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Movimento Estudantil

Alvorada do Povo: A campanha em apoio a Revolução Agrária seguirá irrefreável

maio 24, 2025
Movimento Estudantil

PE: Diretório academico de FIlosofia da UFPE rompe com a UNE e puxa manifestação vitoriosa em assembleia estudantil

maio 22, 2025
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RJ: Luiz Inácio/MEC: tirem suas mãos da UFRJ!

maio 21, 2025
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PE: Estudantes da UFPE repelem fascistas em evento da extrema-direita

maio 20, 2025
Teoria

Documentário “Como Era a Vida na Revolução Cultural Chinesa”

por MEPR
Publicado em novembro 8, 2022
1 minuto de leitura

O documentário é do britânico Felix Greene, que foi viver com sua família em meio ao mais importante momento da luta do proletariado a Grande Revolução Cultural Proletária na China.

O documentário mostra a organização da família e o trabalho fabril, o tratamento das crianças com deficiência auditiva nas escolas, a organização dos camponeses e dos jovens como defesa da revolução e do socialismo, contra a direita restauracionista. A luta entre a esquerda e a direita dentro do PCCh levou as amplas massas o dever de construir a nova cultura e a nova China, sob a direção do Presidente Mao e da Camarada Chiang Ching, o proletariado desfraldou sob sua bandeira o mais alto acontecimento histórico até então. Neste documentário, podemos ver uma parte da vida dos chineses neste período, negando as mentiras que o imperialismo, revisionismo e oportunismo serviçais tentam impor aos povos do mundo. A história como gigante onda que vai lavando tudo, nos prova que a verdade é inevitável. Presidente Mao então nos diz que “a superação do velho pelo novo é uma lei geral, eterna e inviolável do universo” em Sobre a Contradição, indicando que esta superação do velho estado, da velha cultura e da velha moral seria inevitável, uma vez que “Depois da revolução democrática, os trabalhadores e camponeses pobres e médios não ficam quietos, eles querem revolução”.¹

1- Aniversário de 1 ano da Circular do Comitê Central do Partido Comunista da China assentando as bases para o início da GRCP, em meio a luta contra a direita burguesa com Liu Shao-chi encabeçando-a. A Circular criticou a linha revisionista contrarrevolucionária de Liu Shao-chi, mostrando a essência reacionária o “Esboço do Relatório de Fevereiro” e lançou ao proletariado as armas para expor e criticar os representantes burgueses que se escondiam no PCCh. Foi redigida pelo Presidente Mao e o quartel-general da linha proletária.

Teoria

De Onde Provêm as Ideias Corretas? – Mao Tse Tung (1963)

por MEPR
Publicado em novembro 3, 2022
3 minutos de leitura

DE ONDE PROVÊM AS IDÉIAS CORRETAS?
Mao Tse Tung – Maio de 1963

De onde provêm as ideias corretas? Por acaso, caem do céu? Não. Serão, porventura, inatas dos cérebros? Não. Elas só podem se originar da prática social, de três tipos de prática social: a luta pela produção, a luta de classes e a experimentação científica da sociedade. A existência social das pessoas determina seu pensamento. Uma vez dominadas pelas massas, as ideias corretas que caracterizam a classe avançada, tornam-se uma força material capaz de transformar a sociedade e o mundo. Empenhados em diversas lutas, no decorrer da sua prática social, os humanos adquirem uma rica experiência, extraída tanto de seus êxitos como dos seus fracassos.
Os inumeráveis fenômenos da realidade objetiva refletem-se no cérebro humano, por meio dos órgãos de seus cinco sentidos – visão, audição, olfato, paladar e tato. Assim se constitui, no início, o conhecimento sensorial. Quando esses dados sensoriais se acumulam suficientemente, produz-se um salto pelo qual eles se transformam em conhecimento racional, quer dizer, em ideias. Este é um processo de conhecimento. Trata-se da primeira etapa do processo global do conhecimento, a etapa que vai da matéria objetiva ao espírito subjetivo, da existência às ideias.

Nessa etapa, ainda não se comprova se a consciência e as ideias (incluindo teorias, política, planos, resoluções) refletem corretamente as leis da realidade objetiva – ainda não se pode determinar se tais ideias são corretas ou não. Em seguida, se apresenta a segunda etapa do processo de conhecimento, etapa que conduz da consciência à matéria, do pensamento à existência. Isto significa aplicar, na prática social, o conhecimento obtido na primeira etapa, para ver se essas teorias, política, planos e resoluções… produzem ou não, os resultados esperados. De maneira geral, com relação a esse ponto, o que dá bom resultado é correto e o que fracassa é incorreto, especialmente quando se trata da luta entre a humanidade e a natureza. Na luta social, as forças que representam a classe avançada, às vezes, sofrem algum fracasso. Mas não por terem ideias incorretas e sim porque na correlação das forças em luta, elas são menos poderosas, naquele momento do que as forças reacionárias. Por isso, fracassam temporariamente, porém, acabam por triunfar,
mais cedo ou mais tarde. Através da prova da prática o conhecimento humano dá um novo salto que é de um significado ainda maior que o anterior. Porque só esse salto permite provar se o primeiro é ou não acertado. Quer dizer, só ele permite assegurar se as ideias, teorias, política, planos, resoluções elaboradas durante o processo de reflexões sobre a realidade objetiva são corretos ou incorretos. Não há outro método para comprovar a verdade. Além disso, a única finalidade do proletariado ao conhecer o mundo, é transformar o próprio mundo. Não há outro objetivo além desse. Frequentemente, para se chegar a um conhecimento correto torna-se necessário repetir muitas vezes o processo vai da matéria à consciência e da consciência á matéria, quer dizer, da prática ao conhecimento e do conhecimento à prática. Esta é a teoria marxista do conhecimento; é a teoria materialista dialética do conhecimento. Muitos de nossos companheiros, ainda não compreendem essa teoria do conhecimento. Quando perguntados sobre a origem de suas ideias, opiniões, política, métodos, planos, conclusões, eloquentes discursos e extensos artigos, estranham a pergunta e não sabem respondê-la. Também não compreendem que a matéria possa transformar-se em consciência e a consciência em matéria, embora tais saltos sejam um fenômeno da vida de todos os dias. Por isso, é preciso educar nossos companheiros, na teoria materialista dialética do conhecimento para que possam orientar corretamente seu pensamento, saibam pesquisar e estudar, e realizar a avaliação de suas experiências, superem as dificuldades, cometam menos erros, façam melhor o seu trabalho e lutem duro para transformar nosso País num grande e poderoso país socialista e ajudem as grandes massas de oprimidos e explorados do mundo, cumprindo assim o dever internacionalista que nos cabe

Movimento Estudantil

UERJ Instala Câmeras Para Controlar Movimento Estudantil

por MEPR
Publicado em novembro 1, 2022
2 minutos de leitura

Ao voltarem do recesso os estudantes da UERJ se depararam com câmeras instaladas nos corredores de todos os andares, nos elevadores e a presença da polícia militar escorado no Bandejão Bruno Alves. Mais de 15 câmeras estão instaladas apenas no nono andar, andar este que concentra cursos com maior número de estudantes combativos e que tiveram destacada luta desde a imposição da EaD e do retorno presencial. Diversos estudantes manifestaram em conversas sua indignação sobre ter câmeras dentro de uma universidade pública, sendo uma forma de controle dos alunos e sua atuação.

A perseguição ao movimento estudantil independente tem se expressado desde a imposição da EaD pela REItoria e seus lacaios no movimento estudantil (DCE), em que estudantes eram impedidos pela chefe de segurança de entrar na universidade e fazer aulas públicas pela volta presencial. Apesar da tentativa de propagar a ideia de “segurança” dos discentes e do patrimônio público, o argumento cai por terra entre os estudantes, visto que as únicas intervenções dos chefes de segurança foram para tentar impedir a panfletagem coagindo, perseguindo, arrancando panfletos da mão e tentando criminalizar os estudantes com a desculpa de “desacato”, justificando que precisava da autorização da REItoria para panfletar. As panfletagens eram chamados para atos democráticos, como do ato pelo Auxílio Alimentação e Bandejão a 2 e 3 reais, e do mais recente ato contra os cortes das universidades federais e pelo auxílio material didático. Vale destacar que este auxílio foi tirado dos estudantes de surpresa e durante o recesso para evitar manifestações, em meio a dificuldade dos estudantes ao iniciar o período sem esse auxilio, a Reitoria esbanjou dinheiro em câmeras espalhadas por cada canto da UERJ.

A própria chefe da divisão de segurança afirmou em campanha para Ricardo Lodi, que foi muito tranquilo atuar como chefe de segurança no mandato do ex-reitor. Ora, com as universidades fechadas, de costas pros estudantes, deve ter sido muito fácil controlar o ânimo das moscas dentro da UERJ. Particularmente fácil para esta que já organizou várias vezes os seus funcionários para bater nos estudantes como na inauguração do bandejão em 2011¹ e na luta pelo acúmulo de bolsas em 2015², onde os estudantes trouxeram moradores da Mangueira para se proteger da remoção  confronto com a polícia militar. O derrotado nas urnas apesar de aparelhar a UERJ para sua eleição, é mais um exemplo de gestão na sua tentativa de amordaçar o movimento estudantil, afinal, não poderia haver denúncias da má gestão e oportunismo do “progressista” Ricardo Lodi.

Pois irão continuar falhando nesta tentativa, e o movimento estudantil burocrático e ligado a REItoria cada vez mais colher derrotas na opinião dos estudantes e escancara a sua umbilical ligação com os interesses da burocracia universitária. Todos esses, serão rechaçados pela massa estudantil que vê na luta combativa e independente o caminho para resolver seus problemas. Só farão transbordar a revolta dos estudantes contra a sua criminalização e em favor da sua livre organização.

CONTRA A PERSEGUIÇÃO DO MOVIMENTO INDEPENDENTE E COMBATIVO DA UERJ!

REBELAR-SE É JUSTO!

1- https://www.youtube.com/watch?v=URXs1EvglnE

2- https://www.youtube.com/watch?v=QtiCZv_4A4w

Movimento Estudantil

Documentário ianque “Brazil – The Troubled Land” e a Luta pela Terra

por MEPR
Publicado em outubro 31, 2022
3 minutos de leitura

O documentário de 1964 é encomendado pelo imperialismo ianque como contrapropaganda reacionária para denunciar a ação dos revolucionários e verdadeiros democratas no campo brasileira, falando sobre a distribuição da terra, organizando os camponeses e denunciando os crimes do latifúndio. Além disso, o documentário segue Francisco Julião na sua divulgação das revoluções proletárias e como trataram a questão do campo. Fala sobre a Revolução Chinesa e a questão camponesa tratada pelo PCCh e o Presidente Mao. Na China, para conquistar o poder, no final da guerra civil, começou o incentivo a tomada de terra pelos camponeses e a sua redistribuição. Já no início dos anos 50, durante a República Popular da China, o PCCh começou o plano de transformação do campo com as cooperativas de produção agrícola incentivando a produção coletiva. Em 1953, o governo chinês afirmou que terras agrícolas de 47 milhões de hectares, haviam sido redistribuídas para mais de 300 milhões de camponeses.

O documentário mostra a realidade de vários camponeses e também algumas cenas de reuniões e manifestações nos anos 1960, antes do golpe do regime militar fascista, que em sua primeira atitude colocou as Ligas Camponesas na ilegalidade e perseguiu, torturou e matou diversos camponeses e ativistas.

Recentemente, , a comandante do Comando Sul do Estados Unidos (Southcom), Laura Richardson, esteve em vários países da América Latina, como o Brasil, para se reunir com chefes de Estado e os altos mandos das Forças Armadas reacionárias locais desenvolvendo a “cooperação” do USA e dos países. Estas visitas tiveram a desculpa do combate ao tráfico e combate ao desmatamento, mas se encaixa no contexto de maior intervenção militar do USA na América Latina e o combate aos levantamentos populares para conjurar o perigo da Revolução no seu quintal.

A comandante esteve na Colômbia, antes mesmo da reunião com Petro, presidente oportunista do país, com o ministro da Defesa, Hélder Giraldo, para discutir a conformação de uma “cooperação militar-para-militar”. “O presidente oportunista, novamente cumprindo o papel de serviçal do imperialismo ianque, propôs a criação de uma força militar binacional para atuar na Amazônia contra os “incêndios”. Para esse objetivo, Petro destacou a necessidade de estabelecer “mecanismos econômicos e sociais, por um lado, e mecanismos militares e operacionais, pelo outro” – uma dominação integral. ” como foi destacado pela matéria do Jornal A Nova Democracia.

Nesta reunião, a comandante do Comando Sul do Pentágono disse que já possui um esboço desta força para o Brasil, com a desculpa do controle a Amazônia. Essa atenção ao Norte do país não é uma preocupação ecológica, mas um plano de dominação e controle aos recursos naturais da região e a maior concentração de conflitos agrários, resultado do secular latifúndio e a enorme massa camponesa sem acesso a terra. A atuação da Liga dos Camponeses Pobres na região, principalmente em Rondônia, já foi até ameaçada de guerra do arquirreacionário Jair Bolsonaro no primeiro de maio de 2021 em reunião com latifundiários e empresários.

A luta pela terra no Brasil continua sendo o ponto de viragem da política e a massa camponesa pobre sem terra ou com pouca terra segue se organizando e combatendo o velho estado latifundiário-burguês com ocupações de terra, como foi registrado em 2020 “em torno de 66% do total de assassinatos no campo ocorreram na Amazônia. Mesma localidade que concentrou 77% dos conflitos agrários no mesmo ano. Em Boca do Acre, no Amazonas, mais de 3,5 mil famílias estiveram envolvidas em disputa pela terra; em Altamira, Pará, o número foi de 7,1 mil famílias; em Porto Velho, Rondônia, foram 5 mil.”¹


A ação temerosa do Pentágono cumpre uma função do plano único do imperialismo ianque: a manutenção de sua dominação da América Latina. Como superpotência imperialista hegemônica única, o USA se empenha em concentrar sua atuação no subcontinente, principalmente após a derrota no Afeganistão. É chave para manter o controle do estado de capitalismo burocrático serviçal do imperialismo a manutenção da concentração de terras na mão dos latifundiários e a guerra contra os camponeses para conjurar o perigo da Revolução Agrária, Democrática e Anti-Imperialista. Neste caso, continua valendo o que disse o Presidente Mao Tsetung: “No mundo inteiro os Estados Unidos estabeleceram centenas de bases militares distribuídas por inúmeros países. … Todas as bases militares em território estrangeiro representam cordas amarradas ao pescoço do imperialismo norte-americano. Essas cordas foram fabricadas pelos próprios norte-americanos e não por outros, assim como foram eles próprios que as amarraram à volta do seu pescoço, entregando as pontas ao povo chinês, aos povos dos países árabes e a todos os povos do mundo que amam a paz e se opõem à agressão. Quanto mais tempo os agressores norte-americanos permanecerem nessas regiões, tanto mais se apertarão essas cordas que os estrangulam. Se os grupos capitalistas monopolistas norte-americanos persistem na sua política de agressão e guerra, um dia inevitavelmente virá em que serão enforcados pelos povos de todo o mundo. O mesmo destino espera os cúmplices dos Estados Unidos”.

1- https://anovademocracia.com.br/noticias/18259-temendo-grandes-levantes-camponeses-ianques-avancam-militarizacao-na-america-latina

Movimento Estudantil

RO: Manifestação contra os cortes de verbas do MEC toma as ruas de Porto Velho

por MEPR
Publicado em outubro 25, 2022
1 minuto de leitura

Ocorreu na Universidade Federal de Rondônia (Unir) no dia 18/10 a manifestação contra o corte bilionário (revogado frente a pressão dos professores e estudantes) percorreu as principais ruas da cidade. Diferente dos atos imobilistas do oportunismo, os estudantes do DCE da UNIR, com os CAs e o Instituto Federal de Rondônia (IFRO) denunciou os sucessivos cortes de verbas dos governos da gerência de turno do velho estado e o projeto de privatização das universidades públicas. Os estudantes defenderam a greve de ocupação como tática para barrar os ataques.

A manifestação envolveu professores e estudantes apontaram o caminho da luta radical para defender uma universidade pública, gratuita e a serviço do povo.

Manifestação estudantil combativa realizada em Porto Velho (RO). Foto: Banco de dados AND

Manifestação estudantil combativa realizada em Porto Velho (RO). Foto: Banco de dados AND

Manifestação estudantil combativa realizada em Porto Velho (RO). Foto: Banco de dados AND

Cultura Popular

Documentário Cantos de Trabalho – Leon Hirszman

por MEPR
Publicado em outubro 24, 2022
1 minuto de leitura

Dividido em 3 partes, o documentário de 1974 a 1976,  Cantos de Trabalho de Leon Hirszman mostra a tradição dos cantos no trabalho camponês, que entoam coletivamente “ritmando” o trabalho. O documentário também mostra a condição de trabalho do camponês nas colheitas de Cacau e Cana-de-Açúcar, contrariando as mentiras contadas pelo latifúndio e monopólio de mídia de modernização do campo no Brasil.

Na parte 2, o narrador diz:

“Os cantos de trabalho são talvez as primeiras canções criadas pelo homem. A sua origem se perde na distância do tempo. Essas remotas cantigas nasceram do trabalho coletivo, da solidariedade de pessoas que se juntaram em grupo para executar uma tarefa comum. E especialmente a primeira e primordial tarefa do homem: lavrar a terra e cultivar os seus frutos.”

Longe de ser um trabalho “livre”, o trabalho camponês é ameaçado todos os dias pelo latifúndio de novo tipo, o agronegócio e seus pistoleiros e Velho Estado, protetores da concentração da propriedade rural e das relações semifeudais e semicoloniais dos camponeses. Esses que invadem e expulsam camponeses da pouca terra que têm e mantém os sistemas de barracão, alugados e arrendamento e todo tipo de relação pré-capitalista.

Seguem as 3 partes do curta-metragem.

Parte 1 – Mutirão

Parte 2 – Cacau

Parte 3 – Cana-de-açúcar

Cultura Popular

Aroeira – Geraldo Vandré

por MEPR
Publicado em outubro 22, 2022
2 minutos de leitura

Geraldo Vandré foi um grande marco da música popular brasileira de luta contra o regime militar fascista no Brasil, e deu grandes contribuições para a cultura popular brasileira, no artigo “Geraldo Vandré: da resistência à rendição”¹, podemos entender a reviravolta do artista revolucionário para o cantor reacionário, e destacamos deste mesmo artigo:

“Quanto a isso, não há dúvidas. O Geraldo Vandré que parte em fevereiro de 1969 é bem diferente do que volta em julho de 1973. O primeiro é a síntese mais acabada da resistência cultural ao regime militar e da canção de protesto como gênero da MPB. Tal qualidade é expressa na produção de obras como Porta Estandarte, Requiém para Matraga, Disparada, Terra Plana, O Plantador, Pra Não Dizer Que Não Falei das Flores, entre outras. Em seu esforço por tornar a música “funcionária despudorada do texto”, não só denunciou os crimes horrendos do regime militar fascista, como a dominação da grande burguesia, do latifúndio e do imperialismo; defendeu a luta armada revolucionária como via para a tomada do poder; conclamou os camponeses a lutar pela terra, afirmando a necessidade de uma vanguarda que conduza as massas nesse processo. Em termos musicais, buscou uma estética próxima aos gêneros populares criados e conhecidos no campo, como a guarânia, a moda de viola e a toada, mas também formas urbanas como marchinhas, frevos e marchas-rancho, superando limitações políticas e estéticas do início da carreira. Procurou utilizar uma linguagem simples, mas imponente, altiva e enérgica, para comunicar com clareza os propósitos de suas canções e impulsionar o povo para a luta. Em suma, como artista do povo, foi o que  melhor reproduziu as necessidades de uma época — ainda que sob as limitações próprias da proximidade ideológica com movimentos revolucionários da pequena-burguesia — dando grandes contribuições para a cultura popular e revolucionária brasileira.

Por outro lado, o Geraldo Vandré que retorna ao Brasil em 1973, encontrava-se abalado ideologicamente pelo afastamento do país e apreensivo diante da elevação do grau de repressão por parte da contrarrevolução, que ameaçava, perseguia, torturava e assassinava centenas de pessoas, levando à quebra de organizações e militantes de diversas organizações revolucionárias. Definitivamente seria um alvo.”

Vim de longe, vou mais longe
Quem tem fé vai me esperar
Escrevendo numa conta
Pra junto a gente cobrar
No dia que já vem vindo
Que esse mundo vai virar
No dia que já vem vindo
Que esse mundo vai virar

Noite e dia vêm de longe
Branco e preto a trabalhar
E o dono senhor de tudo
Sentado, mandando dar
E a gente fazendo conta
Pro dia que vai chegar
E a gente fazendo conta
Pro dia que vai chegar

Marinheiro, marinheiro
Quero ver você no mar
Eu também sou marinheiro
Eu também sei governar
Madeira de dar em doido
Vai descer até quebrar
É a volta do cipó de aroeira
No lombo de quem mandou dar
É a volta do cipó de aroeira
No lombo de quem mandou dar

Vim de longe, vou mais longe
Quem tem fé vai me esperar
Escrevendo numa conta
Pra junto a gente cobrar
No dia que já vem vindo
Que esse mundo vai virar
No dia que já vem vindo
Que esse mundo vai virar

Noite e dia vêm de longe
Branco e preto a trabalhar
E o dono senhor de tudo
Sentado, mandando dar
E a gente fazendo conta
Pro dia que vai chegar
E a gente fazendo conta
Pro dia que vai chegar

Marinheiro, marinheiro
Quero ver você no mar
Eu também sou marinheiro
Eu também sei governar
Madeira de dar em doido
Vai descer até quebrar
É a volta do cipó de aroeira
No lombo de quem mandou dar
É a volta do cipó de aroeira
No lombo de quem mandou dar
É a volta do cipó de aroeira
No lombo de quem mandou dar

Nota 1 – Geraldo Vandré: da resistência a rendição

Teoria

Sobre a Educação – Presidente Mao Tse Tung

por MEPR
Publicado em outubro 21, 2022
4 minutos de leitura

(Conversa com a delegação de educadores nepalense)

1964


Nossa educação está cheia de problemas, o mais proeminente dos quais é o dogmatismo. Estamos no processo de reformar nosso sistema educativo. Os anos de estudo são muito longos, os cursos são muitos, e diversos métodos de ensino não são satisfatórios. As crianças aprendem livros e conceitos que ficam simplesmente em livros e conceitos; não sabem nada a mais. Não utilizam suas quatro extremidades; nem reconhecem os quatro tipos de grãos(1). Muitas crianças nem sequer sabem o que são as vacas, os cavalos, as galinhas, os cães e os porcos; nem podem dizer as diferenças entre o arroz, o alpiste, o milho, o trigo, o milhete e o sorgo(2). Quando um estudante se forma na universidade, já tem mais de 20 anos. Os anos escolares são muito longos, os cursos são muitos, e o método de ensino é por injeção ao invés de ser por meio da imaginação. O método dos exames é tratar os candidatos como inimigos e emboscá-los (risos). Portanto, lhes aconselho a não ter uma fé cega no sistema educativo chinês. Não o considerem um bom sistema. Toda mudança drástica é difícil, [já que] muita gente se oporia. Atualmente uns poucos podem estar de acordo com a adoção de novos métodos, mas muitos estarão em desacordo. Talvez eu esteja jogando um balde de água fria em vocês.

Vocês esperam ver algo bom, mas eu só lhes contei o que é mau (risos). No entanto, não estou dizendo que não há nada de bom. Tomemos a indústria e a geologia como exemplos. A velha sociedade nos deixou apenas 200 geólogos e técnicos; agora temos mais de 20.000.000. Falando em termos gerais, os intelectuais especializados em engenharia são melhores porque estão em contato com a realidade. Os cientistas, cientistas puros, são piores, porém são melhores do que os que se especializam em questões relacionadas à arte. As questão ligadas às artes [liberais] estão completamente afastadas da realidade.

Os estudantes de história, filosofia e economia não se preocupam em estudar a realidade; eles são os mais ignorantes das coisas deste mundo. Como já disse antes, não temos nada maravilhoso, só coisas que aprendemos das pessoas comuns. Obviamente, aprendemos algo do marxismo-leninismo, mas o marxismo-leninismo sozinho não faz nada. Temos que estudar problemas chineses, partir das características e dos fatos da China.

Os chineses, inclusive eu, não sabemos muito sobre a China. Sabemos que devemos combater o imperialismo e seus lacaios, mas não sabemos como fazê-lo. De modo que temos que estudar as condições da China, assim como vocês devem estudar as condições de seu país. Gastamos muito tempo, vinte e oito anos completos desde a fundação do PCCh até a libertação de todo o país, em forjar, passo a passo, um conjunto de políticas ajustadas às condições da China. A fonte de nossa fortaleza está nas massas. Se algo não representa as aspirações do povo, não é bom. Devemos aprender com as massas, formular nossas políticas, e educar as massas. Portanto, se queremos ser professores, para começar temos que ser alunos. Nenhum professor começa [sua carreira] como professor. Após se converter em professor, deve seguir aprendendo com as massas para entender como ele mesmo aprende. É por isso que existem cursos de psicologia e educação no treinamento dos professores. O que se aprende torna-se inútil se não entende a realidade. Há uma fábrica junto às faculdades de ciências e engenharia da Universidade Tsinghua(3) porque os estudantes devem aprender com os livros e trabalhar ao mesmo tempo. Mas não podemos estabelecer fábricas para as faculdades de artes, assim como uma fábrica de literatura, uma fábrica de história, uma fábrica de economia, ou uma fábrica de novelas; estas faculdades devem considerar toda a sociedade como sua fábrica. Seus professores e seus alunos devem entrar em contato com os camponeses e os operários urbanos assim como com a agricultura e com a indústria.

De que outra maneira poderiam ser de alguma utilidade seus egressos?

Vejamos os estudantes de direito, por exemplo. Se eles não entendem os crimes em uma sociedade, não podem ser bons estudantes de direito. Está fora de qualquer dúvida que não se pode estabelecer uma fábrica de direito; logo, a sociedade é sua fábrica. Falando em termos comparativos, nossas faculdades de artes são as mais atrasadas devido à falta de contato com a realidade. Os estudantes e os professores só fazem trabalho em sala de aula. A filosofia é filosofia de livros. Que utilidade tem a filosofia se não se aprende com a sociedade, com as massas, e com a natureza? Só pode estar composta por ideias vagas. Com a lógica acontece a mesma coisa. Não se entende muito desta se simplesmente a lê nos livros. Mas a entende gradualmente através da aplicação. Eu não entendi muito quando li sobre lógica. Vim a entendê-la quando a utilizei. Estive falando sobre lógica. Também está a gramática, que não se entende muito simplesmente a lendo. Mas agarra-se o uso da estrutura da frase quando está de fato escrevendo. Escrevemos e falamos de acordo com os usos acostumados e não é realmente necessário estudar gramática. Sobre a retórica, é uma matéria opcional. Os grandes escritores nem sempre são retóricos. Eu estudei retórica por conta própria, mas não entendi nada. Vocês a estudam antes de escrever?

(1) Uma citação dos Analectos de Confúcio.

(2) Uma citação do clássico infantil San Teu Ching (O Clássico de Três Caracteres).

(3) Na zona metropolitana oeste de Pequim. 

Cultura Popular

Documentário legendado “Como Era a Vida na Revolução Cultural Chinesa”

por MEPR
Publicado em outubro 20, 2022
1 minuto de leitura

Feita pela Contemporary Films, o documentário mostra o dia a dia do povo chinês em meio ao maior acontecimento do proletariado internacional, que foi a Revolução Cultural Proletária Chinesa. O documentário mostra como eram as escolas, fábricas e a organização da sociedade neste momento em comparação a vida antes da Revolução Chinesa triunfar.

https://www.bing.com/videos/search?q=como+era+a+vida+na+revolu%c3%a7%c3%a3o+cultural&docid=608038937216160407&mid=47DF6974F80B5BE0ADB847DF6974F80B5BE0ADB8&view=detail&FORM=VIRE
Movimento Estudantil

Manifestação contra os cortes de verbas fecha vias principais na UERJ – Maracanã.

por MEPR
Publicado em outubro 19, 2022
1 minuto de leitura

No dia 13/10 em meio as férias, ocorreu na UERJ – Maracanã a manifestação contra os recentes cortes de verbas anunciado pelo governo federal do genocida Bolsonaro e seus generais, que coloca as universidades públicas em condições cada vez mais sucateadas e em alguns casos com risco de fechamento.

O ato foi convocado por Centros Acadêmicos e estudantes independentes e teve falas contra o imobilismo e eleitoralismo da UNE e do DCE UERJ, que tentou desmobilizar o ato marcando um comício no mesmo horário. Os Centros Acadêmicos presentes denunciaram que o corte de verbas das federais, apesar de não afetarem diretamente a UERJ, afetam a pesquisa e extensão, assim como os campos feitos pelos estudantes que as vezes precisam envolver iniciativas de outras universidades pelo nível de precarização que se encontram. Os estudantes denunciaram as falsas promessas eleitorais que ignoram o passado de anos de cortes e políticas vende-pátria da educação que tentavam desmascarar o desmonte da ciência nacional nos anos do governo petista como o REUNI. Em um momento, os estudantes denunciaram que a UNE pelega sequestrou a pauta dos cortes de verbas para fazer campanha para o pelego mor, mas que não haviam perspectivas nem propostas para mudar a situação atual das universidades.

Depois de colocadas as posições, os estudantes resolveram sair em ato e fechar uma faixa da Rua São Francisco Xavier no horário de pico e denunciar para os outros estudantes e trabalhadores que pegavam ônibus a situação da educação e da economia, que era apenas a luta e a tática da greve de ocupação que vêm dando resultado.

No final, os estudantes fecharam o sinal no sentido de maior fluxo, para a zona norte, para denunciar a precarização. No final foi demarcada a posição do movimento estudantil verdadeiramente democrático e revolucionário, contra o caminho reformista e politiqueiro.

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Sobre a Organização

Somente um novo movimento estudantil, popular e revolucionário pode impulsionar as massas estudantis para servir ao povo, servir aos interesses de nosso país e à humanidade, através do único caminho possível: o de mobilizar-se para a revolução, pela transformação completa de nossa sociedade, pela destruição de todo este sistema apodrecido, de exploração, miséria e opressão e pela construção de um novo poder de nova democracia que marche ininterruptamente para So socialismo, o poder das massas populares, baseado na aliança da classe operária com os camponeses pobres.

Liga Anti-Imperialista

O MEPR é uma das organizações de todo o mundo que é parte ativa do processo de construção da Liga Anti-Imperialista (LAI).

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