação. 

Fazemos um chamado a toda a juventude do Brasil a cerrar fileiras com o MEPR, com a juventude combatente, se opondo às atitudes fracassadas de divisionismo e confusão no seio das massas promovido por esse tal “novíssimo”.

Viva o Movimento Estudantil, Classista e Combativo!

Rebelar-se é Justo!

Coordenação do Coletivo Estudantil Filhos do Povo – São Luís, Maranhão

Setembro de 2024

Além, deixamos registros da nossa atuação no Tribunal Popular da grilagem e dos crimes do latifúndio: 

Movimento Estudantil

Internacional: Liga Anti-Imperialista – A Palestina é a nossa causa: juntos venceremos!

por MEPR
Publicado em outubro 12, 2024
6 minutos de leitura

Publicamos a convocação da LAI (Liga Anti-Imperialista Internacional), traduzida para o português de forma não oficial encontrada aqui, para uma campanha internacional em solidariedade a heroica resistência do povo palestino. Já estamos participando e continuaremos de diversas atividades como parte da campanha, e convocamos a todos os estudantes, jovens revolucionários, democratas e progressistas a tomarem parte ativa da mesma. Palestina Resiste! Palestina Triunfará!

Com o 7 de outubro e a heroica luta das forças de libertação nacional da Palestina contra a ocupação sionista, que já dura um ano, não só os genocidas israelenses, mas também os imperialistas, sofreram uma grande perda de prestígio, e o mito do “poder inquebrantável” foi gravemente ferido. Sob as asas dos gigantescos monopólios internacionais e dos imperialistas, especialmente dos Estados Unidos, o Estado de Israel recebeu uma vez mais a “amarga lição” de que “o povo, e só o povo, constitui a força motriz na criação da história universal”. Aqueles que creem que vencerão a guerra com meios tecnológicos sofreram grandes derrotas ante as massas organizadas que não hesitam em morrer por sua causa em cada momento da história. Embora o Estado de Israel tenha tentado lograr resultados cometendo todos os tipos de massacres e crimes, incluindo genocídio, após o grande choque que sofreu em 7 de outubro, não conseguiu obter quaisquer resultados, seus equilíbrios internos foram abalados, uma grande oposição se acumulou dentro do país, e a bolha de grandeza e invencibilidade militar e tecnológica estourou.

A imagem de invencibilidade do Estado colonialista e sionista de Israel foi aniquilada pelo Dilúvio de Al-Aqsa e pela presente e fortalecida frente de resistência armada para a libertação nacional da Palestina. Para além da rendição imposta pelos Acordos de Oslo, foi um novo começo num momento em que o expansionismo sionista estava “normalizado” e a causa palestina era considerada “acabada”. O Dilúvio de Al-Aqsa destroçou muitos entendimentos estabelecidos e destruiu o status quo que há muito era dado como certo sobre a Palestina. O processo de “normalização”, incluindo o isolamento palestino, chegou ao fim.

A luta anti-ocupação das Forças de Libertação Nacional da Palestina demonstrou a possibilidade de derrota dos fortes contra um movimento débil mas organizado baseado no povo. Esta possibilidade tem uma profundidade instrutiva para todos os movimentos revolucionários e de resistência nacional. Israel é uma enorme potência militar e tecnológica com grande apoio material-militar; mas a gloriosa história da luta de classes provou repetidamente que aqueles que estão determinados na luta por sua causa justa, aqueles que se organizam por essa causa, aqueles que se vinculam corretamente aos povos oprimidos e os tornam parte da luta, apesar de todas as impossibilidades, derrotam as forças que dispõem de grandes recursos. Que a causa palestina vincula-se fortemente aos trabalhadores e povos de todo o mundo, foi e segue sendo comprovado por um massivo movimento de solidariedade em quase todos os países do mundo, rechaçando as mentiras da propaganda imperialista e resistindo à repressão e perseguição policiais.

Em um ano de guerra numa faixa minúscula, o Estado de Israel nem sequer conseguiu chegar aos prisioneiros de guerra detidos pelas Forças de Resistência da Palestina, muito menos alcançar a vitória. O Dilúvio de Al-Aqsa também destruiu as deploráveis teorias apresentas por revisionistas e reformistas em nome da paz, democracia, desarmamento e reconciliação. São as forças armadas das Forças de Resistência da Palestina, os exércitos unidos das forças de resistência, que deterão o Estado genocida de Israel e seus promotores imperialistas. Portanto, é necessário apoiar a exigência justa e correta da libertação total da Palestina, incluindo o direito ao regresso de todos os deslocados e despejados. Levantemos a justa reivindicação pelos plenos direitos democráticos dos milhares de prisioneiros palestinos, abusados e torturados nas masmorras sionistas, que são privados de seus direitos legais como prisioneiros políticos: pela libertação imediata de todos os presos políticos! Hoje, uma vez mais, o povo palestino dá um poderoso exemplo ao movimento anti-imperialista internacional, de que a luta de libertação nacional é uma parte importante da Revolução Proletária Mundial e, portanto, as forças proletárias devem desenvolver-se em seu papel de vanguarda para desenvolver a luta de libertação nacional no caminho da Revolução de Nova Democracia.

O Estado sionista de Israel não pode ser definido sem mencionar o imperialismo. O representante imperialista dos EUA, Joe Biden, afirmou: “Se Israel não existisse, os EUA teriam que inventar um Israel. Israel é a maior potência que os EUA têm no Oriente Médio para proteger seus interesses na região”. É mais do que um Estado, é uma “adaga sangrenta” que o imperialismo cravou na região do Oriente Médio e uma personificação do mal que encarna as práticas selvagens dos exploradores e se orgulha disso. É o símbolo da agressão imperialista a nível de Estado. Isto por si só desmascara as mentiras sionistas sobre Israel ser o “Estado dos judeus”; pelo contrário, Israel é o “Estado dos imperialistas” contra os povos oprimidos, incluindo os de Israel; O Estado de Israel é um Estado genocida.

Os momentos de crise cada vez mais profunda do sistema imperialista aprofundam as contradições interimperialistas e tornam necessária a expansão das guerras de agressão contra as nações e povos oprimidos. O único verdadeiro amigo do povo palestino são as massas de milhões de pessoas que, apesar das proibições e da repressão, enchem as ruas com um espírito antissionista e anti-imperialista em todos os cantos do mundo. Contra a dominação reacionária que legitima o isolamento da Palestina e o massacre do sionismo, são as ações independentes do povo que apoiam a Palestina incondicionalmente, pintando “Viva a Palestina Livre” nos muros por toda parte e desfraldando os símbolos da Palestina.

Encontramo-nos num novo processo em que estamos condenados a derrotar todo o imperialismo. O imperialismo é um sistema econômico e político em bancarrota à espera de ser varrido para a lata de lixo da história. Os povos têm braços poderosos para erguer esse gigantesco monte de lixo. É nosso dever fundamental organizar-nos, armar-nos e participar nas lutas pelo poder sem hesitar. Devemos ser plenamente solidários com a resistência nacional palestina, enfatizando, abraçando e defendendo, sem qualquer vacilação, todas as características revolucionárias nela incorporadas. E isso não será apenas solidariedade. Devemos também travar uma luta ativa e aberta em nossos países contra todas as extensões e colaboradores regionais e internacionais do sionismo israelense. Israel é apoiado ou alimentado de diferentes formas por muitos Estados e monopólios internacionais. Como anti-imperialistas, devemos trabalhar para atacar, nos países onde vivemos, as fontes que apoiam e alimentam essa ocupação e massacre. Só poderemos fazer isso acreditando e sendo guiados pelo poder dos povos para vencer no final.

Como Comitê Coordenador da Liga Anti-Imperialista, chamamos a todas as forças revolucionárias, anti-imperialistas e anti-ocupação para que apoiem a Luta de Libertação Nacional da Palestina e façam parte da resistência, custo o que custar. Devemos abraçar a luta do povo palestino oprimido contra o sionismo israelense, um dos aríetes do sistema imperialista, fortalecer a resistência e demonstrar nossa solidariedade com ações concretas. Portanto, convocamos uma campanha internacional de apoio à Palestina, de 7 a 21 de outubro, incluindo dois dias internacionais de ação, 12 e 13 de outubro.

Honra e glória eternas aos mártires do movimento de resistência nacional na Palestina!

Pela libertação total da nação palestina, defender o pleno direito ao regresso de todos os deslocados!

Plenos direitos democráticos para os presos políticos, reconhecimento como presos políticos e prisioneiros de guerra! Libertação imediata de todos os presos políticos!

Viva a luta armada pela independência nacional das Forças de Libertação Nacional da Palestina!

Desenvolver a resistência nacional no caminho da Revolução de Nova Democracia para a libertação da Palestina!

Defender o direito à liberdade de expressão, protesto e associação, abaixo a repressão contra o movimento mundial de solidariedade à Palestina!

Abaixo o imperialismo, abaixo o Estado sionista de Israel! Viva a Revolução!

Comitê Coordenador da Liga Anti-Imperialista
Setembro de 2024

Movimento Estudantil

RJ: CO-GOVERNO ESTUDANTIL NA UERJ, JÁ! Fora Gulnar Azevedo, Bruno Deusdará e Daniel Pinha!

por MEPR
Publicado em outubro 11, 2024
7 minutos de leitura

“Que tempos são esses em que é preciso dizer o óbvio?”
Bertolt Brecht

Em 20 de setembro de 2024, a Polícia Militar do Rio de Janeiro invadiu o Pavilhão João Lyra do campus Maracanã da UERJ. Quem violou a autonomia universitária não foi o governo estadual de extrema-direita do genocida Cláudio Castro (notório bolsonaristas, responsável pela violência policial contra o povo pobre no nosso estado), mas sim a “gestão democrática” da REItoria de Gulnar Azevedo e Bruno Deusdará. Na realidade, todos e todas que acompanham de perto a situação da UERJ já não têm dúvidas que a invasão representou a consequência mais nefasta (até agora) das decisões políticas da “chapa de esquerda” de Gulnar-Deusdará eleita na última eleição para Reitoria.

Durante o recesso a REItoria assinou a AEDA 0038. Em resposta, uma ocupação estudantil se desenvolveu na sede da Administração Central. Contra a AEDA da FOME, os estudantes da UERJ lançaram mão da tática histórica e já centenária de ocupação dos prédios de universidades. Não somente isso, o movimento estudantil colocou a estrutura burocrática para funcionar segundo os seus próprios interesses, sempre seguindo deliberações de assembleias gerais estudantis, em meio à luta pela assistência estudantil e apontando para a conquista da verdadeira democracia universitária.

A REItoria do PT e do PSOL, julgando como ilegítimo a luta, iniciou uma verdadeira caçada ao movimento estudantil combativo. Através da Procuradoria Geral da UERJ (subordinada à REItora Gulnar), citou nominalmente 5 estudantes e 1 técnico-administrativo. Não bastando, solicitou uma reintegração de posse com o uso da força policial. Que veio, finalmente, no fatídico dia 20 de setembro de 2024.

Os estudantes elevaram a sua organização e sua disposição de luta. Em reunião com representantes do reacionário governo estadual, já havíamos conquistado R$ 165 milhões. Reunindo o apoio de milhares por todo o país, a assembleia estudantil do dia 18 de setembro, decidiu pela resistência política ativa.

Gulnar, em apuros por ver seus planos reacionários para a UERJ ir de ladeiro abaixo, deu entrevista à imprensa reacionária e organizou uma “Marcha pela democracia” (sic) na UERJ – que mais se pareceu com a “marcha em defesa da família com deus pela liberdade” – que aglutinou desde privatistas até liberais do Instituto Millenium. Para coroar sua postura de antidemocrática, intransigente e de inimiga dos estudantes, a REItora conseguiu, enfim, o que queria. No dia 20 de setembro, mais de 300 policiais invadiram a UERJ com armas, helicópteros, armas ultrassônicas israelenses, balas de borracha, gases lacrimogêneo e de efeito moral, além de virem com dois ônibus para prender os mais de 100 estudantes que ocupavam a universidade. Os policiais militares não atingiram seu objetivo de prender e, na realidade saíram humilhados. Embora tenham prendido três estudantes e o deputado federal Glauber Braga, os estudantes organizaram uma grande operação de retirada e deram um olé saindo pelo Portão 4, de maneira histórica e com renovado espírito de luta.

Neste ano, marcado pela greve das universidades federais, onde nenhuma outra universidade conquistou tanto em tão pouco tempo, a luta em defesa da UERJ e sua histórica greve de ocupação da Reitoria apontam um caminho concreto para garantir a educação superior pública, gratuita e que sirva ao povo. Este é o caminho que deve ser fortalecido. A luta contra a elitização e privatização da UERJ não está ganha. A REItora segue articulando com “deus e o diabo” para confundir a comunidade acadêmica e enlamear a justa luta movida pelos estudantes.

Não nos interessa somente a revogação da AEDA da FOME, mas sim a conquista de uma verdadeira assistência estudantil, única garantia de uma verdadeira política de assistência estudantil. E essa luta se subordina à luta pela verdadeira democracia dentro da UERJ.


Problemas continuam!

Menos de 10 dias após a desocupação forçada da UERJ, estudantes que perderam as bolsas engrossaram as filas gigantescas no bandejão e o tempo de espera num sol escaldante ultrapassou as 2 horas. Gulnar deu de ombros para a superlotação do bandejão. Em nova entrevista à imprensa reacionária, ela celebrou o fato de que “mais estudantes estejam convivendo no campus” (!). Na mesma semana, em uma reunião com o Instituto de Medicina Social (IMS), a REItora Gulnar foi cobrada por alunos e professores sobre a falta de comida no bandejão e pela invasão da UERJ pela Choque. Em resposta, Gulnar novamente mentiu: falou que foi “ameaçada de morte”, que “sofreu assédio” e que achou na sua sala “bombas e armas”. Já que ela está disposta a seguir nos ataques à nossa legítima luta, fazemos um desafio: que ela comprove que quem estava armado até os dentes para a agressão eram, não os seguranças “capa preta” coordenados pela Andreia (como todos sabemos), mas sim os estudantes!

Não há nenhum outra alternativa aos estudantes e trabalhadores da UERJ interessados na defesa da educação democrática, pública, gratuita e à serviço ao povo: é preciso conquistar a autonomia estudantil através do co-governo estudantil.

Co-governo estudantil: caminho da conquista da Autonomia e Democracia Universitárias

Muito se fala e se diz sobre Autonomia Universitária. O governador de SP (o bolsonarista Tarcísio de Freitas) defendeu “autonomia” para sugerir que as universidades paulistas se vincularem às empresas privadas. Na UERJ, em 2017, o ex-reitor Ruy Garcia Marquez já defendeu propostas semelhantes. Defendendo a “autonomia da UERJ”, Gulnar e Deusdará não deixaram claro o que é que defendem. Vamos, então, responder a algumas das principais dúvidas sobre essa importante questão.

O que é democracia universitária?

É a participação plena e efetiva do conjunto dos integrantes da comunidade acadêmica nas deliberações administrativas, decidindo para onde vão e com que finalidade serão empenhados o orçamento que o governo do estado anualmente nos envia. Garantir o co-governo – participação de 50% dos estudantes e 50% dos trabalhadores em educação (professores, técnicos e terceirizados) – é a única solução para pôr fim à evasão estudantil na UERJ, garantindo bolsas e auxílios para a permanência dos alunos pobres.

Mas a UERJ não é democrática?

Não. Embora a constituição garanta “Autonomia Universitária” para a UERJ, o sistema político vigente na nossa universidade não defende os estudantes mais pobres. Por isso, fala mais alto os compromissos firmados entre governo e classes dominantes, que sugam grande parte do orçamento. A existência de bolsas fantasmas para indivíduos ligados à extrema-direita, por exemplo, é só um dos exemplos desses acordões.

O sistema atual também não impede a violação de direitos e garantias fundamentais – como vimos no último dia 20 de setembro, com a entrada de um verdadeiro maquinário de guerra.

Então a Autonomia Universitária na UERJ é uma mentira?

Não exatamente. A UERJ tem, ano após ano, condições de pleitear verbas para seu custeio ao governo estadual através da Assembleia Legislativa do Estado do RJ (ALERJ). Ocorre que não são os interesses dos estudantes os que falam mais alto. Embora seja fundamental que o movimento estudantil pleiteie mais verbas, não há garantia de que essa verba será destinada para a manutenção dos estudantes pobres.

Tudo isso ficará ainda mais grave no ano que vem, quando o “rombo” do cofre público chegará a R$ 14,6 bilhões (maior que o total destinado para a área de educação no estado do RJ!!!).

Foi a primeira vez que os estudantes da UERJ foram prejudicados pela falta de verbas?

Não. Em 2017, após os “mega-eventos” (Copa e Olimpíadas), o estado do RJ se destacou em termos de crise econômica. Nesse momento, o governador Pezão atrasou o repasse de verbas e milhares de estudantes e servidores foram afetados. Dentro da UERJ, alguns professores chegaram a defender a cobrança de mensalidades e a privatização. Os estudantes chegaram a ficar um semestre inteiro sem Bandejão, pois não havia repasse de verbas para a empresa terceirizada. Naquele momento, o MEPR e estudantes independentes ocuparam o bandejão e colocaram-no para funcionar, assumindo toda a direção daquela importante parte da UERJ, impedindo a evasão estudantil naquele período.

Qual é o caminho para tornar a UERJ democrática?

A verdadeira democracia e autonomia universitárias só podem ser conquistadas com o controle paritário entre a comunidade acadêmica. O co-governo estudantil representa a participação política efetiva nos conselhos deliberativos (desde os departamentais até a instância máxima, o Conselho Universitário).

A autonomia universitária na forma de co-governo estudantil é garantia de que os estudantes poderão entrar e permanecer, produzindo pesquisas que não sejam controladas pelo capital e nem sejam subordinadas aos acordões espúrios.

Contudo, não é possível garantir a autonomia na forma que se organiza hoje o sistema de poder. Por isso essa é uma luta tão importante, que só será efetivada em um processo que mobilize o conjunto do corpo estudantil, desde cada curso, escalando para cada departamento, centro até englobar toda a universidade.

Autonomia Universitária: para quem?

A autonomia universitária, inscrita na constituição federal e estadual, está ameaçada. Sua defesa de boca não nos ajuda a dar um só passo na luta por uma UERJ que sirva ao povo.

Defendendo a “autonomia universitária”, no ano de 2017, o STF aprovou a cobrança de taxas em cursos de pós-graduação. Quem não se recorda que, no mesmo ano, a secretaria de Fazenda do estado do RJ sugeriu o “fim da UERJ”. Em resposta, o reitor Ruy Garcia Marquez foi à revista VEJA defender a “ampliação dos laços com a iniciativa privada”.

Já Gulnar e Deusdará abrem a boca para falar de “gestão democrática”, “práticas educacionais emancipatórias”, “raça e gênero”. Gulnar chegou mesmo a prometer, ainda em campanha, que não cortaria nenhum auxílio: “Vamos ampliar a assistência estudantil”, disse a sorridente Gulnar, bem diferente da Gulnar autoritária que se recusou a receber estudantes para negociar durante a greve.

Até agora, o que a chapa de Gulnar-Deusdará apresentou foi uma continuidade de todos os ataques à educação pública gratuita e democrática.

Na “Uerj de cotas, de favelado”, não se pode colar cartaz como um direito democrático de liberdade de expressão.

Em tempos sombrios, seguiremos defendendo a verdade, ainda que signifique dizer o óbvio, como dizia Brecht.

É revoltante que a “UERJ de cotas e de favelado” esteja expulsando mais de 5 mil estudantes. É um absurdo a criminalização dos que lutam.

Uma reitoria que criminaliza estudantes não é de esquerda.

Ocupar universidade não é caso de polícia.

Seguiremos falando que LUTAR NÃO É CRIME! REBELAR-SE É JUSTO!

Movimento Estudantil Popular Revolucionário – MEPR
Outubro de 2024.

Movimento Estudantil

PE: Estudantes do Povo combatem na linha de frente ombro a ombro com os posseiros de Barro Branco [Atualizado 21/10]

por MEPR
Publicado em outubro 10, 2024
3 minutos de leitura


No dia 28 de outubro, os posseiros do Engenho Barro Branco (Jaqueira/PE) opuseram uma feroz resistência contra os mais de 50 homens armados organizados dos paramilitares bolsonaristas “Invasão Zero”, que realizaram um ataque aos camponeses a mando do latifundiário ladrão de terras Guilherme Maranhão. Os pistoleiros invadiram os sítios dos camponeses, destruíram plantações, dispararam mais de 100 tiros contra o povo, mas, diante da brava resistência dos posseiros, foram obrigados a recuar feridos e desmoralizados, mesmo com toda a cobertura dada pela Polícia Militar a esse criminoso ataque do latifúndio.

Estudantes do Povo dos Coletivo Mangue Vermelho (MV) e Movimento Estudantil Popular Revolucionário (MEPR) estiveram ombro a ombro com os camponeses na linha de frente da resistência ao ataque do latifúndio, cumprindo o seu dever político de defender o povo e seu juramento de servir ao Povo de todo coração, ser tropa de choque da Revolução Agrária, se vinculando profundamente ao bravo campesinato brasileiro. Os estudantes do Povo, que organizaram a ida de uma delegação a Barro Branco para aquele mesmo dia em Missão de Solidariedade aos posseiros, diante do ataque covarde da pistolagem latifundiária da extrema-direita, prontamente se postaram ombro a ombro com os camponeses e participaram de sua contundente resistência para impedir o avanço do latifúndio. Mesmo com três camponeses e uma estudante feridos à bala pelos pistoleiros, a força organizada e combativa do campesinato posseiro e da juventude combatente derrotou com destemor os pistoleiros, que recuaram com o rabo entre as pernas escoltados pela Polícia Militar.

Saudamos a intrépida combatividade dos camponeses e estudantes do Povo nessa exemplar batalha, que permaneceram firmes e resolutos nas mais de 6 horas de confronto, encurralando as hordas paramilitares bolsonaristas. Esta feroz resistência barrou e repeliu com a justa violência popular a tentativa de massacre das massas por estes covardes, impedindo que seguissem destruindo as casas, plantações e os sítios do povo, construídos com tanto suor e luta. Coesionados em torno da bandeira da combativa Liga dos Camponeses Pobres, no momento em que o primeiro camponês tinha acabado de ser alvejado pelos pistoleiros, ouviu-se um brado firme, ordenando: “Companheiros, vamos ganhar essa batalha e ela será dedicada ao companheiro ferido!”, com o que todos camponeses e estudantes redobraram suas forças, fazendo saltar à frente sua resistência com mais ferocidade ainda. Nós, estudantes do Povo da juventude combatente, saudamos o campesinato pobre de Barro Branco e nos sentimos honradas e honrados de ter participado desta batalha ombro a ombro com os companheiros posseiros de Barro Branco e seguimos a postos para a continuidade da luta até a vitória.

Saudamos com todo ardor revolucionário a combativa companheira Cecília, estudante de Pedagogia, atingida no pé pelas balas dos pistoleiros, por sua solidariedade aos camponeses e firmeza na luta. Nos dias que se seguiram ao combate de Barro Branco, a companheira seguiu ativa mobilizando os estudantes da universidade e denunciando ativamente os crimes do latifúndio contra os camponeses e aqueles que os apoiam, passando em salas de aula em cadeira de rodas e à frente do Ato de Solidariedade à brava Resistência Camponesa de Barro Branco. Este Ato, organizado pelo Comitê de Apoio à luta dos Posseiros de Barro Branco (CdAPBB), mobilizou mais de 150 estudantes e professores e dezenas de organizações populares e democráticas em frente ao Centro de Educação, no dia 03 de outubro. Fazendo jus à tradição de luta das e dos estudantes de pedagogia de todo o País, a companheira Cecília e todas(os) estudantes presentes na batalha dos posseiros de Barro Branco, seguem o exemplo de nossa querida companheira Remís Carla de “derrubar os muros da universidade, servir ao povo no campo e na cidade”.

A juventude combatente de Recife continuará levantando alto a bandeira da Revolução Agrária, como primeira etapa da Revolução de Nova Democracia, único caminho para transformar o atual estado de coisas e fazer a Revolução em nosso País. Transformaremos Recife em uma poderosa caixa de ressonância da resistência camponesa, tarefa fundamental do verdadeiro Movimento Estudantil democrático revolucionário, independente, classista e combativo. Lutaremos até o fim contra todos os crimes do latifúndio contra o povo, que só podem cessar com a sua destruição completa. A juventude combatente em Barro Branco ecoou uma vez mais o brado combativo da luta camponesa de nosso País: “O risco que corre o pau, corre o machado!” fazendo tremer a todos latifundiários, seus pistoleiros e as hordas paramilitares bolsonaristas, covardes e demais reacionários!

Viva a Revolução Agrária! Morte ao latifúndio!

Viva a Liga dos Camponeses Pobres!

Viva a juventude combatente!

Servir ao povo de todo coração, tropa de choque da Revolução!

Ousar lutar, ousar vencer!

Recife, outubro de 2024

Movimento Estudantil Popular Revolucionário

Coletivo Mangue Vermelho

Movimento Estudantil

Internacional: 75 anos do triunfo da Grande Revolução Chinesa!

por MEPR
Publicado em outubro 1, 2024
4 minutos de leitura

No dia 01 de Outubro de 1949 sob a liderança do Partido Comunista da China (PCCh) dirigido cabalmente pelo Presidente Mao, triunfou a Grande Revolução Chinesa. Marcando a culminação da Revolução de Nova Democracia e a fundação da República Popular da China, foi mais um farol luminoso para os povos em luta de todo o mundo. O golpe contrarrevolucionário revisionista de Deng Xiaoping empreendido após 1976 fazendo mudar de cor o Partido, não passa assim como qualquer outro revés do proletariado na sua tarefa de dirigir a emancipação inevitável de toda a humanidade, de uma derrota temporária. É apenas questão de tempo que o heróico combatente da China se coloque de pé, varrendo os revisionistas sociais-imperialistas para a lata de lixo da história. Nessa importante data do proletariado internacional, aproveitamos para publicar na íntegra o capítulo sobre os jovens do Livro Vermelho – Citações do Presidente Mao.

XXX. Os jovens

O mundo pertence a vocês e a nós também, mas, em última análise, o mundo é vosso. Vocês, os jovens, plenos de vigor e vitalidade, estão na Primavera da vida, tal como o sol às oito ou nove da manhã. Em vocês depositamos as nossas esperanças.

O mundo pertence-vos. A vocês pertence o futuro da China.

“Conversa com os estudantes e estagiários chineses em Moscou” (17 de novembro de 1957).

Nós devemos ajudar todos os jovens a compreender que o nosso país está ainda muito pobre, que nós não podemos, em curto prazo, mudar radicalmente essa situação, e que só através dos esforços conjuntos dos nossos jovens e da totalidade do nosso povo trabalhando com as duas mãos, a China poderá fazer-se forte e próspera dentro de um período de algumas décadas. O estabelecimento do nosso sistema socialista abriu-nos o caminho que leva à sociedade ideal do futuro, mas transformar esse ideal em realidade exige um duro trabalho.

“Sobre a justa solução das contradições no seio do povo” (27 de fevereiro de 1957).

Por falta de experiência política e social, um bom número de jovens está incapaz de ver o contraste entre a velha e a nova China, não lhe sendo fácil compreender a fundo quão difíceis e penosas foram as lutas por que o nosso povo teve de passar para libertar-se da opressão exercida pelos imperialistas e reacionários do Kuomintang, nem o longo período de árduo trabalho que ainda se necessita para instaurar uma sociedade socialista feliz. Eis a razão por que devemos realizar de maneira constante uma educação política viva e eficaz entre as massas, dizendo-lhes sempre a verdade acerca das dificuldades que surgem, e estudando com elas a maneira de vencer essas mesmas dificuldades.

Ibidem.

Os jovens são a força mais ativa e vital da sociedade. Eles são os mais desejosos de aprender e os menos conservadores no pensamento. Isso é assim particularmente na era do socialismo. Nós esperamos que, por toda a parte e em colaboração com as organizações da Liga da Juventude, as organizações do Partido estudem cuidadosamente a forma de pôr inteiramente em jogo a energia dos nossos jovens, e não os tratem como se fossem quaisquer outras pessoas, ignorando-lhes as características especiais. Claro que os jovens devem aprender com os velhos e demais adultos, e devem fazer todo o possível para, de acordo com estes, se empenharem em toda a espécie de atividade útil.

Nota introdutória a “Uma brigada de choque dos jovens da Cooperativa Agrícola de Produção N. 9 do cantão de Simpim, distrito de Tchunxam” (1955), O auge socialista nas regiões rurais da China.

Qual é o critério que permite determinar se um jovem é ou não revolucionário? Como fazer tal distinção? Apenas existe um critério: verificar se esse jovem quer ou não ligar-se às grandes massas operárias e camponesas e se, efetivamente, se liga a elas. Se ele quer ligar-se aos operários e camponeses, e se o faz, efetivamente, então é um revolucionário; no caso contrário, é um não revolucionário ou um contra-revolucionário. Se hoje ele se liga às massas de operários e camponeses, hoje ele é um revolucionário. Mas se amanhã ele deixar de ligar-se a elas ou passar a oprimir as pessoas simples do povo, então será um não revolucionário ou um contra-revolucionário.

“A orientação do movimento da juventude” (4 de maio de 1939), Obras Escolhidas. Tomo II.

Enquanto não se incorporam de alma e coração nas lutas revolucionárias das massas, enquanto não se decidem a servir os interesses das massas e a fundir-se com elas, os intelectuais tendem com frequência a ser subjetivistas, individualistas, pouco práticos no raciocínio e irresolutos na ação. Daí que, embora a massa de intelectuais revolucionários chineses desempenhe um papel de vanguarda e sirva de elemento de ligação com as massas populares, nem todos hão-de permanecer revolucionários até ao fim. Uma parte deles abandonará as fileiras da revolução nos momentos críticos c tomar-se-á passiva, e alguns poderão, inclusivamente, tornar-se inimigos da revolução. Esses defeitos dos intelectuais só podem ser vencidos no próprio decorrer da luta prolongada travada pelas massas.

“A revolução chinesa e o Partido Comunista da China” (dezembro de 1939), Obras Escolhidas. Tomo II.

Além de continuar a coordenar a sua atividade com a tarefa central do Partido, a Liga da Juventude deve realizar um trabalho independente em conformidade com as características especiais da juventude. A China Nova deve cuidar da Juventude e preocupar-se com o crescimento da jovem geração. Os jovens devem estudar e trabalhar, mas como eles se encontram na fase do crescimento físico, há que prestar toda a atenção tanto ao seu trabalho e estudo como à sua atividade recreativa, desporto e descanso.

“Diretivas formuladas numa recepção ao Presidium do II Congresso Nacional da Liga da Juventude” (30 de junho de 1953).

Movimento Estudantil

Mangue Vermelho e Movimento Ventania declaram apoio e solidariedade ao MEPR

por MEPR
Publicado em setembro 27, 2024
2 minutos de leitura

Diante dos ataques liquidacionistas que sofremos por um novíssimo grupo, respondido firmemente pela nossa nota O risco que corre o pau corre o machado!, estamos recebendo apoio e solidariedade de diversas organizações, revolucionários e democratas do Brasil e do mundo.

As duas organizações passam a ser signatárias da nossa nota de resposta, conforme as mensagens enviadas abaixo.

Mangue Vermelho

“Aquele que não conhece a verdade é simplesmente um ignorante, mas aquele que a conhece e diz que é mentira, este é um criminoso”

Bertolt Brecht

“Qual é o critério que permite determinar se um jovem é ou não um revolucionário? Como fazer tal distinção? Apenas existe um critério: verificar se esse jovem quer ou não ligar-se as grandes massas operárias e camponesas e se, efetivamente se liga a elas. Se ele quer ligar-se aos operários e camponeses, e se o faz, efetivamente, então é um revolucionário. Se hoje ele se liga às massas de operários e camponeses, hoje ele é um revolucionário. Mas se amanhã ele deixa de ligar-se a elas ou passar a oprimir as pessoas simples do povo, então será um não revolucionário ou um contrarrevolucionário”

Presidente Mao Tse-Tung

O Coletivo Mangue Vermelho (MV) vem por meio desta nota repudiar veementemente os ataques direitistas e liquidacionistas contra os companheiros do MEPR e de sua coordenação regional no Rio de Janeiro. Em reunião recente de nossa coordenação discutimos estes ataques e a nota publicada por nossos companheiros do Rio, além do vídeo publicado por AND de intervenção na UERJ, que expressam de forma cristalina a distinção entre o novo movimento estudantil e o velho, calcado nas velhas tradições dos novos pós modernistas e revisionistas de toda espécie.

Tomamos posição pelos princípios de independência, classismo e combatividade em defesa da luta dos povos no campo e na cidade, em particular da luta dos povos no campo a serviço da revolução agrária, que o novíssimo parece ter esquecido de mencionar em sua lista de opressões que dizem querer combater com todo seu palavrório “esquerdista”. Tomamos parte na luta em defesa das bandeiras históricas do MEPR, onde temos como grande exemplo nossa companheira Remís Carla, símbolo de luta e combatividade que nós do Mangue Vermelho damos continuidade com muito orgulho e compromisso.

Viva o Movimento Estudantil, Classista e Combativo!

Viva Juventude Combatente!

Viva a Revolução Agrária!

Rebelar-se é Justo!

Coordenação do Mangue Vermelho – Recife
Agosto de 2024

Movimento Ventania

Saudações combativas, companheiros,

Saudamos calorosamente a Coordenação Nacional do MEPR por se manter inquebrantável e triunfar diante dos intentos liquidacionistas e direitistas do grupelho novíssimo. A juventude secundarista de Recife declara apoio total ao MEPR na luta contra aqueles que querem retardar a revolução em nosso país, que secundarizam a revolução agrária e se alinham com o que há de mais podre.

Companheiros, como forma de apoio, solicitamos que coloquem a assinatura do Movimento Ventania na nota “O Risco que corre o pau corre o machado”.

Saudações,

Ventania

Setembro de 2024

Aproveitamos para publicar também algumas fotos enviadas pelos companheiros do Movimento Ventania da campanha para eleição do grêmio estudantil do IFPE, da qual os companheiros saíram vitoriosos. Em breve também publicaremos na íntegra a nota dos companheiros sobre as eleições que nos foi enviada.

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Sobre a Organização

Somente um novo movimento estudantil, popular e revolucionário pode impulsionar as massas estudantis para servir ao povo, servir aos interesses de nosso país e à humanidade, através do único caminho possível: o de mobilizar-se para a revolução, pela transformação completa de nossa sociedade, pela destruição de todo este sistema apodrecido, de exploração, miséria e opressão e pela construção de um novo poder de nova democracia que marche ininterruptamente para So socialismo, o poder das massas populares, baseado na aliança da classe operária com os camponeses pobres.

Liga Anti-Imperialista

O MEPR é uma das organizações de todo o mundo que é parte ativa do processo de construção da Liga Anti-Imperialista (LAI).

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